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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Goleiro do Vasco foi reserva de um "Pompéia" (IV)

CSA (campeão/1971): Ciro, Zito, Paranhos, Ditão, Lourival, Zé Luiz, Carôco, Dudu, Fernando Carlos, Rafael, Silva e Cícero (Massagista)

CONTINUAÇÃO DA REPORTAGEM REPRODUZIDA NO SITE “NETVASCO” (19 DE FEVEREIRO DE 2006)

Jornalista Rogério Torquato

A missão do CSA era quase impossível: parar o recém-criado São Domingos (campeão do turno) e CRB (returno). No terceiro deu CSA. Aí ocorreu um supercampeonato. O “Azulão” foi campeão. “A regra da gente era segurar e meter o cacete...’’

Janeiro/1973. Zé Luiz está em Salvador. ‘‘O goleiro era Buticce, da seleção argentina. Renato 74 saiu e voltou. O Bahia estava se reestruturando; o Vitória havia vencido o último campeonato. Eu já tinha passe-livre’’.

E, tendo como técnico Evaristo de Macedo, comeu o pão que o diabo amassou para entrar em forma... e, meio moído de tanto treino, estreou no Torneio do Povo, substituindo o reserva Alex. Mais cinco clubes: Flamengo, Corinthians, Internacional, Atlético/MG e Coritiba.

Num sábado, Evaristo disse que precisaria de mim para o jogo contra o Flamengo, com Zico iniciando! Perguntou se eu tinha condições de jogar, disse que sim...’’. Foi a sorte do atleta. O jogo terminou 1 a 1. Atuou também, no jogo seguinte, contra o Corinthians - ‘‘Com Rivelino! Ele batia, eu só tirava...’’.

Não deu outra: Alex e o titular argentino acabaram no banco...‘‘ Dias depois Evaristo me contou - ‘Se você não tivesse me confirmado que tinha condições de jogar estaria fora do time!’ ’’ Nem tudo foram flores. Foi sacaneado por outro técnico.

Assumiu um certo Pinguela (o mineiro João Paulo Oliveira treinou o América/RN em 1971 e indicou “Pompéia” para o alvirrubro natalense). ‘‘O Bahia se classificou para a segunda fase do Brasileiro, no comecinho de 1974.

Pinguela colocou Buticce em alguns amistosos e prometeu que quando o campeonato reiniciasse eu voltaria. Ele quebrou a promessa no primeiro jogo. Reclamei, mas o argentino ficou no segundo jogo (contra o Piauí).

No terceiro jogo, contra o Vasco no Rio, eu estava relaxando...’’ - na véspera, aproveitou para visitar parentes (vascaínos!) em Madureira, que lhe deram conselhos... andou exagerando em algumas coisinhas, se achava fora do time. ‘‘Na preleção ele disse ‘Hoje vamos com Zé Luiz...’ Me arrependi!’’

Zé Luiz se superou. ‘‘Por causa daquele jogo, quase fui na hora para o Vasco. Roberto Dinamite cobrou três faltas, defendi todas! Fora uma à meia-altura, na ponta dos dedos! Terminou 0 a 0’’. Sobrou para Buticce, que foi para o Corinthians... (TEM MAIS!)

São Domingos: Isnar, Catatau, Major, Dodô, Zé Leite, Clóvis, Giraldo, China, Reinaldo, Mário e Canhoteiro/Miguel Spinelli (Arquivo pessoal)


FONTES/IMAGENS

Diário de Natal

O Poti

Arapiraca News

Blog No Ataque

Harpya Leilões

História do Futebol

Acervo José Ribamar Cavalcante

Goleiro do Vasco foi reserva de um "Pompéia" (III)

José Luiz, 19 anos, no Centro Sociedade Esportivo de Palmeira dos Índios/AL. Desta equipe passaram pelo América: Zé Leite e Aranha (1968).

