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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

O goleiro que jogou com o atacante "Gringo" (X)

Flamengo entra em campo na mesma data no Rio Grande do Norte e no Rio de Janeiro: 7 de maio de 1952.

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Após o America (11/3/1941), vindo do Ceará, contra o ABC (0 x 1), e Madureira (1946), contra o América/RN – vindo de Mossoró – o Flamengo se apresentar no RN. Olaria, quarto carioca, vence (8 x 1) o América (1948).

A primeira vez do rubro-negro, com vitória do visitante (6 x 2), acontece no amistoso comemorativo, um dia depois do aniversário do alvirrubro local (15/7/1947).

Na segunda enfrenta o tricolor Santa Cruz natalense (quarta-feira, 7/5/1952), com mais uma vitória flamenguista (3 x 1).

O Flamengo ainda jogaria mais quatro vezes no antigo e tradicional Estádio Juvenal Lamartine. Contra o ABC e América.

Duas vezes em 1969 (a dupla), uma das partidas com a presença do ponta-direita Garrincha, uma em 1970 (ABC) e a última em 1971 (América).

Os entendimentos para o interestadual são do dirigente americano, o empresário Miguel Carrilho, e o presidente da Federação, o oficial do Exército Fernando Leitão.

Leitão seria o pivô do descontentamento do ABC e acaba sendo o motivo do licenciamento por um ano do alvinegro.

O América não consegue o adiamento da estreia no Torneio dos Campeões (Recife) o escolhido é o Santa Cruz.

DISTRITO FEDERAL

Na data em que o time principal se apresenta em Natal o elenco suplente joga pelo Torneio Extra (Taça Carlos Martins da Rocha): 5 x 1 America/RJ.

Com o detalhe de que o nosso herói, o goleiro, o hoje médico Antonio Pelosi de Moura Leite, está no arco do “Mais Querido”.

A foto acima é prova contundente, além das súmulas, da participação dele em quatro jogos do torneio antes do Torneio Início e do Campeonato Carioca.


FONTES/IMAGEM

A Ordem

A República

Diário de Natal

Tribuna do Norte

Campeões do Futebol

Federação Internacional de Estatísticas de Futebol

Flamengo Alternativo

Flaestatistica

Futebol 80

Globo Esporte

Terceiro Tempo

O goleiro que jogou com o atacante "Gringo" (IX)

Flamengo 3 x 2 Santa Cruz/PE (4/5/1952): Garcia, Pavão, Biguá, Bria, Dequinha, Jordan, Joel, Rubens, Huguinho, Benitez e Esquerdinha

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Relacionado na lista das 50 revelações do futebol carioca divulgada pelo jornalista francês Albert Albin Laurence para a revista semanal “Manchete Esportiva” (janeiro/1956) o nosso herói, o goleiro Antonio Pelosi de Moura Leite (Flamengo), não é convocado, mas sim os arqueiros do selecionado amador nos Jogos Olímpicos de Helsinque (1952) Carlos Alberto (titular), do Vasco da Gama, e Arísio (reserva).

O destino guardava melhor coisa para o jovem guarda-metas rubro-negro. Antes das Olímpiadas (junho/julho), em maio, o elenco flamenguista se desdobra em duas equipes. Uma para disputar o Torneio Extra com taça em homenagem ao dirigente botafoguense Carlito Martins da Rocha. Outra excursiona pela Região Nordeste.

Inclusive faz um amistoso em Natal após passagem pelo Recife. Na capital potiguar enfrenta o antigo tricolor Santa Cruz Esporte e Cultura (licenciado em 1967). O América/RN encontra-se na capital pernambucana em torneio com os campeões estaduais. O ABC, o outro "grande" natalense, desde janeiro se encontrava licenciado por um ano devido confusão sem motivo com a Federação.

O Flamengo faz o último jogo do campeonato carioca da temporada do ano anterior (5/1/1952), depois faz dois amistosos em Santa Catarina, mais um internacional no Rio de Janeiro e participa do Torneio Rio – São Paulo (fevereiro/março). Em maio enfrenta os nordestinos Santa Cruz/PE, Santa Cruz/RN e o combinado Auto Esporte/Botafogo em João Pessoa.

Pelo oficial “Carlos Martins da Rocha” (maio/junho) são oito participações e a segunda colocação. É nesta competição “amistosa” de pré-temporada do Carioca que o goleiro Pelosi faz quatro dos cinco jogos efetivamente reconhecidos, até agora, com a camisa vermelha e preta.

