Mais detalhes do ascendente do remador Clodoaldo Bakker deixados de lado pelo escritor Luís da Câmara Cascudo em coluna da “Acta Diurna” no extinto impresso “A República”
JOSÉ VANILSON JULIÃO
O artigo original do escritor potiguar Luís da Câmara
Cascudo sobre o europeu João André de Bakker, ascendente do fundador e veterano
remador do rubro-negro Sport Club de Natal, Clodoaldo Bakker, é histórico, mas
deixou de lado outros detalhes.
A mini biografia publicada numa das colunas da “Acta
Diurna” (1942), em “A República”, e reproduzida no “Livro das Velhas Figuras”
(volume dois), tem um lapso não corrigido ao ser publicada em duas diferentes
fontes secundárias: a data de falecimento (próximo artigo).
Primeiro na série “Personalidades Históricas do Rio Grande
do Norte” (1999), uma produção do Centro de Pesquisas Juvenal Lamartine,
vinculado a Fundação José Augusto. E mais recentemente alvo de publicidade pela
Agência de Comunicação do Governo Estadual.
A “ADCON” governamental ainda se vale dos subsídios da
transposição do artigo de Câmara Cascudo veiculado pelo Instituto José Jorge
Maciel e também reproduzido textualmente por este JORNAL DA GRANDE NATAL.
Se bem que a primeira fonte traz mais detalhes sobre a
origem da família Bakker que ficaram de fora do artigo “cascudiano”. Como a
data exata de nascimento (25/3/1944 (difere o ano: 1942) e de que chega ao
Brasil não solitário, mas acompanhado do pai.
Outro detalhe: no artigo de Cascudo a cidade de origem tem
a grafia estrangeira mantida e neste segundo caso é mais simplificado para
“Anvers”, em bom português Antuerpia. De onde vem o genitor e engenheiro
militar Jorris Cornelius de Bakker para Pernambuco.
Jorris Cornelius (poderíamos traduzir como fez Cascudo:
João Cornelio) morre de febre amarela sem retornar ao velho continente. Bakker,
o moço, permanece no novo continente e passa a vender joias pelo interior das
províncias da Paraíba e Rio Grande do Norte.
Autodidata, nas andanças conhece Ana Maria de Araújo da
Costa, aquela dos belos olhos citada por Cascudo, filha de um fazendeiro no
Acari, e passa a morar com o sogro, dedicando-se a agricultura.
Poliglota, fluente em cinco línguas, ensina em Currais
Novos, Macaíba e Natal, recebendo a patente da Guarda Nacional e a comenda da
Ordem da Rosa. Prático em “medicina”, ao lado do inglês Arthur Bonne, ergue um
barracão no “Refoles” para assistir enfermos.
Com o apoio do presidente provincial Bandeira de Melo no
interior do território, São José do Mipibu e Flores, atual Florânia, no biênio
1973/74. Ações mencionadas pelo conselheiro João Alfredo Correia de Oliveira
(ministro imperial), conforme o aviso 1.341 (23/5/1874).
FONTES
Fundação José Augusto
Instituto José Jorge
Maciel
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