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sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Assinaturas do Rei do Futebol espalhadas pelo país (X)

Montagem da frente e verso da foto com autógrafo de Pelé e Ribamar Cavalcante

Título de cidadão norte-rio-grandense foge do protocolo: é entregue a beira da piscina do hotel

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Nunca é demais dizer que a chegada do Pelé na noite da sexta-feira (11/12/1971) no aeroporto de Parnamirim atraiu um bom número de curiosos. Sendo necessário o comparecimento da “radiopatrulha” para evitar tumultos no trajeto para o hotel.

Mas o bom mesmo da cobertura ficou para “O POTI” – a edição dominical do “Diário de Natal” – e “Tribuna do Norte”. O primeiro com o editor Everaldo Lopes Cardoso e fotógrafo Clóvis Santos. O segundo com Abimael Morais e Anderson Lino.

O semanário – considerado a edição do domingo do “Diário de Natal” – havia mencionado apenas uma única vez, com um título acima da capa, de ponta a ponta, a tratativa para estadia do Santos, além de reportagem no mesmo diapasão especulativo.

Enquanto somente em uma oportunidade, durante todo o mês de novembro, a “Tribuna do Norte” informa a possibilidade da vinda da delegação santista para a capital potiguar, quando menciona a estadia em Teresina, depois cancelada.

A reportagem assinada por Abimael Morais abre de cara com a entrega vespertina do título de cidadão potiguar ao Rei do futebol pelo deputado estadual Marcílio Furtado, com o agradecimento e reconhecimento de um e de outro no pergolado da piscina.

Em seguida destaca que logo cedo, pela manhã, a arrumadeira do quarto do famoso hóspede ganha como troféu um autógrafo do futebolista e exibido a torto e a direito pelos corredores, salas, saguões e demais dependências.

E provoca uma romaria ao quarto com curiosos em busca de autógrafos e atendidos. Pelé fez o desejum no quarto, como os demais jogadores, e somente desceram por volta do meio dia (como determinara a diretoria santista).

- Ninguém soube explicar como aquela mulher humilde chegou até ele na beira da piscina. Nem conseguiu evitar que ela comentasse, longe de parece preconceituoso, “é um negro sem besteira...” (Abimael)

“Dona Maria da Conceição Silva, lavadeira, moradora das Quintas profundas, desde cedo estava de plantão na calçada do Hotel Internacional dos Reis Magos (Praia do Meio. Do outro lado da cidade).

A intenção: conseguir o autógrafo para o filho doente. Conseguiu com muito menos esforço do que o que fez para chegar até ele”. (me desculpem os leitores do blog. Anos depois o repórter até consegue se emociona um pouco com o primor do texto)

FONTES/IMAGENS

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte

Acervo José Ribamar Cavalcante

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