Futebolista no encontro de Mário de Andrade com Câmara Cascudo (I)

O escritor paulistano Mário de Andrade

José Vanilson Julião

Não vou falar sobre a literatura ou o folclore. Nem detalhar a viagem em toda a dimensão. Quase tudo foi dito pelos “especialistas”.

O assunto trata de uma curiosidade ou detalhe posto superficialmente.

Mencionado como mero pormenor. Como se não fosse possível deixar de lado.

Eu já tinha lido em algum lugar. Tentei puxar pela memória e não lembrei.

Porém, está semana, o pesquisador Marcos Avelino Trindade me envia algumas publicações sobre futebol.

Guias dos jornais mossoroenses "Gazeta do Oeste" (extinto) e o "De Fato".

Cascudo na colação de grau

Mas os impressos que considero mais importantes da relação são, respectivamente, duas revistas comemorativas aos aniversários de 50 e 60 anos do América de Natal.

Na primeira o que existe de mais interessante e essencial é um depoimento especial encomendado ao desembargador Joao Maria Furtado (pai do ex-deputado estadual Roberto Brandão Furtado).

Ele é o atacante De Maria, autor do gol isolado que dá ao clube alvirrubro o Torneio Centenário da Independência (1922) diante do ABC.

Dias antes De Maria esteve no Recife, como reserva, num selecionado da Liga representando o Rio Grande do Norte em torneio semelhante, quando a representação potiguar enfrenta a Paraíba com o futuro general e depois jogador americano Everardo Barros Vasconcellos.

Na publicação comemorativa do cinquentenário João Maria Furtado cita que é colega de turma do presidente americano e futuro desembargador José Gomes da Costa (pai do ex-presidente da Ordem dos Advogados, Carlos Roberto de Miranda Gomes).

É Gomes da Costa o responsável pela "contratação" os personagens pernambucanos que serão focados na sequência desta série de artigos.