 

FONTES/IMAGENS

A Ordem

Diário de Natal

Diário da Manhã

Diário de Pernambuco

Tribuna do Norte

Jornal dos Sports

Futebol 80

Torcidas Sulistas

O goleiro que jogou com o atacante "Gringo" (VIII)

A lista das revelações contém atacante e zagueiro futuros bicampeões mundiais

Bangu (1956): Joel Martins, Ubirajara Mota, Darci Farias, Rubens, Zózimo, Nilton dos Santos, Corrêa, Vermelho, Décio Esteves, Valter e Beto

JOSE VANILSON JULIÃO

O jornalista francês radicado no Rio de Janeiro, Albert Albin Laurence, começa a reportagem sobre as 50 “revelações”, para a revista semanal “Manchete Esportiva” (janeiro/2016), com o selecionado juvenil carioca, “base” do selecionado “amador”, que disputou os Jogos Olímpicos de Helsinque (Finlândia) em 1952.

São 15 atletas. Os goleiros Carlos Alberto (Vasco da Gama) e Pelosi (Flamengo), nosso personagem. Seguem entre os mais conhecidos hoje: Cacá (Fluminense), Zózimo (Bangu), Adésio (Vasco), Paulinho (Flamengo) e Vavá (Vasco). E declina os que foram jogar em outros estados: Humberto (Palmeiras/SP) e Larry (Internacional/RS).

Da lista anterior vão estar na Copa do Mundo – Suécia (1958) e Chile (1962) – o zagueiro Vavá e o zagueiro Zózimo. Ainda relaciona jogadores que não seguiram para as Olímpiadas. Entre os mais famosos os atacantes Evaristo de Macedo (Flamengo) e Calazans (Bangu).

Albert Laurence explica que teve de limitar os nomes dos novos jogadores aos seis “grandes” do futebol metropolitano: Botafogo, Fluminense, Flamengo, Vasco da Gama, Bangu e America. Mas teve que abrir exceção para o Bonsucesso. É aí que ele relaciona realmente os 50 valores.

Pontificam Dida, Zagalo, Babá, Orlando, Coronel, Cacá, Ferreira, Canário, Calazans, Pampolini e Garrincha. Até forma os selecionados “novos” e “revelações”. Das 22 fotografias que ilustram a reportagens os mais conhecidos na atualidade e Léo (campeão brasileiro pelo Bahia em 1959) e o goleiro Aníbal, do Santa Cruz/PE, Palmeiras e Flamengo.

O goleiro que jogou com o atacante "Gringo" (VII)

Antonio Pelosi M. Leite

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Após as explicações iniciais o repórter francês Albert Albin Laurence (1905 - 1963) abre efetivamente a reportagem para a revista semanal "Manchete Esportiva" (janeiro/1956) com o assunto principal: a relação de 50 nomes de jogadores considerados revelações ou que tenham confirmado bom desempenho desde os preparativos do selecionado para a segunda competição do pós Guerra Jogos Olímpicos de Helsinque (1952) e as nacionais da temporada anterior.

Em seguida a explanação geral o jornalista que veio para a cobertura da Copa do Mundo (1950) e resolve se estabelecer no Rio de Janeiro vai direto ao ponto logo no primeiro parágrafo e relaciona os valores convocados que participam da preparação pré-olímpica, envolvendo atletas da seleção de novos da Federação Metropolitana.

E quem está entre os relacionados? O Pelosi. O Antônio Pelosi de Moura Leite, o jovem campeão de voleibol pelo Flamengo em meados dos anos 40 e que participa de uma seletiva de futebol de praia para ingressar no juvenil rubro-negro lá em 1947/48.

domingo, 9 de fevereiro de 2025

O goleiro que jogou com o atacante "Gringo" (VI)

A. Albin Laurence

JVJ

A enorme introdução da reportagem de Albert Laurence para "Manchete Esportiva" (janeiro/1956) explica a ideia do jornalista Mário Filho de um "campeonato de novos" com o fim de "estabelecer um equilíbrio de calendário do futebol carioca (parece com hoje), ameaçado pela ida do selecionado oficial à Europa em abril/maio".

