Consulta

segunda-feira, 29 de março de 2021

O esquecido treinador carioca do Alecrim (III)

O ex-botafoguense Garrinchinha faz a ponte para o Moto Club/MA

Garrinchinha no Moto Clube
A intermediação da viagem do lateral canhoto Antonio Omena e do atacante banguense (58/59 – 36 jogos, 26 vitórias, oito empates, duas derrotas e três gols) com passagem no Madureira Joubert José de Miranda (Rio, 16/12/1938) ao Maranhão partiu do ex-jogador botafoguense José Domingos Lopes Matos, o Garrinchinha (Rosário/MA, 12/12/1957).
É um dos cinco maranhenses a vestir a camisa alvinegra, além de Elpídio Barbosa Conceição (Dill), Hugo Leonardo “Leo” Silva Serejo, Elkeson de Oliveira Cardoso e Rodrigo Oliveira Lindoso.
O filho do casal Maria Pereira e José Calazans, moradores da Rua Diogo Tavares, 16, bairro da Floresta, não desenvolveu aptidão ao estudo e os pais o matriculam na escola de pesca na Marambaia (1949). Logo está correndo atrás da bola no amador Ipiranga.
A pesquisa não encontra quando Garrinchinha chegou ao Rio, mas há o registro de que ingressa no Nacional, do Departamento Autônomo, que geria a competição entre clubes amadores. No Botafogo apelido surgiu não apenas por ser reserva do xará famoso, mas, também, por ter um ligeiro defeito na perna.
Porém apura que Garrinchinha foi campeão do torneio início juvenil: 2 x 0 Bangu (14/7/1956) com um gol dele. Campeão na categoria aspirante com quatro gols em 15 participações dos 21 jogos.
Participa do Torneio João Teixeira de Carvalho: 5 x 0 Vasco da Gama (General Severiano – 11/6/1958), um gol. E do primeiro jogo da final: 2 x 0 América (25/6). A segunda partida acabou não acontecendo.
No amistoso River 2 x 2 (20/7), no Estádio Lindolfo Monteiro (Teresina/PI), atua ao lado de Garrincha, substituindo Neivaldo.
Amistoso: 3 x 0 Santo Antonio (17/8/1958) em Vila Velha/ES. Inauguração do Estádio Rubens Gomes. Entra no lugar de Zagallo.
No Glorioso chega a ganhar 10 mil cruzeiros mensais. Saí do clube em 21/5/1959.
Depois Moto (60/61 e 72), Fortaleza (62 e 68/69), Sport (63/64), América/RJ (65/66), Ferroviário/MA (67), Central de Barra do Piraí/RJ (1968) e Deportivo Itália de Caracas/Venezuela (1971).
Ao encerrar a carreira treina o Maranhão, Moto, Imperatriz e Expressinho. Foi assassinado nos anos 90, em São Luís, quando providenciava documentação para aposentadoria como funcionário da Marinha no Rio.
O crime surpreende ex-jogadores e repórteres. Como José de Ribamar Ribeiro, o “Garfo de Pau”, apelido herdado do irmão Pedro, pelas pernas arqueadas: - Era brincalhão, mas respeitador.
O jornalista Dejard Ramos Martins, autor do livro “Um Mergulho no Tempo”, disse: - Saiu desconhecido e reapareceu como jogador do Botafogo. Jogou até na ponta-esquerda.
A postagem “Futebol Maranhense Antigo” (28/7/2013) suscita comentário do controlador do “Datafogo”, Cláudio Marinho Falcão (20/4/2016), sobre a data de falecimento. Sem resposta.

Fontes:
Bangunet
Datafogo
Federação Internacional de Estatística de Futebol
Futebol Maranhense Antigo
Mundo Botafogo
O Gol
Súmulas Tchê


Nenhum comentário:

Postar um comentário