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terça-feira, 19 de setembro de 2023

Futebolista no encontro de Mário de Andrade com Câmara Cascudo (V)

Desembargador José Gomes da Costa/Foto: Blog de Carlos Roberto de Miranda Gomes

COMEÇA A SER ELUCIDADA A IDENTIDADE DO "MISTERIOSO" JOGADOR QUE VEIO DO RECIFE/PE

José Vanilson Julião

Em mais duas páginas salteadas da revista do cinquentenário americano – com autores de texto não identificados – ainda são lembradas as conquistas e outros jogadores históricos, como o goleiro bicampeão (1930/31) Milton Sobral Correia – funcionário civil da Base Aérea –, etc.

O artigo “Um pouco do passado” começa com um arrazoado do tempo do amadorismo. Porém o interessante mesmo inicia-se no quinto parágrafo com as justificativas para as duas primeiras aquisições de atletas de outro estado nordestino, precisamente Pernambuco.

- Foi o América o percussor do profissionalismo no Rio Grande do Norte (sic). Atravessa a entidade uma crise de falta de bons jogadores para a recomposição dos quadros, quando foi aventada a ideia de conseguir, embora com grande sacrifício, a vinda de dois jogadores do Recife, capazes, portanto, de INJETAREM SANGUE NOVO no nosso primeiro TIME, que se encontrava desfalcado de seus melhores elementos, quer pela fadiga que lhes notava, oriunda da já elevada idade, quer por outros motivos de ordem técnica, surgidos com as radicais alterações introduzidas no futebol brasileiro (sic).

Na administração do presidente José Gomes da Costa (1928/29) chegaram da capital pernambucana os atletas “Zezé” e “Joãozinho”, que ficaram hospedados no Hotel Avenida e recebiam salário de 600 mil réis.

O primeiro permanece um bom tempo atuando pelo América, conquistando amizades e muito contribuindo para as vitórias.

O segundo demora pouco pela necessidade de operar um dos joelhos e retorna para a “Veneza Brasileira”.

Pela mesma época, na virada de 1929/30, é também contratado o paulista Renato Teixeira da Mota, o “Neném”, egresso do futebol pernambucano e não do futebol “bandeirantes”, como desmascara uma série de artigos inéditos também deste JORNAL DA GRANDE NATAL.

A confusão se dá pelo fato de que Renato Mota, apesar de ter nascido no estado do Sudeste, atua no Sport Clube Recife, e não pelo Jacareí, do interior paulista, que excursionara por Pernambuco no primeiro semestre de 1928.

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