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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

O futebol da atualidade sem jogadas de efeito


Diagnóstico da experiência na cobertura esportiva e os acessórios da prorrogação e dos tiros livres

 

JOSÉ MARIA DE AQUINO

JORNALISTA

 

Bons tempos aqueles em que os time jogavam para marcar gols – meta, objetivo. Se tomava um ia ao ataque para marcar dois. E as torcidas viam belas goleadas: 4 x 3, 6 x 5, 3 x 3...

De uns tempos para cá os "professores" armam os times para não perder. Se der, faz um gol com a famigerada 'bola parada", que, na verdade, está em movimento. Tem de estar.

E o locutor se esforça para dar emoção onde só se vê correria. Times controlando a bola na defesa, com todo cuidado, para não errar, e um chutão para frente, buscando o "jogador de velocidade".

E tome estatística. Que time tem mais a "posse da bola", como se significasse maior possibilidade de marcar. Uma mentira, porque a tal "posse da bola" acontece no meio do campo para trás.

Quando faltam uns cinco minutos para terminar os "professores" fazem um monte de substituições. Às vezes, tentando um gol no abafa, geralmente para esfriar o jogo e garantir o empate – sem gols e sem graça.

Se são jogos que decidem alguma coisa, o título ou quanto o clube vai receber da entidade promotora, vem a prorrogação, isto é, mais enganação e, sem outro jeito, os pênaltis.

Com eles a certeza, entre os times brasileiros, que não são praticados, treinados de forma séria. E não apenas às vésperas dos jogos mata-mata – que mais "matam o tempo". E torcedores do coração.

Bons tempos aqueles. Que coincidiam com jogadores de cabelos comuns, chuteiras pretas e pele sem rabiscos, contra os quais – para evitar acusações sem nexo – nada tenho.

Bom descanso, e até os pênaltis domingo no Maraca...

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