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Dom Pedro II concede cidadania |
Ascendente do remador do Sport Club, Clodoaldo Bakker, é naturalizado no II Reinado pelo monarca Pedro II
JOSÉ VANILSON JULIÃO
Durante a assinatura da ata da proclamação da
República no Rio Grande do Norte (17/11/1889) o belga João André de Bakker (Antuérpia,
1843 – Fortaleza, 1906) já havia se obtido a cidadania
brasileira desde 1873.
A naturalização do europeu de 30 anos é
encontrada no bojo do noticiário oficial do II Império (despacho ministerial
datado de 16/7) da edição do “Diário de Pernambuco” (segunda-feira, 28 de
julho).
Também são concedidas pelo imperador Dom Pedro
II a cidadania para os súditos ingleses Carlos Valentin Basking e Abraham Eastwood,
sete portugueses, um “marroquim” Joaquim Isaac Cohim, o espanhol Thomaz Féglas,
o suíço Jacques Gaeushy e a francesa Emilie Maria Darbelly.
Em fevereiro de 1874 o não identificado
correspondente do “Diário de Pernambuco”, sob o título “Rio Grande”, informa que
João Bakker ensina para 22 alunos em escola no povoado de Currais Novos,
então localizado na municipalidade de Acari.
E em maio de 1877 se encontra na comunidade de Poço Limpo, na antiga "Coité" e então Macaíba, tratando de doentes em epidemia.
Na margem do Rio Potengi – citado pelo
historiador Manoel Ferreira Nobre (Ceará-Mirim ou Natal, 1824 – Nísia Floresta,
1897) – Poço Limpo é o atual Ielmo Marinho (313 quilômetros quadrados).
Sequencialmente fez parte dos territórios de
Natal, Macaíba, foi um dos 18 “distritos” São Gonçalo do Amarante (região metropolitana
da capital) e São Paulo do Potengi (desmembrado em 1963).
FONTES
Diário de Pernambuco
Correio do Natal
Gazeta de Natal
Jornal Pequeno
Tribuna do Norte
Biblioteca Digital do STF
Prefeitura de Ielmo Marinho
Universidade Federal de Pernambuco
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