José Luiz, 19 anos, no Centro Sociedade Esportivo de Palmeira dos Índios/AL. Desta equipe passaram pelo América: Zé Leite e Aranha (1968). |
O goleiro José Luiz de Albuquerque Silva – simplesmente Zé Luiz – o reserva imediato do conterrâneo Severino Ramos da Silva (‘Pompéia”) no Centro Sportivo (Palmeira dos Índios/AL), contou o começo da carreira para o repórter Rogério “Blau-Blau” Torquato para o “Diário de Natal”.
Nascido no município pernambucano de Águas Belas
(a 310 quilômetros do Recife), depois de Garanhuns, perto de Paulo Afonso, aos
dez anos passou a morar na cidade alagoana de Major Isidoro, perto de
Arapiraca. “Meu pai (José Bezerra da Silva) foi trabalhar lá”.
Vejam o que escreveu o jornalista Rogério Torquato:
- Preferiu desde cedo ficar sob as traves – ‘‘Eu
era desengonçado até para correr!’’. A altura tornou-se uma
vantagem. ‘‘Com 14 anos jogava no ‘primeiro quadro’ entre os adultos. Pela
minha idade nem era para jogar no ‘segundo time’’’
1966 - ‘‘Foi Antônio Amaral, deputado estadual e
genro do coronel Suruagy, da PM (família de Divaldo Suruagy,
ex-governador), que me revelou e ia me levar ao CSA. Quando cheguei à
casa do coronel, a família toda do homem era CRB! Quem é que iria ser contra? Fiz
contrato de gaveta, mas não fiquei muito tempo, devolveram-me os papéis. Senão,
eu ainda estava ‘preso’ lá...’’
Foram três meses no juvenil. Voltou para casa. Surgiu outra
chance: ‘‘Um fazendeiro queria me levar para o ASA de Arapiraca ou para o CSE’’. Preferiu o CSE por ter conhecidos lá. ‘‘Fiquei um ano amador
entre os profissionais: o titular era Pompéia, considerado o melhor na
região, mas ele estava sem contrato, e como o time precisava de um goleiro de
imediato...’’
Isto foi numa sexta-feira. Dois dias depois
estreou contra o Ferroviário. ‘‘Zero a zero. Fechei o gol. Pompéia chorou...
Fui o melhor da rodada! E o danado é que a bola vinha na minha direção o tempo
todo...’’. No ano seguinte, como profissional mesmo, regularizado, ao fim do campeonato os principais clubes alagoanos foram atrás dele
- ‘‘Até o CRB! Aí fui para o CSA de graça!
O CSA sequer ia disputar o Campeonato
Nacional, enquanto o CRB ia...’’ Já se haviam passado dois anos e meio pelo
CSE. Haja sigla! O calendário já marcava 1971. ‘‘O CSA só tinha muitos juniores. Os mais velhos eram eu, Paranhos – zagueiro, metia o cacete! –
e Didi - um central vindo do Sport-PE, já falecido...’’.
(A REPORTAGEM REPRODUZIDA PELO SITE “NETVASCO”,
EM 19 DE FEVEREIRO DE 2006, CONTINUA)
FONTES/IMAGEM
Diário de Natal
Blog do Sorrentino
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