O repórter francês, radicado no Rio desde 1950, diz que não se trata de uma bajulação ao diretor de jornal. "Pois sem querer evocar o triunfo dos "Jogos da Primavera" e dos "Jogos Infantis" do "Jornal dos Sports" é só lembrar a "Copa Rio" - autêntico campeonato mundial oficioso de quadros de clubes, lamentavelmente assassinado por dirigentes sem categoria e inexperientes...

- A "Copa das Nações" - que devia ser como uma "revanche" (aperfeiçoado) do Campeonato Mundial da FIFA, e que os mesmos dirigentes bisonhos não souberam concretizas; o "Torneio Rio-São Paulo" ressuscitado, um esboço do futuro campeonato do Brasil (de clubes).

E continua: - Já em 1955 surgiram novos "astros" e vamos tentar estabelecer um balanço "revelações" e "confirmações" para os que costumam acompanhar as competições juvenis. (abre caixa alta e negrito)

DE HELSINQUE (1952) ao MARACANÃ (1955)

O goleiro que jogou com o atacante "Gringo" (V)

Os nomes de alguns desses jogadores vão aparecer na lista dos "50" da revista

O antigo goleiro e médico Antonio Pelosi

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Com a revelação como protagonista de um treino do selecionado pré-olímpico nacional (seleção titular acima) visando os Jogos de Helsink (1952), tendo o Heleno de Freitas numa equipe de "sparring", só restava procurar dados complementares em impressos da época sobre o então goleiro e depois médico carioca Antonio Pelosi de Moura Leite.

Uma das principais pistas vem no segundo ano da extinta publicação semanal carioca "Manchete Esportiva" (14/1/1956), da Bloch Editores. Espeficicamente a reportagem analítica, especulativa e sugestiva escrita pelo repórter Albert Laurence.

De página dupla com 22 fotografias de jogadores. A reportagem é aberta com o subtítulo: "SAFRA MARARILHOSA DAS "REVELAÇÕES" DO FUTEBOL CARIOCA DE 1955". E o título: "Albert Laurence aponta cinquenta nomes de futuros "scratchmen" BRASILEIROS".

E uma abertura explicativa - O "campeonato de novos" proposto por Mário Filho só poderia provocar ainda mais exuberante florescência de valores novos - De Helsink (1952) ao "Maracanã", "revelações" e "confirmações" - Grande jogadores moços para formar vários selecionados de classe internacional.

A seguir como aparece o nome do goleiro "Pelosi", do selecionado de novos do Rio de Janeiro, em meio aos nomes bem conhecidos nos anos posteriores no futebol carioca e, consequentemente, brasileiro.

O goleiro que jogou com o atacante "Gringo" (IV)

Botafogo em excursão ao México e Estados Unidos (1941): Carvalho Leite, Ivan, Zezé Procópio, Zezé Moreira, Heleno, Graham Bell, Tadique, treinador Ademar Pimenta Brandão (em pé); Pirica, Geraldino, Geninho, Sardinha, Aymoré Moreira, Borges, Laxixa e Patesko/Acervo: MUNDO BOTAFOGO

O médico Antonio Pelosi de Moura Leite

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Pelo perfil comedido do médico Antonio Pelosi de Moura Leite, a completar 93 em março, ver-se logo que se trata de um profissional respeitado, educado e uma personalidade conceituada na sociedade carioca.

Foi ele quem comentou que havia enfrentado o atacante Heleno de Freitas em um treino no campo do Botafogo, pela seleção pré-olímpica em preparativo para os Jogos de Helsinque (1952), na Finlândia, o segundo evento do pós Guerra.

Mas para efeito da inserção nesta série o que mais importa e chamou a atenção: duas fotografias. Uma é mais reveladora: em evento posa com a bandeira do Clube de Regatas Flamengo ao fundo.

Não precisava nem mais calcular que se tratava de um torcedor rubro-negro e talvez envolvido com ações administrativas do clube da Gávea. Dito e feito: foi só digitar o “Antonio Pelosi” no buscador e ele aparecer como protagonista dentro de campo.

Com participação em cinco jogos como goleiro (1949 e 1952). Um amistoso e quatro partidas pelo Torneio Extra (neste último ano).

Este torneio homenageia, com o nome do troféu ou taça, o presidente botafoguense Carlos Martins da Rocha, o “Carlito”, o comandante fora de campo do titulo do “Glorioso” de 1948, quebrando o jejum que vinha desde o tetracampeonato (1932/35).

