Consulta

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Riachuelo contrata atacante revelação do "Melo Matos" (FINAL)

General Euclimar Lima da Silva
foi jogador do América de Natal

"Fábrica de craques" no campinho da Rua Campos Sales com Maxaranguape deu lugar a moderna sede rubra da Rodrigues Alves no bairro do Tirol

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O emotivo e saudosista repórter Everaldo Lopes Cardoso enumera alguns timinhos: “Melo Matos”, “Galícia” “Moto”, “Solidão”, “Vila Lustosa”, “Grêmio”, “Paquetá”, “Ipanema”, “Biriba” e Alecrim.

Mas também havia os que levavam nomes de beneméritos ou dirigentes do clube alvirrubro, como exemplo o “Murilo Carvalho”.

O amador Grêmio Esportivo Natalense, do bairro do Alecrim, chegou a ter algum destaque temporário. Como breve participante do campeonato estadual e responsável por uma das maiores zebras da competição de todos os tempos. Vencer o ABC na rodada inaugural. Façanha repetida pelo Racing do bairro das Rocas, também contra o alvinegro, em 1969.

E cita os treinadores ou “olheiros” – a maioria antigos jogadores americanos: Valdemar Junqueira, Garibaldi Mendes de Oliveira (“Lú”) e o lendário goleiro mossoroense Jerim, apelido como corruptela do nome de batismo Jerônimo Felipe, um tal de “Zé Doido” e bem depois José Luiz Galvão (“Lelé”).

O jornalista, peladeiro na juventude (revela na reportagem), cita os já ditos Wallace Gomes da Costa e Zé Maria (o personagem central), mais Gilvan Vieira, Aedo, José Zorildo Maia, os irmãos Euclimar e Eumar Lima da Silva, Herwin de Souza Hackradt, Cláudio de Melo Romano (“Esquerdinha”) e Murilo Concentino, do time de aspirantes campeão de 1948.

Alguns tiveram maiores destaques no elenco nos anos seguintes e sendo bicampeões (1956/57): Wallace (campeão como treinador no ABC e América) e Herwin (treinador no triangular final do supercampeonato de 1959).

Outros seguiram atividades diversas: Euclimar, depois da escola militar em Fortaleza, chegou a general do Exército e secretário de Segurança no Rio de Janeiro.

 

FONTES/IMAGEM

A Ordem

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte

Blog Carlos Roberto de Miranda Gomes

Sindicato dos Atletas Profissionais do RN

III Regimento de Carros de Combate

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Riachuelo contrata atacante revelação do "Melo Matos" (VII)

Outra imagem do América/RN do final dos anos 50 com o ex-juvenil Wallace Gomes da
Costa na ponta-esquerda. Mais um serviço para o internauta ajudar na identificação completa

O perfil do centroavante Zé Maria na ótica do repórter Everaldo Lopes Cardoso

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Na reportagem surgida no reboque da especulação sobre o retorno do América/RN do licenciamento de seis anos o repórter esportivo Everaldo Lopes Cardoso menciona alguns atletas juvenis revelados pelo alvirrubro no final dos anos 40 começo de 50.

No texto do “Diário de Natal” no oitavo dia de janeiro de 1966 são citados os times, os treinadores ou olheiros, e os garotos e adolescentes Wallace Gomes da Costa, Cláudio Romano (“Esquerdinha”), Querubino, “Totinha“, Pedro Bala (Pedro Balbino) e outros.

Assunto para uma abordagem mais específica, analítica e histórica. Pois no momento o destaque é para os últimos parágrafos da reportagem, que levou o relevante e oportuno subtítulo: “Zé Maria, o craque do Melo Matos”.

Para entender o plano geral de um perfil do centroavante do Riachuelo José Maria da Silva, o “Zé Maria” – vindo do selecionado dos Fuzileiros Navais – eis a transcrição dos últimos parágrafos do texto memorialista:

- O Melo Matos era um time duro de cair e reunia os garotos do então abrigo vizinho ao Estádio Juvenal Lamartine.

No quadro havia um moreninho de pernas longas, andar malemolente, chamado Zé Maria, jogava de centromédio (volante). Era um estouro de jogador, apanhava a bola lá atrás, saia “cosendo” meio mundo e marcava.

