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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

O potiguar Ramiro Gomes Pedrosa na sociedade carioca

Floriano na mira de Ramiro

José Vanilson Julião

A revista “Vida Esportiva” (173 – 18/12/1920) publica nota (página 11): “Para Petrópolis” com lista de 12 personalidades, entre elas Ramiro Gomes Pedrosa:

“O Rio ficará privado ainda este mês das seguintes pessoas, elementos de alto destaque na sociedade carioca.”

Torcedor fervoroso torna-se sócio e diretor do Tricolor das Laranjeiras, o aristocrático bairro da Zona Sul no então Distrito Federal.

Aparece a primeira menção como dirigente tricolor na homenagem “Taça Ramiro Pedrosa” (1/11/1923), ganha em amistoso (4 a 1) contra o Sport de Juiz de Fora/MG.

O time: Álvaro, Bayma, Léo, Estanislau, Nascimento, Dimas, Zezé, Coelho, Nilo, Ribeiro e Moura Costa. Técnico: Pode Pedersen.

Por esta época aparece como negociante (Almanaque Laemmert/1927) com endereço na Rua da Alfândega, 51, sobrado. Residente na Rua Marques de São Vicente 326.

Na mesma edição e na mesma seção do famoso e histórico impresso que circula desde o século anterior ainda consta o endereço da firma Pedrosa Joppert & Companhia.

No negócio de corretagem de mercadorias com serviços de comissões e consignações na Rua São Pedro, 26, telefone 14231, caixa do Correio 1067, telegrama “Pedrosa”.

Ainda como diretor tricolor (1936) leva jogadores a passeio na fazenda na estrada do Cazunga (topônimo do rio), município de Itatiaia, antigo Estado do Rio.

Conta o “player” Floriano Peixoto Correa (personagem a ser detalhado): “Entreguei o destino nas mãos daqueles que se diziam meus amigos. Amador de futebol não tinha emprego.

Dormia na sede do clube e era socorrido pelos diretores Arthur Morais e Castro (Lais) e Ramiro Pedrosa, que, para que me dedicasse por inteiro ao Fluminense, trataram de conseguir minha baixa do Exército”.

Prossegue – Livre da farda desfruta a vida de capitalista sem capital. Para acompanhar a sociedade carioca subi para Petrópolis, a fim de fazer a estação estival. O convite de Ramiro Pedrosa, no seu palacete da Rua Bolívar. Comigo subiram Nilo e Zezé. A disposição automóvel de luxo e montarias fogosas.

Ramiro ainda era metido com cavalos. Sendo substituto do empresário Lineu de Paula Machado (Rio Claro, 27/10/1880 – 28/9/1942) na ausência deste na diretoria do Haras São José e Expedictus, fundado no século XIX pelo paulista ao lado do pai Francisco Vilella de Paula Machado, casada com uma neta do primeiro visconde de Rio Claro.

 

FONTES

Almanaque Laemmert

Almanaque O Paiz

Vida Esportiva

Flunomeno

Fluminense Football Club: histórias, conquistas e glórias... – Antônio Carlos Napoleão

Goleiros: Heróis e Anti-Heróis da Camisa 1 (Paulo Guilherme Guri – 2014)

Grandezas e Misérias do nosso futebol – Floriano Peixoto Correa – Flores & Manos Editores/1933

 

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