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sábado, 29 de setembro de 2018

Editorial de jornal paulista diz o que o petismo pretende

"Um regime autoritário pode se instalar da maneira clássica, por meio de um golpe, ou como resultado de um paulatino processo de captura do poder por um determinado grupo político, que assegura sua hegemonia a partir do aparelhamento do Estado. De um modo ou de outro, o resultado é sempre o mesmo: a submissão do Estado - e da Nação - aos interesses de quem o controla, o exato oposto de uma democracia. É precisamente isso o que o PT tentará fazer se esse partido conseguir vencer a eleição presidencial.
Para os que ainda concedem ao PT o benefício da dúvida, enxergando naquele partido credenciais democráticas que a sigla há muito perdeu - se é que um dia as teve -, recomenda-se a leitura de uma entrevista que o “companheiro” José Dirceu deu ao jornal El País.
Na entrevista, o jornal pergunta ao ex-ministro, deputado cassado e réu triplamente condenado se ele acredita na possibilidade de que o PT seja impedido de assumir a Presidência caso vença a eleição - ou seja, se pode haver um golpe. José Dirceu considera essa hipótese “improvável”, pois significaria colocar o Brasil na rota do “desastre total”, uma vez que “na comunidade internacional isso não vai ser aceito”. Mas então Dirceu, condenado a mais de 33 anos de prisão por corrupção no âmbito da Lava Jato, deixa claro que, para o PT, as eleições, afinal, são apenas uma etapa na tomada do poder. “Dentro do país é uma questão de tempo para a gente tomar o poder. Aí nos vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”, explicou o ex-ministro.
Não é preciso grande esforço para perceber o projeto antidemocrático petista nessas poucas palavras. Quando diz que “tomar o poder” é diferente de “ganhar uma eleição”, significa que o poder pode ser conquistado e consolidado à margem ou mesmo a despeito do natural processo democrático - que, justamente, tem como um de seus fundamentos a alternância de governantes, para evitar a cristalização de um determinado grupo político-partidário na máquina estatal.
Ao afirmar que é apenas uma “questão de tempo” para que o PT efetivamente tome o poder, Dirceu dá a entender que esse processo já está em curso. Pode-se dizer que os esquemas arquitetados pelo PT e seus associados para corromper o Congresso eram parte da estratégia, e só não foram mais longe porque houve um acidente de percurso - a Operação Lava Jato.
Mas há um aspecto menos escandaloso e mais insidioso nessa ofensiva do PT, que é a construção, passo a passo, da hegemonia do pensamento e da ação petistas em diversos setores da sociedade - e, para que essa estratégia insinuada por Dirceu seja bem-sucedida, é preciso contaminar de petismo também as instituições sobre as quais repousa a tarefa de garantir a democracia. Foi exatamente o que o chavismo fez na Venezuela, não à toa um modelo de “democracia” para os petistas.
Em resolução publicada depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, o PT lamentou não ter se concentrado na “construção de uma força política, social e cultural capaz de dirigir e transformar o País”, o que incluía a reforma do Estado para se contrapor ao que chamou de “sabotagem conservadora”, e disse ter falhado ao não “promover oficiais (das Forças Armadas) com compromisso democrático e nacionalista” - isto é, militares alinhados ao PT.
Mas, como constatou Dirceu, nem o impeachment de Dilma nem a prisão do máximo líder da camarilha petista, Lula da Silva, interromperam o empreendimento autoritário do partido. Ao contrário: a autorização dada ontem pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski para que Lula possa dar entrevistas na cadeia mostra o quanto as instituições basilares da democracia continuam permeáveis ao lulopetismo.
Para permitir que Lula, encarcerado por corrupção e lavagem de dinheiro, dê declarações com potencial para influir na disputa presidencial, tumultuando um processo já bastante confuso, Lewandowski invocou a “liberdade de imprensa”. Ou seja, recorre-se a um dos princípios mais caros aos regimes democráticos para garantir a Lula um privilégio - situação por si só incompatível com uma democracia, mas muito coerente com a “tomada de poder” pelo PT."

