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domingo, 27 de novembro de 2022

A mania de homenagear filhos com nomes de jogadores

José Vanilson Julião

Jairzinho, furacão de 70
Os detalhes, curiosidades e análises da atual Copa do Mundo deixo para os maestros do colunismo esportivo: Fernando Amaral, Alex Medeiros e Rubens Lemos Filho.

O trio toca com perfeição, cada um no seu estilo, sobre os jogos e bastidores do Mundial do Qatar (Próximo Oriente).

Somente vou falar de um assunto correlato neste artigo: sobre os jogadores homenageados com os nomes em filhos de brasileiros.

Essa mania nacional, digamos assim, começa com a conquista do campeonato na Suécia (1958), amplia-se com o bi no Chile dois anos depois e tem auge no tri do México (1970).

A febre nacional da escolha a partir da certidão de nascimento dos astros do futebol teve novo ápice e fôlego com o tetra nos Estados Unidos (1994) e com o penta na primeira competição dividida entre dois países: Japão e Coreia do Sul (2002).

Dos nomes favoritos e escolhidos em cada época citar torna-se redundante, mas vamos lá (sem desmerecer outros atletas pela lista ser enorme):

Pelé (Edson Arantes do Nascimento), Garrincha (Manoel dos Santos), Roberto Rivellino, Jair Ventura Filho, Eduardo Gonçalves (Tostão), Romário de Souza Farias, José Roberto Gama de Oliveira (Bebeto) e Ronaldo Nazário de Lima (o "Fenômeno").

O ponta-direita Jairzinho (Botafogo) destaco por vivenciar e testemunhar um caso verídico – redundância proposital – acontecido 45 anos após a Copa mexicana.

Quando, depois de ser atendido inicialmente no “Walfredo Gurgel”, me encontrava internado no Hospital Deoclécio Marques (Parnamirim), entre 8 de setembro de 2015 e as duas primeiras semanas de janeiro do ano seguinte, me recuperando de uma série de intervenções e cirurgias pela fratura na cabeça do fêmur, devido um acidente doméstico (queda), conheci o visitante assíduo de outro paciente.

Conversa vai, conversa vem, acabo sabendo o nome do desconhecido, morador da Vila de Ponta Negra: "Jair".

Como o repórter curioso aflora em qualquer lugar perguntei e bola preta na caçapa do meio: escolha do pai em homenagem ao "Furacão da Copa" (fez pelo menos um gol em cada uma das seis partidas).

Esse longo preâmbulo também foi de propósito para abrir uma série de dois e definitivos artigos sobre o assunto.

Sendo que o segundo aborda o ex-zagueiro do Potiguar (Mossoró) Onesimar Fernandes Carneiro, o representante da Associação de Garantia dos Jogadores Profissionais (AGAP/RN) na região Oeste do Estado.

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

A Copa 70 no interior do RN foi assim...

José Vanilson Julião

Hoje assistir a Copa do Mundo em Cerro Cora é uma maravilha. Não é preciso fazer peripécias.

A cidade está inserida no mundo globalizado. Com toda a mídia à disposição.

O torcedor nem precisa sair de casa. Como um grupo de torcedores fez para ver os jogos do Brasil no Campeonato Mundial, sediado no México (1970).

A competição daquele ano foi a primeira a ser transmitida pela TV para todo o planeta via satélite.

No Brasil a estrutura ficou por conta da Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel).

A estatal nacional montou a base na estação de Tianguá, no Estado do Rio de Janeiro, que acabou em fusão com a Guanabara quatro anos depois.

Nesse tempo o torcedor assiste os seis jogos do selecionado nacional em preto e branco, pois ainda não havia sido implantado definitivamente o sistema em cores, o que só viria acontecer a partir de 1972 com a transmissão da Festa da Uva de Caxias, no Rio Grande do Sul.

O privilégio de ver a camisa amarela nacional contra a Itália, na partida final em cores, ficou apenas com os funcionários do sistema de telecomunicação.

Em Cerro Cora não havia retransmissora de TV e não sei detalhar tecnicamente, até pelos 52 anos decorridos, como aconteceram as ingerência e organização para a turma de torcedor assistir os jogos.

Só sei que foi montada uma equipe para resolver o problema, e meu pai, o comerciante e então vereador José Julião Neto, estava metido na empreitada com um grupo de amigos cerrocoraenses, que alugaram uma casa na vizinha cidade de Lagoa Nova, onde, na sala, montaram um aparelho de TV de 14 polegadas.

