Diagnóstico da experiência na cobertura esportiva e os acessórios da prorrogação e dos tiros livres
JOSÉ MARIA DE
AQUINO
JORNALISTA
Bons tempos
aqueles em que os time jogavam para marcar gols – meta, objetivo. Se tomava um
ia ao ataque para marcar dois. E as torcidas viam belas goleadas: 4 x 3, 6 x 5,
3 x 3...
De uns tempos
para cá os "professores" armam os times para não perder. Se der, faz
um gol com a famigerada 'bola parada", que, na verdade, está em movimento.
Tem de estar.
E o locutor se
esforça para dar emoção onde só se vê correria. Times controlando a bola na
defesa, com todo cuidado, para não errar, e um chutão para frente, buscando o
"jogador de velocidade".
E tome
estatística. Que time tem mais a "posse da bola", como se
significasse maior possibilidade de marcar. Uma mentira, porque a tal
"posse da bola" acontece no meio do campo para trás.
Quando faltam
uns cinco minutos para terminar os "professores" fazem um monte de
substituições. Às vezes, tentando um gol no abafa, geralmente para esfriar o
jogo e garantir o empate – sem gols e sem graça.
Se são jogos que
decidem alguma coisa, o título ou quanto o clube vai receber da entidade
promotora, vem a prorrogação, isto é, mais enganação e, sem outro jeito, os
pênaltis.
Com eles a
certeza, entre os times brasileiros, que não são praticados, treinados de forma
séria. E não apenas às vésperas dos jogos mata-mata – que mais "matam o
tempo". E torcedores do coração.
Bons tempos
aqueles. Que coincidiam com jogadores de cabelos comuns, chuteiras pretas e
pele sem rabiscos, contra os quais – para evitar acusações sem nexo – nada
tenho.
Bom descanso, e
até os pênaltis domingo no Maraca...

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