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Quarta análise pinçada da rede sobre o candidato J. M. Bolsonaro


Flauberto Wagner de Farias Fonseca

Não sei se é desespero, falta de respeito e até de medo da oposição que tem tudo custo feito o seu discurso vencido e carregado de ranço, mas acho que é chegada à hora de pararem com uso de subterfúgios e de meios escusos de tentarem desconstruir a candidatura de Bolsonaro, pois não suportamos mais tamanha agressividade e busca incessante de matérias jornalísticas e de outros assuntos já vencidos pelo tempo. Outra coisa, que já não suportamos mais é guerrilha das contra informações revistadas de mentiras e malícias tendo como pano de fundo a candidatura dele.
Não tem cabimento que a nós eleitores que por nossa livre vontade apontamos o nosso mais latente desejo de colocamos e termos uma cara nova e com pensamentos que nos fazer crer que é possível renovar e inovar, nos seja imputado através dos mais variadas meios nada ortodoxos, tendo o “medo” com características de coação e montado em cima de assombros e ameaças veladas que o eleitor brasileiro não pode mudar e muitos menos contrariar os interesses daqueles que há muito nos conduz sob os seus grilhões e por assim fazem e não querem que nada se faça diferente em detrimento aos seus engenhosos e pseudos direitos de domínio total do poder público, seja ele qualquer ente da federação.
É patente que os coronéis sem galões e porta baionetas, queiram a toda custa ser manterem de posse do poder, mesmo lhe custem descerem a até a sarjeta do submundo da difamação e do uso de expedientes chulos e baixos para preservarem os seus sistemas usurpadores do erário público, muitas das vezes praticando entre si o canibalismo político.
É notório que eles querem que o nosso povo seja manejado como uma boiada a caminho do abatedouro, pois só assim vão continuar prática da submissão e da distribuição da esmola como ação de governo e em contrapartida a dação de nossas riquezas edificadas com o nosso suor para uma gama de parasitas encostadas na máquina pública, outrora muito bem batizada de “viúva”.
É chegada à hora de mudar o país, ou se mudar do país, mas prefiro ficar aqui e lutar com a única arma que tenho que é o voto para mudar os políticos tradicionais em todas as esferas, e buscar as melhores condições para o nosso povo sofrido e iludido, sempre tratados com compromissas futuras que em lhe confiando o voto as coisas vão acontecer, portanto, ratifico aqui que para mudar a minha opção por aquele que mostra que o caminho e é o caminho...


quinta-feira, 27 de setembro de 2018

A poderosa máquina do cinema e do chocolate


Assim que vi um vídeo e depois uma fotografia na rede logo a identifiquei. Mesmo sem ser especialista em armamento.

A machine estava assentada, em posição de ataque, num carro da quadrilha que tentou assaltar um avião de transportes de valores na manhã da quarta-feira (26/9) em Salgueiro, no sertão de Pernambuco.

A arma tem poder de fogo para derrubar avião, helicóptero e furar blindagens de carro-forte. Trata-se de uma metralhadora Browning ponto 50.

Na semana anterior uma metralhadora do mesmo modelo foi apreendida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ela estava sendo negociada por R$ 200 mil para traficantes de uma comunidade da capital carioca.

O caso arremeteu a minha memória para os filmes ambientados na Segunda Guerra. Pois a Browning foi usada pelos americanos nos combates pela Europa contra o exército alemão.

A famosa metralhadora era o equipamento dos soldadinhos verdes que vinham de brindes nos frascos de vidro do não menos famoso chocolate Toddy, um produto alimentício introduzido no Brasil por meio de extensa campanha publicitária.

A metralhadora foi criada pelo inventor e projetista John Moses Browning (1855 – 1926) no final da Primeira Guerra. Foi usada na Guerra da Coréia (Ásia) e no Vietnam (sudeste asiático).

O perigo da 'venezualição' do país continental


O site “O Antagonista” (25/9) reproduz parte de artigo do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM/BA) publicado no jornal diário A Tarde (Salvador). Leia o trecho:

- Tão grave quanto calar-se diante da crise humanitária causada pelo socialismo bolivariano no país vizinho é ignorar a ameaça que nos ronda diante da possibilidade de uma eleição movida pelo ódio trazer de volta a face brasileira dessa mesma tragédia.
Movidos pelo populismo mais rasteiro, por uma fraude eleitoral praticada à luz do dia e pela incitação a um messianismo político de fazer corar o mais imoral dos estrategistas, o projeto de poder do PT assombra as bases de nossa democracia.
Para eles não é o futuro Brasil que está em jogo. É o revanchismo de um partido que se nega a reconhecer a culpa pela maior crise econômica de nossa história. Que se nega a admitir a cumplicidade diante da fome e da miséria provocada por sua ideologia.
O partido que mandou às favas qualquer resquício de dignidade política ao guiar-se em função de um culto personalista em plena democracia liberal do Século XXI.
É preciso sair de cima do muro do politicamente correto e se posicionar de forma firme em defesa dos valores humanistas que forjaram este e os demais países ocidentais. Não mais temer a histeria esquerdista ao se levantar em defesa da família, das instituições e da moral cristã que é a base de nossa sociedade.
Não se enganem: esta é uma luta por liberdade. Qualquer neutralidade neste momento faz parte da mesma fórmula da indiferença que faz ditaduras ser perenes. A Venezuela não pode, não deve e não será aqui.



quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Terceira análise pinçada da rede sobre o candidato J. M. Bolsonaro

Cibele Martins
A campanha de Bolsonaro é única, um fenômeno sem precedentes na história brasileira. Como uma campanha sem um único comitê central, sem marketeiro, sem material de divulgação, sem identidade visual definida e sem dinheiro consegue liderar com folgas a corrida presidencial?
O que aconteceu no último fim de semana ao redor do país, com carreatas e comícios organizados espontaneamente pelo povo e por alguns candidatos sem grande expressividade, é simplesmente impressionante. Pela primeira vez na história é o povo que está conduzindo o candidato ao poder. Não existe uma determinação partidária que indique as ações e manipule os militantes, mas apenas uma proposta, um pacto que une a todos (candidato e eleitores).
Desconheço um fenômeno tão claramente popular e tão descentralizado. Nunca um candidato representou tão bem os seus eleitores e nunca os eleitores foram tão decisivos para a vitória do candidato.
Se ainda existisse Jornalismo no Brasil, essa seria a pauta mais explorada durante as eleições.

Segunda análise pinçada da rede sobre o candidato J. M. Bolsonaro


Roberto Schwartz

Estamos presenciando um fenômeno eleitoral no Brasil. Quer você goste ou não da pessoa que está no epicentro deste furacão, o fato é incontestável!
Acompanhamos atônito, um candidato a presidente sendo recebido e ovacionado por multidões eufóricas em qualquer lugar deste país que ele chegue. E o mais incrível é o coro quase unânime e uníssono:

“Eu vim de graça”!

O cara não precisa fazer esforço nem gastos para arrebanhar multidões frenéticas em busca de uns “selfie” ou somente para demostrar sua disposição de votar nele.
Aí, vem o mais inacreditável ainda: Tudo isso, e muito mais, ocorrendo contra todo um sistema político e ideológico que vem comandando o Brasil há cerca de trinta anos!
Autoridades políticas rançosas e bolorentas, grande mídia encaixada no esquema, intelectuais e artistas adeptos e parasitas de verbas públicas, Universidades aparelhadas que não estão lá para ensinar e dialogar com as diversidades de ideias e sim para impor somente as suas…
Toda esta máquina enferrujada e cheia de corrupção, burocracia e fome de poder, com todos seus recursos lícitos e ilícitos, tentando, pelo menos, frear a ascensão do seu único concreto adversário.
Uns embasbacados, outros incrédulos, muitos irados, todos perplexos com a total impotência de seus ardis e ataques orquestrados contra um só homem, um reles deputado federal sem expressão nacional pregressa e sem apoio ou conluios espúrios com o “sistema”!
Será mesmo? Ele é tão perfeito assim? O que este homem tem de extraordinário e anormal?
A resposta é simples e clara: Nada!
E é exatamente este seu cacife. Ele é uma pessoa comum, com seus defeitos que cada um de nós carrega; com sua vontade de ver um país com menos corrupção, menos “esculhambação”, menos desinformação e menos bombardeamento da família etc.
O que seus adversários ainda não entenderam é que a questão não é o Bolsonaro; o problema é com eles!
O povo não está votando propriamente no Bolsonaro. O povo está “desvotando”, isto é, rejeitando, repugnando (no cearês: “Ripunando”) os demais!
Não é questão de escolher o mais culto, o mais “preparado”, o mais isso ou mais aquilo… É repulsa mesmo!
Contra o Sistema corrupto, apátrida e diabólico que nos encharca e causa náuseas.
O brasileiro não escolheu Bolsonaro; ele simplesmente está no lugar certo e no momento exato.
A maioria, mesmo inconscientemente, está votando em si mesmo.
Apenas se achegou a um porta-voz que ia passando e dizendo muito daquilo que você e eu queríamos dizer. Aquilo que estava engasgado há tempos.
Grande parte do Brasil está vomitando sobre os candidatos do Sistema todo o nojo desta classe política que nos deixou enojados de mentira, roubalheira, insegurança e medo.
E quanto mais bate no “porta-voz”, mais batem na honra de quem quer falar e reclamar pela boca dele. Colocam dez notícias pejorativas por hora contra ele, mas ao mesmo tempo, cada notícia de corrupção; cada vídeo de um assalto; cada latrocínio; cada dinheiro na cueca; cada escárnio contra a fé; cada doutrinação de imoralidade infantil; cada nome de blasfêmia… Torna-se uma propaganda gratuita deste perseguido “Porta-voz”!
Dizem que se conselho fosse bom não se dava, se vendia. Então vou vender um, “fiado”, pros políticos do Sistema: Deixem de bater no povo através do seu Porta-voz. Tentem se reinventar; a maioria já está enfastiada desta mesma conversa fiada que vocês estão oferecendo.
O brasileiro já desistiu de um inexistente “salvador da pátria”. Está resolvendo salvá-la numa união popular poderosa e voluntariosa jamais vista em nossa história!
Se “todo poder emana do povo”, basta só mais alguns acordarem pra esta união. Hoje está se entendendo a força que o povo tem. Sem comando de nenhum populista aproveitador, mas aproveitando-se de um ser “normal” que resolveu dar a cara à tapa… E a boca ao povo!”