O goleiro que jogou com o atacante "Gringo" (III)

Botafogo: Ivan, Negrinhão, Juvenal, Gerson dos Santos, Oswaldo Baliza, Belacosa,
Lula, Tovar, Heleno, Geninho e Braguina. Base "Gloriosa" para o título de campeão
carioca (1948)/Acervo: José Eustáquio Rodrigues Alves (Patos de Minas)

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Feitos os dois introitos explicativos sobre a retomada do assunto acerca do atacante flamenguista Orisvaldo dos Santos, o “Gringo”, chega a vez da revelação de quem se trata o frasista envolvendo o atacante mineiro Heleno de Freitas.

Quando li a frase com a referência do autor a convivência futebolística, mesmo que ligeira, em treinamento como adversário dentro de campo, com o Heleno de Freitas, vi logo que se tratava de tema interessante que poderia render algo.

Ao pedir que ele poderia escrever alguma coisa mais substancial em artigo, entendi a dificuldade momentânea pelo fato de não responder efetivamente.

Apenas disse sinteticamente: “93 anos, sobrevivência...” Neste momento um internauta, na faixa dos 40 a 50 anos, torcedor santista, em tom irônico:

“Tenho 137 anos, joguei com Friendreich (o atacante paulista Arthur, descendente de alemão, do Paulistano dos anos 20/30) e com Charles Müller (introdutor do futebol na capital paulista na segunda metade dos anos 90 do século XIX).

Outro internauta interveio e pediu respeito ao frasista. A esta altura, por mera burocracia para saber quem era o “comentarista”, fui no perfil e vi que se trata do médico carioca Antônio Pelosi de Moura Neto, nascido em 16 de março de 1932.

Mas a surpresa maior estava em uma das duas fotografias do perfil. Foi uma delas que possibilitou se chegar a mais detalhes específicos da misteriosa personalidade, que, a partir de agora, se transforma em importante personagem.

Com Heleno de Freitas e Orisvaldo dos Santos, o “Gringo”, como importantes figuras correlatas desta sensacional história...

O goleiro que jogou com o atacante "Gringo" (II)

Curto comentário sobre Heleno de Feitas gera a nova série

"Pelé" com o amigo José Maria de Aquino

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Como dito no bojo do comentário anterior sobre a retomada do tema envolvendo o atacante sergipano Orisvaldo dos Santos, o “Gringo”, promessa feita ao veterano jornalista esportivo José Maria de Aquino, o estopim que provoca esta nova série veio de um comentário em rede social.

A importante e reveladora frase diz textualmente: - Meu ídolo juvenil, quando estava na seleção pré-olímpica de futebol em 1952, treinei contra ele no campo do Botafogo... Foi expulso do treino por trocar pontapés com o zagueiro da seleção...

O alvo foi o curtíssimo texto sobre o atacante e ilustrada com fotografia de Heleno de Freitas no Boca Juniors. Um recorte da imagem (acima) da capa da revista da argentina “El Gráfico” (1/10/1948). Publicada na página do Facebook do “Lendas do Futebol”.

Chamada para o site com resumo da carreira do mineiro com passagem rápida pelo juvenil do Fluminense, no Botafogo em quase toda a década de 40, a temporada no Boca Juniors, o retorno ao Brasil contratado pelo Vasco da Gama e o ocaso no America/RJ.

O acostumado olho clínico do repórter funciona mais uma vez diante do comentário aparentemente sem qualquer importância e encontra outra pedra preciosa em rede social. Pois pediu ao autor da frase para fazer um artigo em cima do que foi dito.

O goleiro que jogou com o atacante "Gringo" (I)

Botafogo (1947): Nilton Senra, Gerson dos Santos, Ávila, Ari, Sarno, Juvenal, Santo Cristo, Geninho, Heleno, Otávio e Teixeirinha

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Entre 8 e 16 de maio do ano passado escrevi uma série – “O garoto do PLACAR fã incondicional do “Gringo” – sobre o antigo atacante sergipano Orisvaldo dos Santos, o do apelido, que se destacou no Vitória (Salvador) e no Flamengo (Rio de Janeiro).

E dias desses prometi ao veterano jornalista fluminense radicado na capital paulista, José Maria de Aquino, “o garoto da PLACAR” do mencionado seriado de 14 reportagens inéditas, voltar ao assunto do “Gringo”.