Depois desapareceu o pretinho, entrou para a Marinha. Anos depois o Riachuelo lançou um morenão com o mesmo apelido de Zé Maria, chamando as atenções para si, pelo chute, dribles e cabeçadas certeiras. Era ele.

Durante dois anos Zé Maria foi o número um, jogando pela seleção potiguar. Casou-se, engordou, ficou lento e o seu futebol foi sumindo, sumindo, até quase desaparecer.

Hoje, com 28 anos, Zé Maria parece haver mesmo largado o balão de couro, dedicando-se ao lar.

Todavia pode orgulhar-se de ter sido um legítimo craque de futebol, principalmente ao tempo de juvenil e quando aqui chegou tempos depois...

Riachuelo contrata atacante revelação do "Melo Matos" (VI)

Wallace Gomes da Costa, revelado no campeonato interno do alvirrubro, na ponta-esquerda.
Peço ajuda aos internautas para identificar os demais astros do time nas temporadas 56/57

“Zé Maria” some inesperadamente do noticiário após quatro temporadas no RAC

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O centroavante José Maria da Silva, o “Zé Maria”, chega ao Riachuelo Atlético Clube com a credencial de campeão da Marinha no Rio de Janeiro pelo time dos Fuzileiros Navais, e depois de quatro campeonatos potiguares (1960/63) some do noticiário e se torna praticamente um jogador de um time só, pois não é encontrada participação em outra agremiação, que não seja o RAC e o selecionado potiguar.

O que aconteceu depois da meteórica passagem no time “naval” com o rapazola, considerado pela imprensa local uma revelação tardia do timinho do “Abrigo Melo Matos” no começo dos anos 50, somente é possível ser detectado parcialmente pela pesquisa três anos depois do sumiço inesperado das páginas esportivas em reportagem assinada pelo repórter Everaldo Lopes Cardoso no “Diário de Natal” (terça-feira, 18/1/1966).

A reportagem do falecido jornalista com passagens pelo jornal Associado e “Tribuna do Norte”, famoso pelas colunas “Numeradas” e “Apito Final”, respectivamente nos dois impressos, é feita no decorrer da especulação do retorno do América/RN do licenciamento de seis anos e evoca a época dourada em que eram revelados garotos para os principais clubes da capital norte-rio-grandense.

Vejam só os preâmbulos chamativos da reportagem: “Assunto da volta dá saudade do celeiro que o rubro foi no passado”, como abertura, seguido do exagerado e redundante título em três linhas – “Campeonato interno do América FC, em 49, revelou grandes craques que marcaram época no nosso futebol”. E com os adendos explicativos: - Totinha, artista da bola, deixou cedo; Wallace, o último dos “Moicanos”; Zé Maria, craque do Melo Matos.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Riachuelo contrata atacante revelação do "Melo Matos" (V)

Hélio Cardoso Cruz, o terceiro, no Barcelona de Quayaquil (Equador) na temporada 1965

Colega de farda de Zé Maria marca contra o Botafogo e vira personagem de crônica esportiva

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Entre os companheiros do potiguar Zé Maria (contratado pelo Riachuelo) na seleção dos Fuzileiros Navais, vencedor do campeonato da Marinha (1960), o baiano Hélio Cardoso Cruz, é um caso à parte.

Sendo o mais conhecido, o meia-direita Hélio Cruz já em 1957 participa do campeonato carioca pelo São Cristóvão.

E numa vitória de virada (2 x 1) sobre o Botafogo (com quatro campeões do mundo) faz dois gols e se transforma no personagem da semana na crônica do renomado jornalista Mário Rodrigues Filho.

O colunista da revista “Manchete Esportiva” (edição 141) diz que o vira jogar algumas vezes, mas acha incrível um jogador ser chamado pelo nome próprio quase por completo, numa época em que imperavam os apelidos. E são gastos cinco longos parágrafos sobre o interessante “causo”.

