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domingo, 27 de abril de 2025

Pioneiros do escotismo se envolveram com futebol (VI)

Aline Pinto (a segunda da esquerda para a direita de quem olha) foi a primeira escoteira do Rio Grande do Norte e casa com o primeiro chefe escoteiro potiguar, Miguel Ferreira da Silva

Pedro frente ao painel com foto do pai
e da mãe/Foto: Assistente Museu
do Escoteiro, César Barbosa

A influência do primeiro chefe e da primeira escoteira do Rio Grande do Norte passam para o filho

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Com as informações correlatas inseridas nas cinco anteriores reportagens desta série ficou patente que a ligação afetiva com os pais e as atividades deles fora do seio familiar influíram na vida da criança e do adolescente Pedro Ferreira da Silva.

A participação do pai Miguel Ferreira da Silva (Macaíba, 1902 – Natal, 1936) logo na primeira leva dos dois grupos de Escoteiros, fundados oficialmente em 24 de junho de 1917.

Especificamente o do Alecrim, da influência do professor Luís Correia Soares de Araújo, acaba tornando-o o primeiro chefe escoteiro do Rio Grande do Norte.

E foi neste grupo do então em expansão bairro do Alecrim que tempos depois Miguel Ferreira – jogador do Alecrim Futebol Clube já na década seguinte – passa a ter conhecimento com a adolescente Aline Pinto, com quem viria se casar e gerar quatro filhos, entre eles Pedrinho.

A jovem Aline entra para sempre na história como a primeira escoteira potiguar.

O casamento sofre o baque com o falecimento de Miguel (de febre tifo), quando ele exercia a função de inspetor de alunos no Grupo Escolar Frei Miguelinho, pois somente veio a mudar para "Padre Miguelinho" no governo Aluizio Alves (1961/65).

Fotografia do painel acima atrás do
professor Pedro Ferreira da Silva

Certamente indicado pelo companheiro líder fundador do escotismo, professor Luís Soares, diretor do tradicional estabelecimento de ensino público até o ano da morte (1967).

E provavelmente foi o dedo do professor Luís Soares que indicou e chancelou a jovem viúva Aline Pinto Ferreira para ocupar o mesmo cargo funcional do recém falecido marido e, com isso, ter a base necessária para sustentar o quarteto de crianças.

Assim não teria como Pedrinho não entrar para o escotismo, ser presidente do movimento anos depois e ainda ser homenageado na reabertura do Museu do Escoteiro.

Cuja sede, não é mera coincidência, fica no primeiro andar do Instituto Padre Miguelinho, que o professor Luís Soares viu nascer, se desenvolver e dedicou toda uma vida.

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