Alguma munição tinha guardada e sabia onde encontrar mais ‘balas” (fontes primárias e secundárias) para prosseguir com o tema, mas faltava um estalo ou um estampido mais consistente e de maior impacto.

Esta semana, como por um acaso, surge em rede social uma personalidade importante com uma história, digamos, paralela a carreira do nordestino Orisvaldo.

Classifiquei o personagem como “testemunha ocular da história”, parafraseando slogan do noticiário “Repórter Esso”, apresentado pelo locutor gaúcho Heron Domingues, da Rádio Tupi do Rio de Janeiro.

O trocadilho se faz necessário ainda mais pelo fato deste senhor ter revelado que treinou no Estádio de General Severiano, do Botafogo de Futebol e Regatas, contra o polêmico centroavante Heleno de Freitas.

Esta espetacular revelação proporcionou o retorno do assunto “Gringo”, de quem este misterioso jogador amador foi contemporâneo no convívio dos treinamentos.

 

FONTES/IMAGENS

Almanaque do Flamengo

Esporte Ilustrado

Jornal dos Sports

Manchete Esportiva

Revista do Esporte

Datafogo

Flamengo Eternamente

Flaestatistica

Flamengo, Ontem e Hoje

Jornal da Grande Natal

Mundo Botafogo

Súmulas Tchê

Terceiro Tempo

sábado, 8 de fevereiro de 2025

Jogador americano no antigo álbum de figurinhas

"Barbosinha": terceiro na segunda linha de atletas do Bonsucesso

O ponta-direita do América/RN “escondido” na página dedicada ao Bonsucesso do Rio de Janeiro

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Capa do álbum da Editora Vecchi

Na capa e contracapa os escudos dos clubes, o estádio municipal do bairro do Maracanã e a famosa bola “Superball’”, o esférico fabricado no Rio de Janeiro para a Copa do Mundo (1950). São 64 páginas do “Ídolos do Futebol” (produto da extinta Editora Vecchi).

Figuram no “colecionismo” os selecionados estaduais: Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santos, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Cariocas: Botafogo, Vasco da Gama, Fluminense, Flamengo, America, Bangu, Olaria, Madureira, Bonsucesso, Canto do Rio (Niterói), São Cristóvão e Associação Atlética Portuguesa (Ilha do Governador)

Paulistas: São Paulo, Santos, Palmeiras, Corinthians, Portuguesa de Desportos, Guarani, Ponte Preta, XV de Novembro (Piracicaba e Jaú), Noroeste (Bauru), Ipiranga (capital paulista), Juventus e Associação Atlética São Bento (São Caetano do Sul), Linense.

Mais Atlético/MG América/MG (Belo Horizonte), Villa Nova (Nova Lima), Grêmio, Internacional, Renner, Cruzeiro (Porto Alegre), Sport Recife, Santa Cruz, Náutico, Vitória e Bahia.

Propaganda distribuída para a imprensa

A ficha diz que passou pela Associação Atlética Anapolina de Anápolis (Goiás) e pelo mineiro Uberlândia (da cidade do mesmo nome). Desde junho de 1954 no Bonsucesso (até ao menos 1956), do bairro homônimo da Zona Norte da metrópole e então capital federal.

No elenco do rubro-anil comandando pelo treinador Sílvio Pirillo o goleiro Ari de Oliveira (um dos “rivais” do “Pompéia”) e Décio Recaman (veio do Fluminense), mas ainda não era o grupo que fez a boa campanha no campeonato carioca de 1955 (entrou pela temporada seguinte).

O atacante (ponta-direita) José Barbosa Campos (Natal, 8/5/1929), o “Barbosinha”, com 47 jogos (1949/54) pelo alvirrubro natalense, é o terceiro da segunda fila na página do álbum dedicada ao Bonsucesso.

O diminutivo do nome para diferenciar do zagueiro Antônio Barbosa (nascido em 1921 e falecido em 1984) e com 89 jogos pelo América/RN (também jogou no Alecrim e Clube Atlético Potiguar).

 

FONTES/IMAGENS

A Ordem

Diário de Natal

Jornal dos Sports

Tribuna do Norte

Blog No Ataque

Botões para Sempre (jornalista Ricardo Bucci)

Brazilian Soccer Colection

Memória do Torcedor Vascaíno

Messi do Alecrim/Facebook

A colaboração de Léo Batista em revista esportiva

O paulista Léo Batista

JOS
É VANILSON JULIÃO

Nas pesquisas sobre temas gerais sobre futebol sempre se encontra alguma curiosidade.

