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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Trio familiar em baile no casarão do senador Pedro Velho

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação: local do batismo de monsenhor Paulo Herôncio

Um dos presentes é pai do pároco de Currais Novos, monsenhor Paulo Herôncio de Melo

José Vanilson Julião

Padre Talvaci e mons. Paulo Herôncio

Depois do "forasteiro" paraibano Trajano Pessoa – sócio de uma sapataria na Ribeira – é constatada mais uma situação inusitada, curiosa ou particular entre os convidados ao casamento da filha do senador Pedro Velho.

Na lista dos circundantes do salão, no casarão da descida ou subida, dependendo da direção, da Avenida Câmara Cascudo (antiga Junqueira Aires) estão três membros de uma mesma família.

O trio, com patente de oficial subalterno ou superior antecedendo os sobrenomes, são do clã Herôncio de Melo: o comerciante e capitão Bráulio, Francisco (deputado estadual) e o coronel Hermógenes.

Só não há a confirmação momentânea da escadinha das idades na faixa etária. E o grau de parentesco direto: sobrinho, irmão e filho.

O terceiro é o pai do monsenhor Paulo Herôncio de Melo (Natal, 3/1/1901 – Currais Novos, 1/9/1963), batizado na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação pelo padre João Maria Cavalcanti de Brito (1848 – 1905) em 27 de janeiro, e que fez carreira eclesiástica em Mossoró, Macau e Currais Novos.

O religioso, nascido na Rua Voluntários da Pátria (Centro) é nome de rua na cidade de Cerro-Cora (Região do Seridó), a 190 quilômetros da capital potiguar, distrito desmembrado do município currais-novense em 1953.

Pe. João Maria

O levantamento destaca um quase perfil de Bráulio Herôncio de Melo, que aparece na eleição da nova diretoria do Clube da Guarda Nacional (domingo, 13/4/1902), um dos escolhidos para a comissão de contas, e como tesoureiro o tenente-coronel Francisco Herôncio de Melo.

Na primeira quinzena de julho do mesmo ano o jornal a “A República” publica que ele “contrata” casamento com a senhorinha Macrina, filha do capitão Américo Brito.

E ainda anuncia o estabelecimento comercial “Primor”, com endereço no número nove da Travessa Santo Antônio (Cidade Alta).

Pertencente ao mencionado cavalheiro sobre a venda de máscaras, confete e bisnagas para o carnaval de 1907. E depois aparece vendendo cartões postais.

Enquanto o “Natal Club” informa que para o baile do “Zé Pereira” (sábado e domingo) somente podem participar os associados e quem tiver o convite impresso pela diretoria.

ESPORTE

O remo e o futebol ainda engatinhavam a atividade esportiva preferida daqueles primeiros dez anos do século XX era comandada pelo “Sport Club Natalense”, fundado de dezembro/1905 para janeiro/1906 com as corridas de cavalo como principal foco.

O segundo sprinter de velocidade da temporada com dois páreos para os animais acontece (domingo, 1/9/1907) no campo de corrida ou prado (Praça Pedro Velho), na então Cidade Nova, hoje compreendido entre Tirol e Petrópolis (antigo Belo Monte).

Como juízes de partida são relacionados o doutor Afonso Barata e o capitão Bráulio Herôncio de Melo.

Juízes de chegada: coronéis Fabrício Maranhão, Manoel Lins Caldas e Olýmpio Tavares (um do casamento).

Juízes de arquibancada: Manoel Dantas, majores Ezequiel Wnderley, José Pinto e Joao Câncio.

O capitão Bráulio está na organização do terceiro páreo de corridas para a primeira semana de novembro...

 

FONTES/IMAGENS

A República

Arquidiocese de Natal

Cerro Corá News

Fazendo História

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas

 

 

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