A Praça André de Albuquerque era assim em 1911/Imagem: Natal das Antigas
José Vanilson Julião
A primeira partida considerada
oficial acontece em Niterói (1901) – com cumprimentos das regras, times uniformizados e
campo regulamentar – portanto anterior ao
desembarque de Ramiro Gomes Pedrosa em Natal na segunda semana de março do ano seguinte e menos de quatro meses antes de
Oscar Alfredo Cox (participante daquele jogo inédito) se envolver com a fundação do Fluminense (21/7/1902) e pelo menos um ano e oito
meses depois de Fernando Gomes Pedrosa chegar da Inglaterra com uma bola na
bagagem.
O quadro da época dos primórdios do futebol carioca pode indicar que Ramiro
Pedrosa, ainda no Rio de Janeiro, já estava ciente do novo esporte importado da Europa
antes meses de participar das peladas com o irmão, os primos e os coleguinhas da elite potiguar numa
pracinha no centro da capital potiguar, no trecho hoje compreendido entre a
Matriz e a praça André de Albuquerque (Cidade Alta), em um dia qualquer da
semana, nas férias escolares de do final do
segundo semestre de 1903 (provavelmente em novembro/dezembro).
Fernando (Macaíba, 31/3/1886 – Rio de Janeiro, 9/3/1936) era um adolescente de 17
anos com um esférico de couro a tiracolo. Ramiro
(1889 – Rio de Janeiro, 1952) era um
pirralho com a idade de 14. Faixa etária que provavelmente o descarta de ter estudado no
continente europeu ao lado do primeiro e do outro irmão, Fabrício Gomes Pedrosa Filho (Macaíba, 1888 – Suíça, 1907), dois anos mais moço que o Fernando. E para se entender o emaranhado
genealógico sugiro consulta a série de seis postagens sobre a aristocracia em
fevereiro/2023.
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