O espetacular desempenho do atacante “alvo” não é esquecido e a revista de Adolfo Bloch volta ao tema (número 142) nestes termos na reportagem de página dupla: “TOSTÃO TEM SEU DIA DE MILHÃO – A bola é redonda e são onze de cada lado, por isso, ganham ricos e pobres”.

E faz um comparativo com os salários dos jogadores do “Glorioso” e do São Cristóvão. Só para citar dois exemplos: Garrincha ganha em um mês o que Hélio Cruz recebe em sete meses. Ou que ganha 6 mil cruzeiros, enquanto Valdir Pereira, o “Didi”, recebe Cr$ 70 mil.

Na temporada de 1959 o fuzileiro naval é assunto de reportagem para a “Revista do Esporte”. Quando diz que por um bom contrato larga a farda. Outra curiosidade: enfrentou o Pelé quando o Rei do Futebol era o recruta mais famoso do Exército.

Em 1961/62 está no América carioca. Na temporada de 1963 segue para o Barcelona de Guayaquil (Equador), como indicação do treinador brasileiro Gradim (Francisco de Souza Ferreira), e Alianza (Peru). De volta ao Brasil veste a camisa do Campo Grande (Rio de Janeiro) e Paysandu (1968).

FONTES

Manchete Esportiva

Revista do Esporte

O Gol

Súmulas Tchê

Riachuelo contrata atacante revelação do "Melo Matos" (IV)

Meia Hélio Cruz (centro) na capa
de uma revista estrangeira

Zé Maria é campeão em setembro de 1960 pela seleção do Corpo de Fuzileiros Navais no Rio de Janeiro

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A divulgação da nova contratação do Riachuelo coincide com os últimos momentos do atacante "Zé Maria" no Rio de Janeiro.

Na ocasião o centroavante "colored" vive a expectativa da final do campeonato da Marinha como integrante da seleção do quartel central do Corpo de Fuzileiros Navais.

O diário “Jornal dos Sports” (22/7/1960) noticia que a Seleção do Corpo de Fuzileiros Navais é campeão do Torneio Início do campeonato da Marinha no campo do América.

Na final contra o quartel dos Marinheiros (3 x 0) alinha com: Alagoinha, Muriaci, Gamelinha, Juarez, Batista, Alcides, Milton, Zé Maria, Hélio Cruz e Pará.

A competição começa na segunda-feira (25/7). A decisão acontece no Estádio das Larajeiras (Fluminense) em setembro (23/9): Fuzileiros Navais 4 x 0 Primeiro Distrito.

Os tetra-campeões: Alagoinhas, Coimbra, Gamelinha, Juarez, Batista, Muriaci, Basílio, Hélio Cruz, Zé Maria, Naval e Pará (Pingo). Marcam Hélio Cruz (dois), Zé Maria e Basílio.

Da turma o mais famoso é o atacante baiano Hélio Cardoso Cruz (Salvador, 12/10/1940). Com passagens pelo Barcelona do Equador e Alianza Lima (Peru).

 

FONTES

Diário de Natal

Jornal dos Sports

O Gol

Riachuelo contrata atacante revelação do "Melo Matos" (III)

Ceará enfrenta seleção carioca após desclassificar o Rio Grande do Norte/Blog Zé Duarte

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O cartão de visita do centroavante “colored” José Maria da Silva – simplesmente “Zé Maria” – são os quatro marcados na goleada com dez gols em amistoso contra o Cruzeiro, no Estádio José Olímpio Maciel, em Macaíba (região metropolitana).

A performance no final da temporada no primeiro ano de Riachuelo e nos dois seguintes o levaram a ser convocado para os treinamentos do selecionado norte-rio-grandense e a participar do Campeonato Brasileiro em dezembro de 1962.

Com o treinador Eugenio Vieira Barros – egresso do alvirrubro Globo – no comando o RN é eliminado pelos cearenses nas fases eliminatórias da competição nacional. Com uma vitória (dois gols) na estreia em casa e duas derrotas no Estádio Presidente Vargas (Fortaleza).

Pelo RAC “Zé Maria” participa de 31 partidas oficiais e marca 20 vezes (campeonato estadual). Somando com os três jogos e os dois gols pela seleção são 34 aparições e 22 gols.

