Montagem da frente e verso da foto com autógrafo de Pelé e Ribamar Cavalcante |
Título de cidadão norte-rio-grandense foge do protocolo: é entregue a beira da piscina do hotel
JOSÉ
VANILSON JULIÃO
Nunca é demais
dizer que a chegada do Pelé na noite da sexta-feira (11/12/1971) no aeroporto
de Parnamirim atraiu um bom número de curiosos. Sendo necessário o
comparecimento da “radiopatrulha” para evitar tumultos no trajeto para o
hotel.
Mas o bom mesmo da
cobertura ficou para “O POTI” – a edição dominical do “Diário de Natal” – e
“Tribuna do Norte”. O primeiro com o editor Everaldo Lopes Cardoso e fotógrafo Clóvis
Santos. O segundo com Abimael Morais e Anderson Lino.
O semanário –
considerado a edição do domingo do “Diário de Natal” – havia mencionado apenas uma
única vez, com um título acima da capa, de ponta a ponta, a tratativa para
estadia do Santos, além de reportagem no mesmo diapasão especulativo.
Enquanto somente em
uma oportunidade, durante todo o mês de novembro, a “Tribuna do Norte” informa
a possibilidade da vinda da delegação santista para a capital potiguar, quando
menciona a estadia em Teresina, depois cancelada.
A reportagem
assinada por Abimael Morais abre de cara com a entrega vespertina do título de
cidadão potiguar ao Rei do futebol pelo deputado estadual Marcílio Furtado,
com o agradecimento e reconhecimento de um e de outro no pergolado da piscina.
Em seguida destaca
que logo cedo, pela manhã, a arrumadeira do quarto do famoso hóspede ganha como
troféu um autógrafo do futebolista e exibido a torto e a direito pelos
corredores, salas, saguões e demais dependências.
E provoca uma
romaria ao quarto com curiosos em busca de autógrafos e atendidos. Pelé fez o desejum no quarto, como os demais jogadores, e somente desceram por volta do meio dia (como determinara a diretoria santista).
- Ninguém soube
explicar como aquela mulher humilde chegou até ele na beira da piscina. Nem
conseguiu evitar que ela comentasse, longe de parece preconceituoso, “é um
negro sem besteira...” (Abimael)
“Dona Maria da
Conceição Silva, lavadeira, moradora das Quintas profundas, desde cedo estava
de plantão na calçada do Hotel Internacional dos Reis Magos (Praia do Meio. Do
outro lado da cidade).
A intenção:
conseguir o autógrafo para o filho doente. Conseguiu com muito menos esforço do
que o que fez para chegar até ele”. (me desculpem os leitores do blog. Anos
depois o repórter até consegue se emociona um pouco com o primor do texto)
FONTES/IMAGENS
Diário de Natal
O Poti
Tribuna do Norte
Acervo José Ribamar
Cavalcante
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