A captação da imagem era possível por ser a cidade a mais alta da Serra de Santana, com mais de 600 metros acima do nível do mar. A recepção da imagem, mesmo de maneira rústica e improvisada, era feita a partir de uma torre de transmissão que havia na região Oeste, a quilômetros de distância.

Toda semana uma parte da turma subia para Lagoa Nova, não lembro se era numa Kombi de papai. Só não recordo o motivo de não ter assistido um jogo. O último das oitavas: Brasil 3 x 2 Romênia.

O que também permanece na minha memória, de um frangote de 12 anos, foi a confusão interpretativa do vereador e protético Lourival Libânio de Melo.

Todo mundo caiu na risada quando ele confundiu, numa propaganda no intervalo, um aparelho de barbear como sendo uma enceradeira. O 'chuvisco' da imagem não ajudava muito, mas a narração de Walter Abrão ou Geraldo José de Almeida pela TV Tupi era um deleite para os cerrocoraenses amontoados no chão de cimento da casa em Lagoa Nova.

Também ficou na memória o álbum de figurinhas da Copa, cujos envelopes com as figurinhas eram comprados na carreira de Clécio Caraú da Cunha, que veio de Angicos trabalhar na Farmácia de Lourival Bezerra da Costa. Isso antes dele instalar a própria farmácia já por volta de 1972/73.

*Transcrito do blog "Cerro Corá News"

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Morre candidata a miss Brasil pelo Rio Grande do Norte

Quental no "reclame" de cigarros

Por  José Vanilson Julião
 

Um resfriado chato me fez perder duas noites de sono (para não culpar somente minhas pesquisas futebolísticas).

E eis que numa dessas redes sociais vejo uma notícia relacionada, mesmo que distante, ao RN.

Como ando "desiludido" com a imprensa – em qualquer texto tome sociologia barata – só ando acessando o noticiário do América de Natal e as colunas de Alex Medeiros e Rubens Manoel Lemos Filho (gosto do cacoete do nome completo a lá Roberto Guedes da Fonseca).

Portanto confesso, e nem precisava, que não li nada relacionado ao assunto na imprensa local (principalmente nas colunas das dondocas).

A morte da modelo e atriz gaúcha Georgia de Lucca Quental, aquela que se candidatou ao "Miss Brasil", organizado pelos Diários e Emissoras Associados, o conglomerado de mídia fundado pelo jornalista paraibano Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo.

Os sites especializados "Memórias Cinematográficas", "Cine Magia" (repercutindo o primeiro) e o "Museu da TV, Rádio & Cinema", entre outras mídias, deram o passamento. Dia 19. No Rio de Janeiro. Aos 83 anos. De parada cardiorrespiratória.

Ela começou a trabalhar como modelo na então capital federal (1957) ao atender um anúncio de jornal. Para ajudar no orçamento doméstico. Contrato pela Casa de Modas Canadá.

Dois anos depois está na Televisão Continental. Programa "Cauby Peixoto", o niteroiense cantor da moda. E em canal Associado (Belo Horizonte) no mesmo ano.

Em 1960 tenta se candidatar a Miss Guanabara (o estado-cidade-município-capital antes da fusão com o Estado do Rio em 1974), representando o bairro do Flamengo (Zona Sul), mas é desclassificada pela condição de modelo.

Em 1962 concorre pelo pequeno estado nordestino, mas não vence (fica na sétima colocação). Com direito a foto com as colegas na capa do “Diário de Natal” na data do concurso (sábado, 16/7) e internamente comentários da colunista Káthia Suelly (assim mesmo).

É eleita a representante baiana: Maria Olívia Rebouças Cavalcanti. O tema rendeu reportagens e notas em quatro edições do vespertino.

Em 1966 ainda rendia dividendos para as fofocas e plantações de notícias. Até Paulo Macedo, a essa altura já no “Diário” pensava em convidar Quental para ser a Rainha do Carnaval natalense. E nunca mais se falou nisso...

Na foto da publicidade que ilustra a crônica está ao lado do modelo Antônio Clemente (preparador físico do Fluminense).



sábado, 19 de novembro de 2022

Um americano na festa dos veteranos abecedistas

José Vanilson Julião

Por questão de logística não compareci ao jogo entre os veteranos do ABC e do Botafogo paraibano na manhã deste sábado no Estádio Juvenal Lamartine.

Porém estive no Pâmpano, pela tarde, nos comes e bebes de três gerações de boleiros que vestiram a camisa alvinegra.