Portanto os números não incluem amistosos pelo clube e preparação do selecionado potiguar.

 

Jogos oficiais

Riachuelo 1 x 2 Alecrim (16/10/1960)

Riachuelo 2 x 2 Atlético (23/10/1960) – um gol

Riachuelo 4 x 3 ABC (30/10/1960) – um gol

Riachuelo 3 x 1 Globo (15/11/1960) – um gol

Riachuelo 3 x 2 Atlético (30/11/1960)

Riachuelo 2 x 3 ABC (11/12/1960) – um gol

Riachuelo 5 x 4 Globo (25/6/1961) – três gols

Riachuelo 1 x 2 Atlético (16/7/1961)

Riachuelo 8 x 1 Ferroviário (29/7/1961) – dois gols

Riachuelo 0 x 3 ABC (24/9/1961)

Riachuelo 2 x 3 Atlético (15/10/1961)

Riachuelo 4 x 1 Ferroviário (5/11/1961)

Riachuelo 0 x 1 ABC (15/11/1961)

Riachuelo 1 x 0 Globo (22/11/1961) – um gol

Riachuelo 2 x 0 Alecrim (3/11/1961)

Riachuelo 2 x 1 Globo (14/1/1962)

Riachuelo 4 x 2 ABC (21/1/1962) – dois gols

Riachuelo 0 x 1 Atlético (11/2/1962)

Riachuelo 1 x 1 Alecrim (28/2/1962)

Riachuelo 1 x 2 Alecrim (18/6/1962)

Riachuelo 1 x 2ABC (8/8/1962)

Riachuelo 1 x 0 Santa Cruz (19/8/1962)

Riachuelo 3 x 0 Potiguar (5/9/1962) – dois gols

Riachuelo 1 x 0 Ferroviário (30/9/1962)

Riachuelo 3 x 1 Globo (19/10/1962) – dois gols

Riachuelo 4 x 0 Atlético (24/10/1962)

Riachuelo 3 x 1 Alecrim (11/11/1962)

Rio Grande do Norte 3 x 1 Ceará (5/12/1962) – dois gols

Rio Grande do Norte 1 x 6 Ceará (9/12/1962)

Rio Grande do Norte 0 x 2 Ceará (12/12/1962)

Riachuelo 3 x 0 Globo (16/1/1963)

Riachuelo 1 x 1 ABC (27/1/1963)

Riachuelo 5 x 2 Santa Cruz (30/1/1963) – um gol

Riachuelo 2 x 2 Atlético (13/3/1963) – um gol

domingo, 8 de dezembro de 2024

Botafoguense campeão com radinho de pilha colado no ouvido!

Empresário Arijorio de Medeiros Félix e o pai Arian comemoram no interior do Rio Grande do Norte. Detalhe: o filho leva o nome do antigo goleiro alvinegro dos anos 60: Ari Jorio (um dos reservas do lendário pernambucano Manga)

Em homenagem aos torcedores botafoguenses de todo o Brasil, e em particular do Rio Grande do Norte, este sensacional flagrante na cidade de Cerro-Corá (Região do Seridó), a 190 quilômetros de Natal (capital potiguar).

Na varanda da casa dos pais o empresário Arijorio de Medeiros Félix acompanha o pai, o servidor público municipal aposentado, Arian, na vitória sobre o São Paulo, neste domingo, resultando no terceiro título nacional.

Nenhum deles assiste o jogo pela televisão. Arian, octogenário, está com o radinho de pilha colado no ouvido por um simples motivo: é deficiente visual.

A família é quase toda botafoguense. Apenas um filho, nem cito o time, virou a casaca.

O clã alvinegro da cidadezinha com pouco mais de 10 mil habitantes, é da convivência da infância e adolescência do articulista. (José Vanilson Julião)

Riachuelo contrata atacante revelação do "Melo Matos" (II)

O centroavante  José Maria da Silva, contratado pelo Riachuelo Atlético Clube,   é o terceiro agachado

Seleção potiguar (1962): Valdemir Gaspar de Andrade, José Ribamar da Silva, Piaba (Osvaldo Carneiro da Silva), Clodoaldo Tomáz Marinho, Berilo de Castro, Jácio Salomão da Silva, Cocó (João Batista da Silva),
  Saquinho (Rivaldo de Oliveira Paula), Zé Maria da Silva, Jorginho (Jorge Tavares de Morais) e José Ribamar Ferreira (Furiba)/Acervo: Ribamar Cavalcante

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Quando foi iniciada a primeira fase da série de dez reportagens e a continuidade, após interrupção, com mais cinco textos inéditos sobre o futebol no Abrigo Melo Matos o repórter nunca imaginou encontrar um atleta revelado pelo time de garotos da instituição.

