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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Goleiro do Vasco foi reserva de um "Pompéia" (III)

José Luiz, 19 anos, no Centro Sociedade Esportivo de Palmeira dos Índios/AL. Desta equipe passaram pelo América: Zé Leite e Aranha (1968).

O goleiro José Luiz de Albuquerque Silva – simplesmente Zé Luiz – o reserva imediato do conterrâneo Severino Ramos da Silva (‘Pompéia”) no Centro Sportivo (Palmeira dos Índios/AL), contou o começo da carreira para o repórter Rogério “Blau-Blau” Torquato para o “Diário de Natal”.

Nascido no município pernambucano de Águas Belas (a 310 quilômetros do Recife), depois de Garanhuns, perto de Paulo Afonso, aos dez anos passou a morar na cidade alagoana de Major Isidoro, perto de Arapiraca. “Meu pai (José Bezerra da Silva) foi trabalhar lá”.

Vejam o que escreveu o jornalista Rogério Torquato: - Preferiu desde cedo ficar sob as traves – ‘‘Eu era desengonçado até para correr!’’. A altura tornou-se uma vantagem. ‘‘Com 14 anos jogava no ‘primeiro quadro’ entre os adultos. Pela minha idade nem era para jogar no ‘segundo time’’’

1966 - ‘‘Foi Antônio Amaral, deputado estadual e genro do coronel Suruagy, da PM (família de Divaldo Suruagy, ex-governador), que me revelou e ia me levar ao CSA. Quando cheguei à casa do coronel, a família toda do homem era CRB! Quem é que iria ser contra? Fiz contrato de gaveta, mas não fiquei muito tempo, devolveram-me os papéis. Senão, eu ainda estava ‘preso’ lá...’’

Foram três meses no juvenil. Voltou para casa. Surgiu outra chance: ‘‘Um fazendeiro queria me levar para o ASA de Arapiraca ou para o CSE’’. Preferiu o CSE por ter conhecidos lá. ‘‘Fiquei um ano amador entre os profissionais: o titular era Pompéia, considerado o melhor na região, mas ele estava sem contrato, e como o time precisava de um goleiro de imediato...’’

Isto foi numa sexta-feira. Dois dias depois estreou contra o Ferroviário. ‘‘Zero a zero. Fechei o gol. Pompéia chorou... Fui o melhor da rodada! E o danado é que a bola vinha na minha direção o tempo todo...’’. No ano seguinte, como profissional mesmo, regularizado, ao fim do campeonato os principais clubes alagoanos foram atrás dele - ‘‘Até o CRB! Aí fui para o CSA de graça!

O CSA sequer ia disputar o Campeonato Nacional, enquanto o CRB ia...’’ Já se haviam passado dois anos e meio pelo CSE. Haja sigla! O calendário já marcava 1971. ‘‘O CSA só tinha muitos juniores. Os mais velhos eram eu, Paranhos – zagueiro, metia o cacete! – e Didi - um central vindo do Sport-PE, já falecido...’’.

 

(A REPORTAGEM REPRODUZIDA PELO SITE “NETVASCO”, EM 19 DE FEVEREIRO DE 2006, CONTINUA)

 

FONTES/IMAGEM

Diário de Natal

Blog do Sorrentino

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