Consulta

quinta-feira, 27 de março de 2025

O arqueiro do gol inaugural do estádio "Castelão" (II)

"Juca" retorna ao tricolor Ferroviário de Natal depois que saiu do América no final de 1972

Juca numa entrevista para uma emissora de
rádio natalense/Blog No Ataque - Acervo:
José Ribamar Cavalcante (memorialista)

“Juca” aparece no Racing do bairro das Rocas, passa ao Ferroviário em 1971 e em janeiro do ano seguinte está no América/RN

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O goleiro João de Deus de Souza, o “Juca”, aparece na série exclusiva sobre as reportagens da primeira imagem rara da temporada de 1972 pelo simples fato de entrar como titular no primeiro amistoso do ano.

Ele não está na única fotografia do América/RN com o goleiro pernambucano Severino Ramos da Silva, o “Pompéia”, que havia entrado no decorrer do jogo, para entrega de faixa, contra o Centenário de Pau dos Ferros, na Região Oeste do Rio Grande do Norte.

A foto não é da partida contra o campeão do interiorano (“Matutão”) do ano anterior (promoção do “Diário de Natal”), mas com decisão em janeiro contra uma equipe de Parnamirim. Depois desse encontro intermunicipal “Pompéia” não mais cede a titularidade da camisa número 1.

“Juca” somente vem a assumir a posição com a inesperada dispensa do arqueiro “Pompéia” em maio para junho. Assim o goleiro vindo do tricolor Ferroviário de Natal entra contra o ABC e toma o primeiro gol do Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco.

O gol inaugural é do volante William no “Castelão” (domingo, 4/6), que chegou a ser chamado de “Lagoão”, alusão ao bairro (Lagoa Nova) em que estava localizado até virar “João Machado” e ser demolido em 2011 para a construção da “Arena das Dunas” destinada a Copa do Mundo.

O arqueiro do gol inaugural do estádio "Castelão" (I)

América (1972): Juca, Carlos Alberto Naúva, Cláudio, Djalma Linhares, Pimentel (apelidado de "Batata"), Duda, Bagadão (João de Deus Gondim Teodosio), Washington, Petinha (Ilson Perez), Gerásio Nunes e Chiquinho/Colecionador Xaria

Mais uma imagem rara do América de Natal na temporada da despedida do “Juvenal Lamartine”

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O goleiro João de Deus de Souza (Recife 8/3/1942), o “Juca”, aparece como coadjuvante em três reportagens: na quinta e na sexta da série “A rara imagem americana da temporada de 1972” (domingo, 27/1/2025), mais “O primeiro tri americano coube ao elenco juvenil” (sábado, 2/12/2023).

A primeira e a segunda da mencionada sequência inédita tratam da única fotografia do América/RN em que aparece o goleiro pernambucano Severino Ramos da Silva, o “Pompéia” (apelido tomado emprestado do famoso arqueiro do America carioca), vindo do alagoano Clube de Regatas Brasil (Maceió).

A terceira refere-se a conquista do tricampeonato juvenil estadual pelo América (1967/69), no retorno do licenciamento (1960/66), período em que o alvirrubro conquista dois títulos nos profissionais em decisões contra o Riachuelo Atlético Clube (1967) e ABC (1969).

Claro que Juca não esteve em nenhuma das campanhas da base americana. Ele apenas está numa fotografia ilustrativa do tricolor Ferroviário Atlético Clube de Natal (1971) pelo simples motivo de constar Walter “Pelé” Augusto do Nascimento (1948 – 2023), um dos lendários juvenis da época.

No ano seguinte Juca é um dos reforços do América para a temporada. E aí sim, aparece a motivação desta reportagem: mais uma imagem rara do elenco americano em 1972. Com Juca entre os 11 titulares.

É bem conhecida a foto em que ele comparece no trio final na abertura do Estádio Castelo Branco (4/6/1972), que muda de nome para “João Cláudio de Vasconcelos Machado” (23/6/1989) por decreto da então prefeita de Natal, Wilma Maria de Faria (Mossoró, 1945 – Natal, 2017).

Atendimento em posto de saúde de Cerro-Corá troca data do calendário

Muda a cor do batom, entretanto o
atendimento continua o mesmo

A pressa em mostrar serviço e entregar as promessas fictícias de campanha – fora da realidade mundana – parece que contaminou os auxiliares do prefeito de Cerro-Corá, Maciel dos Santos Freire.