E sequer pretendia reutilizar uma imagem que ilustra outra sequencia de reportagens, recentemente encerrada, com alvo em quatro antigos jogadores e irmãos com futebolistas: Jorginho (I e II) e Tidão (I e II). Respectivamente João e Jorge Tavares de Morais e Luís Alves Cabral e José Aurino Alves.

Mas por não encontrar nenhuma outra fotografia com o agora focado atacante José Maria da Silva (“Zé Maria”), um dos dois reforços do Riachuelo Atlético Clube para o segundo turno do campeonato potiguar no segundo semestre de 1960, é obrigado a usá-la como complemento adicional para que o leitor possa identificá-lo.

A foto é importante por ser a única em que se encontra o “Zé Maria”, o potiguar que veio do Rio de Janeiro, onde ingressa na Marinha no começo dos anos 50. Ele é o centroavante do selecionado potiguar eliminado pelo Ceará em três jogos (uma vitória e duas derrotas) no Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais (1962).

No campeonato estadual de 1960 o RAC termina o primeiro turno em último lugar com cinco participantes. Com as chegadas do atacante e do zagueiro Bililiu (ex-Alecrim e marinheiro como ele na metrópole) logo são postos em campo pelo treinador, o sargento Waldomiro Rocha Campos, e o time “naval” ganha duas posições ao final do returno.

Riachuelo contrata atacante revelação do "Melo Matos" (I)

Nos bastidores: radialista e vereador  Francisco Souza Silva ("Chico  Telefone"),   treinador  do Fluminense
Mário Jorge Lobo  Zagallo e o  suboficial   Antônio Pereira de Castro, dirigente  "eterno" do  Riachuelo

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O centroavante José Maria da Silva é o reforço do Riachuelo Atlético Clube para o segundo turno do campeonato estadual no segundo semestre de 1960.

A primeira menção do contratado do RAC como antigo atleta no timinho do Abrigo Melo Matos vem do dirigente do alvo e anil naval, o suboficial Antônio Pereira de Castro (falecido em 2006).

O Diário de Natal (quarta-feira, 21/9) informa que o potiguar Zé Maria se encontrava servindo na Marinha no Rio de Janeiro desde meados de 1955/56, época em que se alista para o serviço militar.

Outro reforço azulino, o antigo zagueiro do Alecrim, Bililiu, também vindo da metrópole carioca, já se encontra desde agosto em Natal aguardando documentação.

A notícia corre e as transferências demoram quase um mês para chegar à Federação e as armas secretas apenas esperam.

Com isso ainda há tempo para os primeiros treinamentos e um amistoso na vizinha cidade de Macaíba (Grande Natal). Com goleada também sobre o azulino Cruzeiro (10 a 1).

A estreia oficial do avançado não é como o esperado: 1 x 2 Alecrim (domingo, 16/10).

 

FONTES

A Ordem

Diário de Natal

Tribuna do Norte

Jornal da Grande Natal

No Ataque

Súmulas Tchê

Diogo, Júlio Bovi História do Campeonato Potiguar (1918 2020)

Diogo, Júlio Bovio/Stela, Rodolfo Stella/Trindade, Marcos Avelino Histórico do Riachuelo no Campeonato Potiguar (1948 1993)

Acervo José Ribamar Cavalcante

sábado, 7 de dezembro de 2024

A equipe de futebol do Abrigo Melo Matos (XV)

Nem o ex-jogador e memorialista José Ribamar Cavalcante conseguiu decifrar   o time no desfile no tradicional Estádio Juvenal  Lamartine, a mais antiga "praça" de esportes da capital do Rio Grande do Norte

O
elenco da instituição de menores ainda entra em campo em 1953 contra o Municipal (resultado não divulgado), na estreia dominical (domingo 24) do time dos servidores da Prefeitura.

