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sábado, 14 de outubro de 2023

Data coloca empreendedor em Natal antes da lei do abastecimento

José Vanilson Julião

O redator é obrigado a fazer um flashback, mais um, na série envolvendo, agora, o major dinamarquês Felipe Leinhard pelo fato de encontrar a data mais remota de que ele se encontra no Rio Grande do Norte.

O estrangeiro, um dos quatro que assina a ata da proclamação da República em Natal, já está na província desde, pelo menos 1881, como atesta um anúncio publicado no jornal Correio do Natal (sábado, 26 de novembro).

O Correio, do redator João Carlos Wanderley e endereço na Rua da Conceição Periódico Político, Moral e Noticioso veicula reclame (publicidade ou propaganda), de que Leinhardt é representante de uma fábrica londrina de maquinismos a vapor.

No portfólio da empresa inglesa: moendas e equipamentos Tachas a fogo nú e vácuo de qualquer tamanho e força e todos os pertencentes para um completo estabelecimento de fabricação de açúcar.

Com o anúncio fica explicado o que ele fazia inicialmente na capital potiguar e que teria chegado, talvez, um pouco antes do que o cônsul americano Lyle Nelson.

Também demonstra que está na cidade antes da lei Rocha Fagundes (1882), que resulta na contratação dele para implementar o serviço de abastecimento de água.

Em 1888, antes da proclamação do regime republicano, é representante de uma firma importadora na praça do Recife.

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