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quinta-feira, 19 de outubro de 2023

O sobrenome do europeu na fábrica de cigarros pernambucana

José Vanilson Julião


Um dos poucos assuntos que ainda nao consegui confirmar, referente a multiplicidade de negócios do europeu Felipe Leinhardt – no Recife ou em Natal – é a participação dele como sócio majoritário numa fabriqueta de cigarros na capital pernambucana.

O fato é que o sobrenome Leinhardt aparece na composição jurídica como proprietário, claro, seguido do “Companhia”, da fábrica de cigarros Diamante, aquela que utiliza como matéria prima “fumos superiores”.

Esta suposta novidade nas atividades é revelada pela “Coleção Brito Alves”, com 1.252 rótulos de cigarros na técnica litográfica, iniciada pelo comerciante Vicente de Brito Alves e continuada pelo seu filho, o advogado pernambucano José de Brito Alves (1887-1963).

Em 1964 a coleção foi doada pela família ao então Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais (Fundaj). É raro e valioso patrimônio cultural e artístico.

Registra fatos históricos, usos, costumes e aspectos da sociedade brasileira e particularmente da pernambucana, no final do século XIX até as primeiras décadas do século XX.

O rótulo em questão foi um trabalho da Litografia Odom Macedo & Cia., em cores (azul), no tamanho 6,2 x 7,3 centímetros.

LEILÃO

Apesar da não confirmação do personagem as circunstâncias indicam que seja a mesma, provavelmente recém chegada ao Brasil.

Que atende anúncio do “Diário de Pernambuco” (segunda-feira, 20 de junho de 1870).

O reclama chama para leilão marcado para o dia 31 do mesmo mês. Com endereço na Travessa São Pedro.

“O agente Pontual, competentemente autorizado venderão em leilão a armação, utensílios, papel de seda, cigarros, ponteiras, cachimbos, fuzis e fósforos de segurança, pertencentes a fábrica em lote ou diversos, dependendo da vontade dos licitantes.”

 

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