Foi o combinado com o ex-jogadores Roberto Amorim e Romildo Nogueira da Silva. Até brinquei dizendo que somente iria se fosse para ficar na mesa dos dois.

Dito e feito. Quando chego por volta das 15 horas, após cobrança em rede social pelo atraso, logo vejo Amorim com a inconfundível cabeleira grisalha.

Nogueira deixa o "isopor" em forma de lata de cerveja, com um grande escudo do Flamengo, e perambula no saguão do clube fundado por amantes da pesca esportiva.

É quase impossível se conversar com o burburinho, o leva e traz, os apertos de mão e os abraços. Além do som pagodeiro de uma ótima cantora morena da perna fina.

Pelo menos um atleta, apesar da miopia do repórter, é identificado de cara. É Sílvio Madona (apelido dado pelo repórter Levi Araújo).

Mas para tentar acabar com a memória do jornalista Amorim diz: - Sabe quem é esse?

O personagem com um bigodinho tipo Lupercínio Rodrigues, o letrista gaúcho de músicas de fossa.

Enrolo na resposta para não passar vergonha e dá resultado. - É Gonzaguinha! (jogou no ABC e Alecrim).

Conversa vai, conversa vem, soube que o baixinho Odilon se encontra no recinto. Peço para alguém chamá-lo. Aproveito para tirar uma dúvida sobre o nome dele e do irmão Odisser.

O meia que atuou no Sport Recife, Potiguar (Mossoró), Alecrim, ABC e América, com o nome do pai, Gomes de Almeida Filho, esclarece o mistério do falecido mano ser Costa de Almeida. Por causa da mãe. - Sou o único que não tem "Costa".

Aproveito para esclarecer outro mistério pela presença do paraibano de Bananeiras, Erandy Pereira Montenegro, um craque que andou pelo Central (Caruaru), Santa Cruz/PE e esteve no banco do ABC como treinador.

A dúvida de 40 anos: o nome era mesmo com "y" ou com o "i" ou ainda o "ir". Como grafavam os jornais a partir de 1965, ano em que ele aparece no tricolor.

Provoco se ele se lembrava de Ruiter, um atacante que apareceu no Confiança, acabou no Arruda, e fez história no futebol francês.

A festa de número 13 dos "masters", organizada pela Associação de Garantia dos Atletas Profissionais (AGAP/RN), é um sucesso. Supervisionada pelo presidente Álvaro.

Veio gente de longe. De Mossoro o zagueiro Onesimar Carneiro, o homem da Agap no Oeste do Estado.

Mery (residente em Goiânia). Parabenizo pela atitude, mas, com simplicidade, diz: - Há três meses já tinha comprado a passagem.

Passaram por lá Elson (reside em Barcelona/RN), Newton (o zagueirão botafoguense), Saraiva, Edmilson Piromba (não é aquele do Fluminense e Internacional) - pai de Joelson -, Sandoval Ferreira Nobre, o presidente Judas Tadeu Gurgel...

Ia esquecendo. Erandy tem um bar em Candelária. O "Camisa 9". Soube na confraternização.

Qualquer dia desses vou baixar lá para ouvir histórias tomando Coca-Cola com pastel.

 

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

O desaparecimento do Alecrim Futebol Clube

José Vanilson Julião

O torcedor alecrinense vive momento de satisfação pela subida do clube após o calvário de cinco anos fora da elite do futebol potiguar após ser rebaixado em 2017.

Até um torcedor americano me cobrou uma reportagem sobre o assunto, a quem respondi que preparava um texto totalmente diferente da cobertura sobre o campeão da segunda divisão norte-rio-grandense.

Durante a temporada na "Série B" pelo menos a agremiação esmeraldina esteve em franca atividade temporária de segundo semestre, mas a história registra que o representante do bairro do Alecrim viveu dias piores.

Ou melhor: desaparece do mapa futebolístico da capital do Estado. Registra o "Diário de Pernambuco" (sábado, 6/7/1918).

O simpatizante pode verificar no site oficial alviverde a menção de que o Alecrim passou um período em inatividade após a fundação (15/7/1915) posteriormente ao ABC (29/6) e América (14/7).

Há registro do primeiro jogo do então tricolor com um time das Escola de Aprendizes Marinheiros, enquanto este repórter localiza, pela primeira vez, a data de segundo amistoso (domingo, 10/6/1918), Alecrim e o ABC, cujo resultado não é encontrado.

