José Vanilson Julião
O jornalista, bacharel em Direito e presidente da República, o
potiguar João Fernandes Café Filho (1899 - 1970) é o goleiro
mais badalado do sétimo maior escore do futebol brasileiro: América/RN 22 x
0 Atheneu.
Enquanto do goleiro que o substituiu, para também tomar uma saraivada de bolas la por 1915, dele pouco se sabe, além do nome: Joaquim Lustosa Pitta.
Ou, simplesmente, o "Pitta", do primeiro
registro impresso em "O Poti" (1955).
E citado pelo nome completo nas memórias do promotor público Gil
Soares de Araújo em depoimento para o "Livro das Velhas Figuras" de Luís da Câmara
Cascudo, no semanário "O Poti" (1983).
Joaquim Lustosa Pitta provavelmente é falecido no final dos anos 30 como funcionário público
aposentado. Aparece em dois registros de aniversário em "Sociais" do diário
vespertino católico "A Ordem".
O primeiro registro na edição da quinta-feira (18 de julho de 1935),
poucos dias depois do lançamento do impresso ligado a Igreja pelo
Centro de Imprensa. E o segundo, como não poderia deixar de ser, na mesma data, em
1937.
Há um terceiro registro (terça-feira, 20/8/1935. Não exatamente
sobre o personagem. Mas trata de um homicídio. Ocorrido no começo da tarde
do dia anterior.
"Matou o companheiro com um golpe na nuca" indica que o
operário Cícero Martins, 18 anos, natural de Arez,
agrediu Pedro Theosodio da Costa, o "Pedrinho", "por motivo fútil vibrou
forte pancada..."
O noticiário esclarece que a vítima, de 50
anos, era filho de Francisco Theodosio da Costa e Luiza Maria da Conceição, e o acusado, que conseguiu fugir, trabalhavam no sítio de
Joaquim Lustosa Pitta, na Rua José de Alencar.
Esta rua, que fica na Cidade Alta (centro da capital potiguar) era
conhecida como Vila Lustosa, antigo sítio Atalaia, adquirido por um antepassado em 1900.
Acredito que seja J. L. da Câmara Pitta (São José do Mibipu, 6/1/1865 - Natal, 3/5/1950).
E o mesmo Joaquim Soares Lustosa da Câmara Pitta,
o primeiro, conhecido como "Quincas Pitta" ou "major
Lustosa".
O segundo com a mesmo nome viria a ser o "nosso" goleiro
e herdeiro do mencionado sítio?
O mencionado Pitta, o primeiro, foi mordomo do Palácio do
Governo de 1909 a 1927.
FONTES
A Ordem
O Poti
Geni
"Moura e Raposo da Câmara no Rio Grande do Norte - Ascendência & Descendência: Colônia, Império, Regência e Republica" de Marco Aurélio da Câmara Cavalcanti de Albuquerque.
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