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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Jogador-escritor põe o potiguar Ramiro Gomes Pedrosa na literatura esportiva


José Vanilson Julião

O prenúncio de que o aristocrata potiguar na sociedade carioca Ramiro Gomes Pedrosa, nascido no Rio Grande do Norte, está prestes a entrar para a literatura esportiva, bem antes que o primo Raul Barreto de Albuquerque Maranhão pelas mãos do cronista Mário Filho, vem do jornal “Correio de São Paulo” (sexta-feira, 7 de abril de 1933).

“Grandezas e misérias do futebol brasileiro”, um livro de memórias sobre que o médio-direito mineiro Floriano Peixoto Correa (Itapecerica, 14/5/1903 – Argélia, 19/9/1938) “vai lançar em breve”, diz o jornal da capital paulistana. “Estou precisando de dinheiro”, afirma o então player.

O nome volta a ser explorado pela imprensa com a reedição da obra neste século. E mais recentemente com a decisão estapafúrdia da CBF em reconhecer e equiparar um torneio com quatro times ao Brasileiro. Ele era o treinador do Atlético Mineiro na ocasião (1937).

Floriano começa a jogar na escola. matricula-se no Colégio Militar/Barbacena (1916). Joga no Infantil Futebol Clube, Mayrinck e no Paissandu. Transfere-se ao Colégio Militar/Porto Alegre (1919), ingressando no Internacional (1920/21) e participou de amistosos na primeira temporada. Era conhecido como “Carioca.”

Com a morte dos pais (1920) não teve condições de prosseguir os estudos e desliga-se do Colégio Militar (1921), mudando-se para Caxias do Sul, quando atua pelo Juvenil (depois Juventude). Apesar do futebol ainda ser considerado amador, pagava-se certa remuneração aos atletas.

Joga no Porto Alegre (1922) e Grêmio (1923), sendo convocado para a Seleção Gaúcha. Assenta praça na VIII Companhia de Metralhadoras Pesadas é convocado pela Liga de Esportes do Exército para a Seleção do Exército que enfrentou a Marinha, no Estádio da Gávea (Exército 2 x 1 Marinha).

No III Regimento


de Infantaria (1924), na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, joga pelo Fluminense. Campeão carioca, os dirigentes o convencem a dar baixa. No ano seguinte é campeão brasileiro de seleções. Recebe o apelido de "Doutor da Bola" e foi convocado para o Sul-Americano em Buenos Aires.

Volta a ser campeão de seleções (1927). No mesmo ano [e acusado de "vender-se" ao América. Dispensado, ingressou no alvirrubro, sendo campeão carioca (1928). E novamente campeão de Seleções. Ganha o apelido de "Marechal da Vitória" (uma alusão ao outro marechal).

Na final do campeonato de 1929 o América foi derrotado pelo Vasco da Gama e Floriano foi acusado de suborno. Em 1930 começou o carioca pelo São Cristóvão, mas desistiu do futebol, mas atua três meses pelo Barretos até aceitar convite do Santos em agosto de 1930.

Em 1931 foi vice-campeão paulista. No final do campeonato foi acusado de tentar subornar jogadores do Juventus, junto com o atacante Feitiço, mas foram absolvidos.

Durante a Revolução Constitucionalista de 1932 serviu como soldado VII BCR, dos rebeldes, participando dos combates. Em 1933 publicou o livro pela Flores & Mano Editores (Rio de Janeiro), no qual conta os bastidores da carreira e a relação com os dirigentes.

No mesmo ano transfere-se para o Atlético, onde jogaria até 1935. Em 1936, como técnico, levou o título do Torneio dos Campeões. Retornou ao Rio, contraiu tuberculose. Buscando tratamento, foi para Nice. Depois seguiu para a colônia francesa africana. O local da morte é controverso: Oran ou Argel (Argélia) ou Dacar (Senegal).


FONTES/IMAGENS

Correio de São Paulo

Jornal dos Sports

Acervo Histórico do Santos

Bangu Atlético Clube

Futebol & Outras Histórias

Galo Digital

Galopedia

Goal Brasil

Grêmiopedia

Ludopedio

No Ataque

Só Súmulas

O Gol

UP9 

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