O “Diário” dá as escalações: ABC: Mendes, Arêas, Canindé, Tarugo, Amaro, Carvalho, Tavares, Nóbrega, Avelino, Tolaco e Lourival; Alecrim: Ricardo, Firmino, Humberto, Waldemar, Pedro Vianna, Carvalho, Gentil, Ferreira e Elviro.

O jornal do Recife mantinha um "correspondente especial" responsável pelo espaço "O 'Diário' no Rio Grande do Norte.". E justamente na edição mencionada, entre notas diversas, é anunciado: - Acaba de ser fundado à Rua Santo Antônio, sob os auspícios de distintos moços do nosso meio social o "Centro Sportivo Natalense."

O CSN (ou CEN) é aquele mesmo que acabaria líder do campeonato local encerrado antes do fim por causa da epidemia da gripe espanhola ("Influenza"). E que na virada de 1940 para 1941 se transformaria no rubro-negro Clube Atlético Potiguar (CAP), apelidado de "Moleque Travesso" anos depois pela crônica esportiva natalense.

O incrível nisso tudo: a reunião acontecida por volta do meio dia no citado enderenço é presidida pelo desportista Lauro Medeiros, um dos fundadores do Alecrim. Sendo, portanto, responsável pelo inusitado e inesperado desfecho: a fusão do clube com um até agora desconhecido "Flamengo" para dar vida ao Centro.

O telegrama enviado (14/8) indica que são formadas comissões e uma diretoria provisória. Detalhamento publicado na quarta-feira (25) com data de quatro dias antes: Barôncio Guerra (presidente), Cícero Aranha (vice), Silvino Dantas (primeiro-secretário), Adauto da Câmara (orador), Miguel Medeiros (tesoureiro), João Café Filho (diretor de esportes) e Joaquim Lustosa Filho (vice-diretor de esportes).

Como se nota a maioria dos membros da nova direção é composta por fundadores ou simpatizantes da antiga agremiação, com o detalhe de que um outro, Aranha, consta na relação dos fundadores do ABC. Com posse na mesma sessão, realizada numa quarta-feira.

Portanto a situação é chave para em seguida ser fundada a primeira liga de futebol. Também é certo que decorridos os torneios subsequentes, com o América campeão em 1919/20 e o CEN em 1921, o Alecrim ressurge para alcançar um bicampeonato contestado: 1924/25. E um tri de segundo quadro em seguida.

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Formatação do campeonato estadual projeta seis clássicos

José Vanilson Julião

Enquanto os dirigentes dos clubes considerados de menor expressão - principalmente os do interior do Estado - reclamam da diminuição de datas em relação ao ano anterior, os diretores dos dois grandes da capital estão rindo à toa.

Acontece que a fórmula de disputa engendrada para o campeonato deste ano, com uma primeira fase com jogos de ida e volta, mais um quadrangular intermediário antes das finais, projeta uma série de jogos envolvendo o América e o ABC.

Na etapa inicial os participantes foram divididos em duas chaves com os integrantes enfrentando o grupo oposto. Saindo os dois primeiros classificados de cada para a segunda fase. Desta os dois primeiros colocados fazem a final em dois jogos.

Os favoritos, o alvirrubro e o alvinegro, tem a obrigação, pela tradição e pelo poderio técnico e econômico, de se classificarem em primeiro, ficando as outras vagas para a concorrência das demais agremiações.

Inclusive o Alecrim, caso seja o campeão da segunda divisão e obtenha o acesso, tem ampla chance de abocanhar uma das vagas e completar o "trio" da capital, para só então tentar desbancar um dos dois favoritos para ir a final.

Correm por fora as incógnitas, entre elas os times "médios" Potiguar (Mossoró) e Globo (Ceará Mirim). Com os outros fica o encargo de "zebrar" na competição.


sábado, 5 de novembro de 2022

Duelo entre antigos companheiros: Alberi x Brivaldo

 

Calouros do Ar: Brivaldo no ataque do time da capital do Ceará

Atacantes são adversários na extinta competição criada pela CBF

Por José Vanilson Julião

ABC sofreu gol irregular, mas empatou com o Calouros do Ar”. A manchete da página quatro do vespertino “Diário de Natal” (segunda-feira, 18/11/1968) dá a pista sobre detalhes do jogo com grande público na preliminar do amistoso Ceará x América.