domingo, 23 de setembro de 2018

Alecrim soma seis pontos e lidera grupo na Segunda Divisão potiguar


Alecrim 1 – 0 Cruzeiro
Data: domingo, 23/9
Competição: Segunda Divisão
Estádio: Maria Lamas Farache
Cidade: Natal/RN
Árbitro: Suelson Diógenes de França Medeiros/RN
Gol: Paul 39/2
Alecrim: Geison, Richardson, Fabiano, Nego Potiguar (Madson), Ramon Gabriel, Edson Fernandes, Paul, Ronaldo, Igor Potiguar (Joas), Clayton (Anderson) e Juninho. Treinador: João Paulo
Cruzeiro: Damião, Cosme, Pedro, Rafael, Felipe, Fernando, Everaldo, Albert, Chapinha, André e Erick (Jeferson). Treinador: Sérgio Maria
No elenco ‘estrelado’ macaibense os gêmeos Cosme e Damião. O jogo começa com 18 minutos de atraso devido problema no policiamento. O repórter Helio Lopes (Satélite FM) entrevista o torcedor José Vicente, 64 anos, que veio de Recife assistir: "Sou Alecrim, Ibis e Sport (pela ordem) e sou simpatizante há 40 anos, quando visitei a antiga sede”. No estádio o coronel Sebastião Saraiva, ex-presidente.

