José Vanilson Julião
Mozart com a camisa do rival Fortaleza
- Não foi difícil ao Ceará derrotar a frágil seleção, que nada revelou
que pudesse surpreender o vice-campeão alencarino. A inclusão de China e Mota
com muitos quilos a mais facilitou o trabalho da defesa alvinegra. Somente com
a entrada de Carestia o goleiro Gilson veio a ser chamado a intervir...
A descrição do enviado especial do “Diário de Natal”, o editor Everaldo
Lopes Cardoso, resume perfeitamente o que foi o jogo de abertura do Estádio
Manoel Leonardo Nogueira, na tarde ensolarada do domingo (3 de junho de 1967),
com a estiagem da invernada que levou a cheia do rio Apodi em abril.
Os gols da vitória visitante aconteceram no primeiro tempo. Mozart 25 (numa
falha de Geraldo encobre o arqueiro) e Adonis 39 (em saída insegura do afamado
goleiro Itamar, que chegou a jogar na mesma época pelo Treze).
“Na etapa final o Ceará, poupando-se, permitiu falso domínio dos
mossoroenses”, diz o redator. O árbitro Nehemias Cunha até ajuda com duas
penalidades máximas. Desperdiçadas.
Seleção: Itamar, Altevir, volney, Zé Antônio, Geraldo (Tino), Dão
(Arandir), Airton, Celito (Tonho), Mota, China (Carestia) e Rocha (Valmir).
Ceará: Gilson (Milton), William (Quixadá), Gilberto, Laudemir (Evandro),
Claudino, Artur (Cadinho), Adonias, Zito, Marcos do Boi (jogou no Potiguar em
1974), Mozart e Adeildo (Tangerina).
Em dezembro a surpresa: Leonardo Nogueira não se reelege para conduzir a
liga depois de dez anos sucessivos como presidente.
É sucedido pelo médico Antônio Gastão, “um desconhecido”. Quando já se
falava em um representante local no campeonato estadual em janeiro seguinte.
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