Alberi José Ferreira de Matos enfrenta Brivaldo do Nascimento. Realizado no dia anterior no Estádio Presidente Vargas (Fortaleza). Pela nona edição da antiga Taça Brasil, criada em 1959 para apontador o representante nacional na Taça Libertadores da América.

Os pernambucanos fizeram parte do elenco base de 1965 do clube amador e tricolor “Elmo”, do bairro dos Prazeres, município de Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife, como relatado anteriormente.

Logo na abertura o texto indica que Brivaldo abre irregularmente a contagem para o tricolor da Base Aérea (44/1) e o alvinegro empata com Cocó no minuto final da etapa complementar. Aproveita lançamento do “negrão” Alberi.

O curioso é que a partida foi arbitrada pelo potiguar Luís Meireles da Silva. “Que esteve irreconhecível e chegou a ser vaiado pela torcida ao final do cotejo.” Auxiliares: Gilberto Ferreira Lima e Francisco de Assis Furtado.

Relata o jornal: - O tento nasce de jogada em que Floro foi visivelmente empurrado, caiu e esperou o árbitro marcar a falta. Este ainda consultou o bandeirinha, embora estivesse bem colocado, tendo o auxiliar (como era lógico) afirmado nada ter visto no lance.

O time alencarino passa para a segunda fase e termina na quarta colocação. Atrás do Santa Cruz/PE, Centro Sportivo Alagoano e Sport Club Recife.

FICHA TÉCNICA

Calouros: George, Ribeiro, Renato, Albano, Vila, Durand, Marrom (Zezinho 70), Mota, Célio, Simão (Gerardo) e Alísio.

ABC: Floro, Toinho, Piaba, Ivan Matos, Otávio, Zeca (Edmilson 66), Beto, Izulamar (Cocó no intervalo), Maia, Alberi e Edmundo.

Nota do redator: a ausência de Brivaldo na escalação é um mistério e provavelmente se deve a um lapso do repórter.


quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Jogador destacado do clube amador que revelou Alberi


O elenco do "Elmo” com atacante que atuou no América/PE e Calouros do AR

Por José Vanilson Juliao

Na quarta e anterior postagem sobre a trajetória de Alberi José Ferreira de Matos destacou-se o clube amador pelo qual fez ponte para chegar ao Santa Cruz do Recife. Com a relação de companheiros que conseguiram alguma fama no futebol. Entre eles o mais conhecido o atacante Brivaldo do Nascimento.

Em 1965 a formação do tricolor “Elmo”, do bairro dos Prazeres, município de Jaboatão (região metropolitana da capital pernambucana): Miltinho; Edmilson, Nêgo (Valter), Índio (Ailton) e Berto; Constâncio e Gustavo (Bill); Rios (Cuíca), Gil (Fernando), Brivaldo (Liberal) e Albery (Edinho). Técnico: Constâncio de Barros Correia.

Brivaldo aparece no juvenil do Ferroviário (1962/63), o antigo “Great Western”, onde também atuava um tal de “Tóia”, ponta-esquerda que fez teste no Botafogo, Vasco da Gama, não quis ficar no Bonsucesso, retorna ao tricolor do Arruda, andou pelo América/PE e em 1971 era uma das atrações do homônimo potiguar e Atlético de Alagoinhas (1973).

Depois de ser cogitado para o alvinegro Central de Caruaru há a informação que passa pela Associação Atlética de Santo Amaro. Mas acaba assinando como amador pelo "Elmo". E até tem currículo pelo rubro-negro Íbis, o “Pássaro Preto”.

Assim como pelo alagoano Alto Camaragibe, mesmo clube onde atuou Alemão, autor do famoso gol contra o ABC em 1969 numa das quatro finais do campeonato potiguar.

Entretanto a estadia mais longa ocorre no alviverde América da Estrada do Arraial. A estreia: 0 x 1 Náutico – 23/8/1965. Permanece até 1967.

No ano seguinte é contratado pelo tricolor (vermelho, verde e branco) da Base Aérea de Fortaleza, o Calouros do Ar, campeão cearense na década anterior.

Uma das aparições na equipe “alencarina” acontece contra o Sport Clube do Recife pelo Torneio Nordestão (domingo, 6/10/1968). Rubro-negro 1 a 0 (Ilha do Retiro).

E retorna ao clube americano, com uma última aparição no titular (Central 1 x 0 – 27/10/1969), e termina campeão nos aspirantes.

 FONTES

Blog do Zé Duarte (foto)

Federação Internacional de Estatísticas

Diário da Manhã

Diário de Pernambuco