Consulta

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Uma homenagem ao fotográfo Clóvis Santos

José Vanilson Julião Clóvis Alceu dos Santos, gaúcho de Dom Pedrito, começa no "Diário de Natal", o jornal Associado na capital potiguar, em 1971. A aquisição do profissional pela mídia da cadeia fundada pelo paraibano Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo é anunciada na coluna "Informes DN" (sábado, 19/6). Assim reporta o colunista e jornalista Sanderson Negreiros: - Temos novo companheiro. Já há alguns dias em Natal, onde firmou nome como profissional. Após atuar na imprensa boa parte da década de 70 Clóvis Santos, nos anos 80 já se encontra contratado pela assessoria de imprensa do Estado. E como servidor público alcança a vice-direção da Penitenciária Central João Chaves. Eu já o conhecia de nome. Pelo noticiário do DN. Devido as assinaturas dos créditos de fotografia nas reportagens de editorias diversas. Passei a conviver profissionalmente na cobertura policial no presídio de Igapó (Zona Norte). Em agosto de 1984 o secretário de Interior e Justiça, Manoel de Medeiros Brito, deposita confiança no diretor da "João Chaves", tenente-coronel PM Marcílio Pinto da Silva, e no vice-diretor Clóvis Santos. Mesmo assim o DN, numa reportagem em que o secretário reclama da cobertura da imprensa, não deixa de alfinetar o subordinado Santos: "Antigo funcionário contratado pela asessoria. Segundo o relatório (Ministério da Justiça), ele só possui o segundo grau completo e experiência profissional como fotógrafo." Aqui deixo o meu depoimento: - Sempre que me deslocava ao presídio para ocorrencias de assassinatos ou fugas me sentia totalmente a vontade com o compreensivo atendimento de Santos. Uma ou duas vezes ele pauta visitas a padaria do presídio, com o intuito de mostrar o outro lado dos internos. Clóvis Santos ainda retorna ao "Associado" em 1989. Como registra a coluna "Tempo Livre" (Carlos Alberto Morais). Para compor dupla com Abmael Morais nas "entrevistas-crônicas" para o semanãrio "O Poti", a edição dominical do "Diário".

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Falece de Covid ex-atacante do Gremio/RS e America/RN

Sérgio Davi na ponta-direita do tricolor gaúcho em 1971

Depois do goleiro carioca Ubirajara Dias Ribeiro (1947 - 2021), que atua pelo alvirrubro (73/76), morre em conseqüência do Covid-19, ás 21 horas do domingo, no Hospital dos Pescadores (Rocas), o ex-jogador do Grêmio e do América/RN, Sérgio David Ayres Chagas (Porto Alegre, 9/11/1954 - Natal, 9/1/2022).

Campeão infantil (1970) pelo rival Internacional e ter sido no tricolor gaúcho bi-campeão juvenil (73/74), Sérgio Davi foi, na sequência, emprestado como um dos reforços do alvirrubro potiguar para a temporada de 1975. No ano seguinte é vendido para o Caxias e no meio do ano de 1977 se encontra no 14 de Julho (Passo Fundo).

Em seguida Brasil de Pelotas (78), Avaí (78), Fluminense (79), Comercial/Ribeirão Preto (80), Bagé (80) - pelo qual atua 22 vezes pelo campeonato gaúcho - e encerra a carreira no Avai, clube de Florianópolis, capital catarinense.

O redator soube do passamento no começo da tarde por meio do perfil de rede social do professor universitário, preparador físico, ex-treinador da base americana e comentarista esportivo, o também gaúcho Ricardo Nelson da Fonseca, o "Batatinha", que, por sua vez, havia sido informado pelo ex-zagueiro americano Carlos Mota.

Sérgio David atuava como empresário no ramo de piscinas.
“Todo falecimento é triste e doloroso. Para o jogador de futebol, além da partida, cessa o encanto. Os gramados não mais terão a beleza do artista com a bola, seu último gol, fica na memória de todos que ainda recordam seu drible mais rápido que o vento. Ele não morreu... Encantou-se!” Poetisa “Batata”.

Enquanto é cogitada a contratação pelo América ele entra no terceiro jogo do ano da temporada do Tricolor (domingo, 8/1/1975) com teste para os juvenis. Em lugar de João Carlos no amistoso sem abertura de contagem contra o Internacional (Santa Maria). Conforme reportagem da Agência Jornal do Brasil para o "Diário de Natal".

Para substituir o também gaúcho "Jangada" e assinar o primeiro contrato profissional, Sérgio é recebido pelos dirigentes: Francisco Wellisson, o "Etinha" (antigo juvenil americano e goleiro do licenciado Santa Cruz/RN), e Marcelo Maia na segunda-feira (17/2) ao desembarcar no Aeroporto Augusto Severo (Parnamirim).

A estréia diante de 2.878 torcedores acontece em jogo pela Taça Cidade de Natal (quarta-feira, 26/2). Empate em 1 a 1 contra o Força e Luz, a época "Cosern". Com preliminar: Alecrim 2 x 0 Racing (Rocas). A segunda aparição no Torneio Governador Cortez Pereira 1 x 3 Santa Cruz/PE (domingo, 3/3).

O primeiro título, o da "Taça", veio na decisão contra o ABC (domingo, 16/3). Jogo de 1 a 1 e prorrogação, sendo necessária duas séries de tiros livres para definir o campeão. Foram 15 jogos (oficiais e amistosos) com um gol no Estadual: 4 x 1 Ferroviário (11/5).

Na fotografia do Grêmio (1971): Vitor Hugo, Augusto, Bicca, Celso Silva, Claudinho, Machado, Sérgio Davi, Geraldo Luís Carlos, Altino e Euzébio.

FONTES
Diário de Natal
Tribuna do Norte
Grêmiopedia
Memória Viva
O Gol
Súmulas Tchê