Estádio Juvenal Lamartine (1937) com a antiga arquibancada e cercado de madeira Escritor Ciro José Tavares
José Vanilson
Julião
Tomando-se por base
a data de nascimento do advogado Ciro José Tavares da Silva (Natal, 25/8/1940 –
Brasília, 27/12/2017), autor do artigo transcrito há duas postagens, e o
aparecimento do primeiro registro na imprensa, pode-se dizer, categoricamente,
que o termo "frasqueira" tem origem na criatividade do torcedor.
Basta ver que, na
pior das hipóteses, no ano em que Tavares completa 14 anos, o verbete que
denomina os torcedores alvinegros pelo curioso apelido, teria sido uma
apropriação indébita dos cronistas esportivos, atentos ao linguajar do povaréu no
“Juvenal Lamartine”.
Outro indício de
que teve um tempo de maturação para ser digerido e assimilado, tanto pela
imprensa, quanto pelos torcedores em geral, é o número total de ocorrências em
pelo menos dois jornais disponibilizados e pesquisados: "O Poti" e
"Diário de Natal".
Somados os
registros de um e de outro impresso Associado da capital potiguar, entre
dezembro de 1954 e o mesmo mês de 1959, não ultrapassam 50, precisamente em
torno de 45, sendo 37 no primeiro e oito no segundo.
A terceira
suposição também se deve a capacidade do estadinho do bairro do Tirol,
inaugurado em 1928, e que no final da década de 50 continuava com,
praticamente, a mesma estrutura tradicional.
A arquibancada de
madeira servia para abrigar não somente os torcedores do América, de um lado, e
do ABC, do outro (do lado do portão de entrada), separados por uma improvisada
e precaríssima tribuna de honra existente desde os anos 40.
Com isso o JL não
comportaria mais do que mil torcedores espremidos nos quatro ou cinco degraus
de madeira e mais uns quinhentos espalhados na geral em frente, que nem
alambrado tinha, segundo as aparências vislumbradas nas reportagens.
E essa totalidade
não pode ser aferida para mais ou para menos por um importante detalhe: na
ocasião somente eram divulgadas as rendas dos jogos. O público pagante, mais o
presente, com os costumeiros caronas, nem água.
Diante do quadro e em um futuro bem próximo o repórter vai demonstrar como aconteceram as maiores divulgação e propagação do termo para valer, com mais intensidade, inclusive, tanto sonora, como visual.
A tradicional e firme arquibancada de madeira do Estádio Juvenal Lamartine na época da inauguração |
FONTES/IMAGENS
Diário de Natal
O Poti
Tribuna do Norte
Associação Nacional
de Escritores
Blog Antônio
Miranda
Blog do Carlos
Roberto Miranda Gomes
Ceará-Mirim Cultura
e Arte
Natal Como Te Amo
Música do Gol
Ponto de Vista
Online
Saúde de Qualidade
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