Primeiro a fase do põe para fora e recontratação de professores da rede municipal de ensino. Aparentemente sem qualquer justificativa coerente para o que se chamou de adequação realmente não tão bem esclarecida em documento oficial.

Depois as reclamações dos familiares dos alunos pelo atraso no horário do transporte escolar. Com a sequência de panes em veículos.

Agora aparece até um caso hilário. Na propaganda de um novo projeto, uma maquiagem publicitária apenas com a mudança de nome, na assistência médica e hospitalar.

O “folder” veiculado na rede traz a data errada para o atendimento da clientela alvo: sábado, 31 de março.

O calendário do mês aponta sábado, 29, dia do jogo ABC x América pela decisão do campeonato estadual. E na sequência domingo, 30, e segunda-feira, 31.


NOTA DA REDAÇÃO: momentos depois da postagem chega a informação da correção da data exata.

quarta-feira, 26 de março de 2025

O cantor paulista na despedida europeia de "Caiçara" (FINAL)

F. B. Gomes, o "Caiçara", em cores, depois do goleiro de azul, no Vitória de Guimarães

Nas listas dos treinadores com mais jogos pelo tricolor Fortaleza e alvinegro Ceará

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O pernambucano Francisco Barbosa Gomes (1933 – 2013), o “Caiçara”, também está na história dos dois principais clubes da capital cearense: Fortaleza e Ceará.

No “Leão” o recordista é o argentino Juan Pablo Vojvodina Rizzo em cinco temporadas: 287 jogos. Em seguida: Moésio Gomes (229 ou 232 conforme fontes diversas), Rogério Ceni (153), Caiçara (149), o potiguar Ferdinando Teixeira (139) e César Morais (125).

Pelo “Vovô” o recordista é o carioca Dimas Filgueiras Filho (516), Caiçara (304), Ivonísio Mosca de Carvalho (218), Lula Pereira (162), o húngaro Janos Tratay (158), Vitório Teixeira (136), Sérgio Soares (122), Arnaldo Lira (121), Paulo César Gusmão (120) e Guto Ferreira (107).

O carioca Dimas Filgueiras (Rio de Janeiro, 1944 – Fortaleza, 2023) – ex-lateral-direito do Botafogo de Futebol e Regatas – chegou ao futebol cearense (1971) pelo Fortaleza. No ano seguinte assina com o rival, pelo qual é bicampeão (1975/76).

Dimas foi tetracampeão carioca da categoria de base do clube da "Estrela Solitária"


FONTES/IMAGENS

Almanaque do Fortaleza

CNN

Diário do Nordeste

O Povo

Glórias do Passado

O Imortal Time dos Sonhos/Facebook

O cantor paulista na despedida europeia de "Caiçara" (VI)

Os brasileiros do Vitória de Guimarães (Portugal): Edmur, Carlos Alberto, Ernesto Paraíso e Caiçara

Caiçara e a pose solo

Francisco Barbosa Gomes conquista três campeonatos Estadual pelo América da capital potiguar

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O treinador pernambucano Francisco Barbosa Gomes (Recife, 1932 – 2013), o “Caiçara”, soma quatro passagens pelo América/RN: 1971 (24 jogos), 1979 (16), 1982 (26) e 1987 (41).

Na primeira não repete o sucesso no comando do ABC no ano anterior (perde até a primeira Taça Cidade de Natal para o alvinegro). Quando abriu a série de quatro títulos seguidos (1970/73).

É substituído pelo ex-jogador alvirrubro Osiel Lago de Souza (comandante da faixa americana de 1967 no retorno do licenciamento)

Em 1979 o América começa a temporada com o paulista Antenor Lucas, o “Brandãozinho” (antigo jogador da Portuguesa de Desportos), substituído pelo potiguar Wallace Gomes da Costa.

Mas quem assume na reta final é “Caiçara”, que abre a única série de quatro títulos americanos e fecha no último caneco da sequência (1982 sem derrota).

Na temporada de 1987 bota a terceira faixa no peito. No total são 117 jogos: amistosos e oficiais (domésticos e nacional).

Atrás dos potiguares Ferdinando José de Araújo Teixeira (256), Baltazar Germano de Aguiar (233), Sebastião Leônidas (174) e do também pernambucano José Roberto Fernandes (168).

