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domingo, 24 de setembro de 2023

O nascimento "oficial" da "frasqueira" do ABC (I)

Estádio Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco antes da cobertura total

José Vanilson Julião

É certo que o apelido já estava na boca dos rivais alvirrubros, quando o termo aparece pela primeira vez numa notinha da coluna Dizem por aí...no ainda diário vespertino O Poti (quinta-feira, 2/12/1954), depois transformado em semanário dominical.

O novo membro da cadeia dos Diários e Emissoras Associados no Rio Grande do Norte voltaria a usar o fraqueira, na mesma coluna, em janeiro do ano seguinte (sexta-feira, 14), numa repercussão de evento esportivo no Estádio Juvenal Lamartine.

E foi assim até os anos seguintes. Sempre aparecendo na coluna de Alexandre de Amorim Garcia, o Alex, o cronista, comentarista, articulista e repórter enfant terrible daqueles tempos de profissionalismo iniciante.

Na Tribuna do Norte(quinta-feira, 2/6/1955) o jornalista Waldemar Araújo – coluna Notas & Comentários – usa a alcunha da torcida alvinegra incorporada pela imprensa para criticar o valor do bilhete de acesso ao estadinho do bairro do Tirol.

A nota: - Futebol é divertimento de rico e de pobre. Se aquele estrila com aumento dos preços, mais razão assiste à chamada turma da frasqueira” em protestar contra o preço de quinze cruzeiros naquele apertadinho da GERAL. Dez, Chega, vinte é demais!

As duas menções são sintomáticas ou referências como datas de nascimento e certidão de batismo para a alcunha do torcedor abecedista em geral.

Até junho/julho de 1954 não há qualquer registro no Diário de Natal.

Também, pelo menos até dezembro de 1953, antes de sair de circulação, o diário vespertino católico A Ordem, não faz qualquer menção ao termo.

O próprio O Poti somente registra menos de quatro meses depois de ser lançado no começo do segundo semestre de 1954.


FONTES/IMAGEM

A Ordem

O Poti

Diário de Natal

Tribuna do Norte

Futebol Nacional

Portal do RN

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