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domingo, 13 de abril de 2025

Pioneiro da aviação funda clube de remo natalense (VIII)

Câmara Cascudo teria errado em um ano a data de nascimento e se equivocado na data
de falecimento do europeu ascendente do fundador e veterano remador do Sport Club de Natal, Clodoaldo Bakker/Imagem: Instituto Ludovicus

Mais detalhes do ascendente do remador Clodoaldo Bakker deixados de lado pelo escritor Luís da Câmara Cascudo em coluna da “Acta Diurna” no extinto impresso “A República”

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O artigo original do escritor potiguar Luís da Câmara Cascudo sobre o europeu João André de Bakker, ascendente do fundador e veterano remador do rubro-negro Sport Club de Natal, Clodoaldo Bakker, é histórico, mas deixou de lado outros detalhes.

A mini biografia publicada numa das colunas da “Acta Diurna” (1942), em “A República”, e reproduzida no “Livro das Velhas Figuras” (volume dois), tem um lapso não corrigido ao ser publicada em duas diferentes fontes secundárias: a data de falecimento (próximo artigo).

Primeiro na série “Personalidades Históricas do Rio Grande do Norte” (1999), uma produção do Centro de Pesquisas Juvenal Lamartine, vinculado a Fundação José Augusto. E mais recentemente alvo de publicidade pela Agência de Comunicação do Governo Estadual.

A “ADCON” governamental ainda se vale dos subsídios da transposição do artigo de Câmara Cascudo veiculado pelo Instituto José Jorge Maciel e também reproduzido textualmente por este JORNAL DA GRANDE NATAL.

Se bem que a primeira fonte traz mais detalhes sobre a origem da família Bakker que ficaram de fora do artigo “cascudiano”. Como a data exata de nascimento (25/3/1944 (difere o ano: 1942) e de que chega ao Brasil não solitário, mas acompanhado do pai.

Outro detalhe: no artigo de Cascudo a cidade de origem tem a grafia estrangeira mantida e neste segundo caso é mais simplificado para “Anvers”, em bom português Antuerpia. De onde vem o genitor e engenheiro militar Jorris Cornelius de Bakker para Pernambuco.

Jorris Cornelius (poderíamos traduzir como fez Cascudo: João Cornelio) morre de febre amarela sem retornar ao velho continente. Bakker, o moço, permanece no novo continente e passa a vender joias pelo interior das províncias da Paraíba e Rio Grande do Norte.

Autodidata, nas andanças conhece Ana Maria de Araújo da Costa, aquela dos belos olhos citada por Cascudo, filha de um fazendeiro no Acari, e passa a morar com o sogro, dedicando-se a agricultura.

Poliglota, fluente em cinco línguas, ensina em Currais Novos, Macaíba e Natal, recebendo a patente da Guarda Nacional e a comenda da Ordem da Rosa. Prático em “medicina”, ao lado do inglês Arthur Bonne, ergue um barracão no “Refoles” para assistir enfermos.

Com o apoio do presidente provincial Bandeira de Melo no interior do território, São José do Mipibu e Flores, atual Florânia, no biênio 1973/74. Ações mencionadas pelo conselheiro João Alfredo Correia de Oliveira (ministro imperial), conforme o aviso 1.341 (23/5/1874).

FONTES

Fundação José Augusto

Instituto José Jorge Maciel

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