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quarta-feira, 18 de outubro de 2023

O dinamarquês e o hotel em introdução de Gilberto Freyre

A introdução de Gilberto Freyre, de 30 a 45 linhas, já é um tratado ou tese de uma época peculiar

José Vanilson Julião

“Uma vez por outra, também por influência de amigos, comia o seu beef e bebia seu borgonha no Hotel de i’Univers, do Leinhardt, à rua do Commercio, onde em 1870-80 se almoçava magnificamente com vinho de 3$000”


O leitor fiel e habitual, casual ou esporádico, que acompanha a saga do dinamarquês Felipe Leinhardt entre o Recife e Natal, dos anos 1870/1913, deve ter notado, algumas vezes, interrupções na sequência da novelesca série, para se retroagir ao passado.

Desta vez o redator é obrigado a fazer diferente, talvez, pela primeira vez.

Pula quatro décadas, a partir de 1900, e explica a motivação da abertura com aspas e em negrito.

Trata-se de uma situação social de um contemporâneo do personagem estrangeiro, autor de memórias compiladas.

E prefaciada pelo bisneto Diogo de Mello Menezes, o qual encomendou uma longa introdução ao primo e famoso escritor pernambucano Gilberto de Mello Freyre (Recife, 1900 – 1987).

As “Memórias de um Cavalcanti” é parte da coleção de ensaios e memórias “Brasiliana – Biblioteca Pedagógica Brasileira”, com direção de Fernando Azevedo, sob encomenda da Companhia Editora Nacional.

O volume em questão, de número 196, sai na virada de 1939/40, com o título “Memórias de um Cavalcanti – Felix Cavalcanti de Albuquerque Mello – Trechos de um livro de assentos (1821/1901).

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