sábado, 1 de setembro de 2018

Uma análise pinçada da rede sobre o candidato J. M. Bolsonaro

Por Walter Lirola Junior

O pré-candidato Jair Messias Bolsonaro pode ser perfeitamente definido como um fenômeno político extraordinário. Aclamado como mito por milhões de eleitores, o deputado tem sido alvo de críticas de 10 em cada dez veículos de comunicação e formadores de opinião. Jornalistas, artistas e políticos se desdobram para construir narrativas e críticas contra o parlamentar. Diante da dificuldade em apontar defeitos ou ilações, acabam apelando justamente contra suas qualidades.
Neste momento da corrida eleitoral, é perfeitamente cabível afirmar que o candidato, que desponta como favorito para as eleições de 2018, é o único candidato que se fez sozinho e sem contar com a estrutura de grandes partidos ou o apoio de grupos empresariais.
O que deixa seus rivais ainda mais enfurecidos é que Bolsonaro não tem nem marqueteiro, patrocinador ou militância de partido. O deputado é recebido por multidões em praticamente todos as regiões do país e saudado por milhares de pessoas, em manifestações genuínas e espontâneas de apoio à sua candidatura.
Tecnicamente, Bolsonaro reúne mais condições de governar o país que a maioria de seus adversários. Ainda que não fosse este fenômeno de popularidade, o deputado possui experiência na Câmara dos Deputados, está familiarizado com os problemas do país e possui boas relações com a maioria dos colegas. Aos 62 anos, o militar da reserva cumpre seu sexto mandato na Câmara dos Deputados sem ter enfrentado nenhuma denúncia de envolvimento em esquemas de corrupção ou recebimento de vantagens indevidas.
Seu histórico como parlamentar representa uma grande vantagem competitiva frente aos demais adversários. Bolsonaro é um bicho do Congresso e fala a mesma língua de seus pares, ao contrário dos alienígenas fabricados pela imprensa e por grupos econômicos que costuma descer de pára-quedas a cada eleição presidencial. Para governar um país como o Brasil, é mais recomendável que o candidato tenha experiência política do que popularidade. Bolsonaro reúne estas duas qualidades.
O pré-candidato costuma ser desafiado por jornalistas sobre seus conhecimentos sobre economia, como se os demais concorrentes fossem verdadeiros especialistas na área. Bolsonaro devolve e pergunta se ele precisa ser também o senhor da saúde, da educação e agricultura. Na verdade, um candidato precisa conhecer os problemas do país em linhas gerais e saber escolher os ministros responsáveis por cada área. É assim que funciona com os demais pré-candidatos, mas quando se trata de Bolsonaro, a imprensa sempre tenta exigir um pouco mais. Todos sabem que o "mito" pode convocar não apenas um ministro para cada pasta, como também uma equipe inteira de especialistas familiarizados com as questões mais urgentes para o país. Cabe ao presidente e sua equipe apontar as diretrizes, com base nas circunstâncias e desafios de cada área.
Sob o ponto de vista político, Bolsonaro é muito melhor qualificado que a maioria de seus adversários. Praticamente todos eles estão distantes de Brasília fazendo campanhas, enquanto Bolsonaro está lá há mais de 20 anos fazendo política e convivendo intensamente com os problemas reais do país. Sabe quem é quem no Congresso.
Esta peculiaridade é pouco observada pela população na hora de escolher seu candidato. A experiência com o presidente Michel Temer é um bom exemplo da importância da vivência política intensa como requisito fundamental para um bom governo. Apesar de suas baixos índices de popularidade, Temer conhece cada parlamentar pelo nome, sobrenome e histórico de vida. Esta característica o tem ajudado a aprovar medidas importantes para o país. Alienígenas como Collor, FHC, Lula e Dilma não tiveram a mesma facilidade de se comunicar com os bichos do Congresso. Os três últimos precisaram justamente de Temer para aprovar seus projetos de maior visibilidade.
Bolsonaro anda pelas ruas sem segurança, é saudado por muitos e raramente é desafiado por detratores, que temem sua língua afiada e capacidade de responder com extrema rapidez e eficácia as críticas de que é alvo. Mesmo que vez por outra crie polêmicas, costuma ser fiel às suas convicções.
Assim como os demais pré-candidatos, Jair Bolsonaro é um brasileiro apto a disputar a Presidência dentro das regras democráticas em vigor no país. Em um ambiente de civilidade, maturidade e responsabilidade, Bolsonaro merece o respeito de cada brasileiro, sobretudo dos meios de comunicação.
Seria mais proveitoso para todos deixar de enxergá-lo com os olhos do fígado. Como político, Bolsonaro é mais digno de ser candidato que a maioria de seus eventuais adversários. O papel da imprensa neste caso seria prestar mais atenção em suas propostas e permitir que os brasileiros possam tirar suas próprias conclusões. Bolsonaro não é um criminoso condenado.
Por mais que isso não agrade aos políticos, ao sistema viciado e os grupos dominantes que sempre tiveram grande influência no processo sucessório do país, Bolsonaro conseguiu sozinho um feito inédito ao se projetar como um dos favoritos para vencer as eleições de 2018. É um mérito ter conseguido captar o sentimento de boa parte de uma nação. Não se trata de um feito singelo. Bolsonaro teve sensibilidade de perceber que podia representar os anseios de milhões de brasileiros. Sem marqueteiro, sem dinheiro e sem partido. Fez jus ao apelido de "Mito"