Fica acima do gaúcho Laerte Dória (112). O número sobe para 130 incluindo amistosos meia boca contra times amadores do interior e jogos-treinos.

 

FONTES/IMAGENS

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte

Glórias do Passado

segunda-feira, 24 de março de 2025

O cantor paulista na despedida europeia de "Caiçara" (V)

Pelo Clube Náutico Capibaribe foram um tricampeonato e um título isolado do Pernambucano

No álbum é o segundo em cima

MEMÓRIA: o currículo do pernambucano Francisco Barbosa Gomes como jogador e treinador

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Como jogador são 260 jogos e 25 gols pelo Náutico e campeão pernambucano (1951/52 e 1954). Pelo selecionado pernambucano 29 participações.

Treinou Santa Cruz do Recife/PE (1974), Flamengo de Teresina/PI e o Ferroviário de Fortaleza/CE (26 partidas em 1985).

Campeão pelo Fortaleza (1969 e 1973 com 179 jogos), ABC (1970), Ceará (1975/76, 80/81 e 86) e Botafogo de João Pessoa/PB (1978/79).

Pelo América/RN (1979, 1982 – invicto – e 87, abrindo para o segundo tricampeonato). No alvinegro de Natal abriu o caminho para o tetracampeonato: 1970/73.

O dono de um time de várzea chegou em um caminhão cheio de garotos morenos para levá-lo a um torneio.

Gomes - como era conhecido em seu bairro -, cabelo alourado, subiu, a molecada gritou: "esse sarará é caiçara (gíria para designar alguém branco)?" Foi o bastante para o apelido se firmar.

Em outra imagem do Vitória de Guimarães (Portugal) é o quarto em pé com bigodinho e tudo o mais


FONTES/IMAGENS

Anotando Futebol

Lendas do Futebol

Sindicato dos Atletas/RN

Cantor paulista na despedida europeia de "Caiçara" (IV)

"Caiçara" com o clássico bigodinho e a sobrancelha característica é o segundo após o
goleiro do clube português Vitória de Guimarães no final dos anos 50 começo de 60

Caricatura de "Caiçara"

MEMÓRIA: Site português disponibiliza acervo com cinco dezenas de imagens com o brasileiro

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O mais completo acervo fotográfico da carreira do lateral-direito Francisco Gomes Barbosa (1932 – 2013), o “Caiçara” – não poderia ser de outra forma – é encontrado em um site dedicado ao clube português Vitória de Guimarães.

O “Glórias do Passado” (sexta-feira, 13/12/2007) disponibiliza imagens dele tanto no começo da trajetória no Clube Náutico Capibaribe (Recife) quando no Vitória. Ficou até difícil e duvidoso, tamanha a diversidade das fotografias, escolher algumas para ilustrar a reportagem.

No blog do lusitano Alberto de Castro Abreu estão disponíveis 54 fotos: dos times, ele isolado ou ao lado dos companheiros em delegações durante as viagens, inclusive para amistoso no continente africano em 1959, já com a camisa branca do Vitória.

Para compor o texto sobre o brasileiro contou com a colaboração do pesquisador pernambucano Lucídio José de Oliveira, médico, aquele mencionado pelo jornalista Lenivaldo Aragão como colaborador da biografia escrita pelo filho do falecido treinador.

Uma importante revelação vem de um comentário de internauta, o qual esclarece que “Caiçara” não jogou pelo Salgueiros ao sair homenageado do Vitórias, mas em outro clube da segunda divisão portuguesa, o Futebol Clube Filgueiras, que havia subido da terceira divisão.

Diz o desconhecido ou não identificado comentarista: - O antigo Filgueiras veio da “Divisão Associação de Futebol do Porto” e o Caiçara esteve como jogador-treinador na época 1965/66, sendo campeão distrital da segunda divisão, subindo o clube azul-grená.

E continua: “Ele ficou famoso na terra do pão de ló de Margaride pelo potente arremate e ficou para sempre lembrado no livro “Futebol de Filgueiras – Nas Fintas do Tempo (1932/2005)” do historiador Armando Pinto (edição do autor e esgotado).

"Caiçara" de terno como treinador, no começo da nova carreira, do time suplente do Vitória


FONTES/IMAGENS

Diário do Nordeste

Jornal do Commercio

O Povo

Fortaleza EC

Glórias do Passado

Minha Torcida