Mas depois parece que entra em banho-maria. A situação faz com que o campinho seja utilizado para amistosos entre outros amadores, como o DCT 1 x 0 Municipal (domingo, 36/7).

No time dos servidores do Departamento de Correios e Telégrafos os conhecidos goleiro Sansão (seria campeão pelo ABC e Alecrim) e o futuro apitador Guaracy Augusto Picado.

Enquanto isso o jardim do Melo Matos tradicionalmente concentra as equipes que participam dos desfiles que antecipam o Torneio Início do campeonato estadual até meados dos anos 60. (JVJ)

 

FONTES/IMAGEM

A Ordem

Diário de Natal

O Poti

Acervo José Ribamar Cavalcante

A equipe de futebol do Abrigo Melo Matos (XIV)

Modelo de  antigo receptor   da marca
"Invictus" dos  aos 50

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Não consegui "ver" como ficou o campinho do Abrigo por trás do Estádio Juvenal Lamartine com a passagem da boiada e dos cavalos, nem a dupla de vaqueiros que ganha o rádio "Invictus".

Mas anotei que após a vaquejada parece que o timinho do "Melo Matos" hiberna alguns dias, quando entra em ação uma equipe de adultos contando com alguns conhecidos veteranos do futebol da cidade.

Com rapazolas mais taludos entre eles o reforço do goleiro americano Paulo Honório (das Rocas) atende convite e se desloca para a vizinha cidade de São José do Mipibu (região metropolitana).

O resultado da primeira visita ao interior são duas vitórias contra a Associação Mipibuense de Desportos (domingo, 1/2/1953): principal (3 x 1) e preliminar (4 x 0).

Talvez a prova do estrago no campinho tenha motivado o amistoso Melo Matos 3 x 0 Tirol (26/4) no campo do América, inaugurado em 1948 no quarteirão da Rua Campos Sales. Com preliminar: 2 x 0.

E novamente o time tem o reforço de mais um personagem bastante conhecido. O goleiro da base do ABC, Zózimo, futuro massagista do alvinegro nos anos 60/80.

Ainda como curiosidades o treinador do Melo: José Gomes. E na arbitragem um atleta do Santa Cruz, Guaraci Augusto Picado, futuro árbitro metido a compositor musical.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

A equipe de futebol do Abrigo Melo Matos (XIII)

Advogado e  historiador   Hélio  M. de F. Galvão

As competições da meninada e dos adolescentes começam a tomar corpo com o surgimento da Liga Infanto-juvenil em janeiro de 1951 (Diário de Natal, terça-feira 23).

Para os jogos são escolhidos os campos do ABC o Maria Lamas Farache (Rua Potengi Petrópolis) e o do Abrigo Melo Matos (Tirol).

Logo é marcada reunião no "Jornal de Natal", o impresso de Djalma Maranhão, com os dirigentes do Mauá, Internacional, Olaria, Grêmio, Flamengo, Palmeiras, Corinthians, Guarani, Escola Industrial, Melo Matos e ABC.

Na primeira semana de dezembro (dias 1 e 1, sábado e domingo) o diretor do abrigo, Hélio Mamede de Freitas Galvão (1916 - 1981), cede terrenos próximos do campinho para uma vaquejada com 200 bois (!?).

Com apoio da firma J. Oliveira (distribuidora do VIC MALTEMA) e oferta de um rádio Invictus para o melhor derrubador. O segundo recebe um fogão Poti, da fábrica da Rua Ocidental de Baixo (Cidade Alta).

Jogos: "Melo Matos" 4 x 1Castro Alves (domingo, 7/9/1952), 1 x 4 Flamengo/Rocas (domingo 21/9) perde invencibilidade de cinco partidas , 5 x 0 Castro Alves (domingo, 2/11) e 7 x 0 Santos (domingo, 10/1/1953). E na preliminar 6 a 0.


FONTES/IMAGEM

A Ordem

Diário de Natal

O Poti