Caso da participação do recentemente falecido locutor paulista Léo Batista em mídia impressa.

É sabido que ele ficou conhecido como apresentador noticiarista na Rádio Globo e depois na TV Globo.

O que poucos sabem é que no ano em que chegou no Rio de Janeiro (1952) andou escrevendo para uma conceituada revista semanal esportiva da época.

A estreia de Léo Batista na reportagem em impresso ocorre no final do ano. O primeiro artigo em dezembro (comenta um dos jogos da rodada do campeonato carioca).

Na Esporte Ilustrado (Edição 765 4/12). Até da temporada Batista ainda participa de mais dois números (767/768),

João Baptista Bellinaso Neto (Cordeirópolis, 22/7/1932 Rio de Janeiro, 19/1/2025), nome de batismo, está na companhia de outros feras da crônica esportiva.

Entre eles o narrador Doalcey Benedito Bueno de Camargo (Itápolis/SP, 1930 Rio de Janeiro, 2009), e o narrador e comentarista Luiz Pineda Mendes (Palmeira das Missões, 1924 Rio de Janeiro, 2011).

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Mais três goleiros "Pompéia" fecham o detalhamento


José Linaldo de Andrade Silva, um "Pompéia"

Conclus
ão da série de quadro dezenas de reportagens inéditas, sobre os arqueiros com a mesma alcunha, ou correlatas, cujo pivô foi uma única imagem com um dos personagens no América de Natal

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Para encerrar a série dos goleiros "Pompéia" ficou para o final o detalhamento de mais três atletas que começaram a carreira nos anos 70, posterior ao original, o mineiro José Valentim da Silva, no America carioca (1955/64), e ao segundo mais conhecido, o pernambucano Severino Ramos da Silva, com carreira em Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte no América de Natal (1972) e Paraíba.

Primeiro com o paraibano José Linaldo de Andrade Silva (Campina Grande, 2/9/1955 8/12/2022), campeão estadual (1975) pelo Treze título dividido com o Botafogo de João Pessoa falecido numa quinta-feira, após sentir-se mal em casa e ser socorrido para um hospital. O Severino jogou no clube da capital na mesma época e treina o "Belo" nos anos 80.

O segundo com o baiano (?) Mário José Reis Góes (4/5/1958). Com passagens pelo Bahia (1977), Campinense (1978), ASA de Arapiraca/AL (1979), Galícia de Salvador (1983) daí a confusão de algumas fontes secundárias, terciárias e de certos articulistas com o "Pompéia" do America do Rio de Janeiro e Sergipe de Aracajú (1986/87).

O terceiro começa na época do final da carreira do mais famoso (Valentim) e durante a ascensão do segundo mais conhecido (Severino): é o gaúcho Luiz Carlos de Lima (Sapucaia do Sul, 21/1/1948) com temporadas no Aimoré/RS (1969/71), Riograndense (1972), ACAFOL (1973), Lajeado (1974/76), Chapecoense (1976), Estrela (1976/77) e Novo Hamburgo (1978/80).

A contagem total dos "Pompéia" chega a mais de 10 (incluindo nove identificados nominalmente e com datas de nascimento a maioria). Podem até ser contabilizados mais dois: um com passagem pelo Baraúnas de Mossoró/RN (1980). E outro no Alecrim Futebol de Natal (1984). Ambos sem identificação. Com a possibilidade de algum paraibano ser o do Baraúnas.

 

NOTA DO REDATOR: A profusão de goleiros com o mesmo apelido pode ocasionar uma ou outra confusão e dúvidas com clubes similares nas carreiras em sites especializados: Por exemplo: Severino Ramos Central, Ferroviário/PI, CSE, CRB, América/RN, Atlético de Alagoinhas/BA, Treze, Galícia, Botafogo, Campinense e ASA. Alguns anos coincidem, outros não. Somente uma pesquisa e levantamento muito mais demorado em fontes primarias (jornais e revistas) pode esclarecer eventuais erros.

 

FONTES/IMAGENS

Globo Esporte

Grêmiopedia

Jornal da Paraíba

Retalhos Históricos de Campina Grande

Súmulas Tchê

Treze FC