O goleiro José Luiz de Albuquerque Silva – simplesmente Zé Luiz – o reserva imediato do conterrâneo Severino Ramos da Silva (‘Pompéia”) no Centro Sportivo (Palmeira dos Índios/AL), contou o começo da carreira para o repórter Rogério “Blau-Blau” Torquato para o “Diário de Natal”.

Nascido no município pernambucano de Águas Belas (a 310 quilômetros do Recife), depois de Garanhuns, perto de Paulo Afonso, aos dez anos passou a morar na cidade alagoana de Major Isidoro, perto de Arapiraca. “Meu pai (José Bezerra da Silva) foi trabalhar lá”.

Vejam o que escreveu o jornalista Rogério Torquato: - Preferiu desde cedo ficar sob as traves – ‘‘Eu era desengonçado até para correr!’’. A altura tornou-se uma vantagem. ‘‘Com 14 anos jogava no ‘primeiro quadro’ entre os adultos. Pela minha idade nem era para jogar no ‘segundo time’’’

1966 - ‘‘Foi Antônio Amaral, deputado estadual e genro do coronel Suruagy, da PM (família de Divaldo Suruagy, ex-governador), que me revelou e ia me levar ao CSA. Quando cheguei à casa do coronel, a família toda do homem era CRB! Quem é que iria ser contra? Fiz contrato de gaveta, mas não fiquei muito tempo, devolveram-me os papéis. Senão, eu ainda estava ‘preso’ lá...’’

Foram três meses no juvenil. Voltou para casa. Surgiu outra chance: ‘‘Um fazendeiro queria me levar para o ASA de Arapiraca ou para o CSE’’. Preferiu o CSE por ter conhecidos lá. ‘‘Fiquei um ano amador entre os profissionais: o titular era Pompéia, considerado o melhor na região, mas ele estava sem contrato, e como o time precisava de um goleiro de imediato...’’

Isto foi numa sexta-feira. Dois dias depois estreou contra o Ferroviário. ‘‘Zero a zero. Fechei o gol. Pompéia chorou... Fui o melhor da rodada! E o danado é que a bola vinha na minha direção o tempo todo...’’. No ano seguinte, como profissional mesmo, regularizado, ao fim do campeonato os principais clubes alagoanos foram atrás dele - ‘‘Até o CRB! Aí fui para o CSA de graça!

O CSA sequer ia disputar o Campeonato Nacional, enquanto o CRB ia...’’ Já se haviam passado dois anos e meio pelo CSE. Haja sigla! O calendário já marcava 1971. ‘‘O CSA só tinha muitos juniores. Os mais velhos eram eu, Paranhos – zagueiro, metia o cacete! – e Didi - um central vindo do Sport-PE, já falecido...’’.

 

(A REPORTAGEM REPRODUZIDA PELO SITE “NETVASCO”, EM 19 DE FEVEREIRO DE 2006, CONTINUA)

 

FONTES/IMAGEM

Diário de Natal

Blog do Sorrentino

Goleiro do Vasco foi reserva de um "Pompéia" (II)

América (1980): Itaú (preparador físico), Ivan Silva, Zé Luiz, Domício, Alex (ex-America do Rio e Sport Recife), Cesar Etcheverry, Jorge Bonga, Gilnei, Luizito, Sérgio Poti, Paulo Henrique (juvenil do Flamengo e Ferroviário/CE), Sandoval Ferreira Nobre, Marinho Apolônio, Paulo César Cascavel, Djair Pacheco “Didi” Duarte (como dizia o falecido radialista Francisco Inácio), Soares “Bulau”, Severinho e Norival

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O currículo resumido do goleiro José Luiz de Albuquerque Silva (Águas Bela/PE, 13/9/1948): Centro Esportivo Sociedade de Palmeira dos Índios (67/68), Clube de Regatas Brasil de Maceió/AL (1969/1970), Centro Sportivo Alagoano/Maceió (1971/72), Bahia/Salvador (73/74), Vasco da Gama (75/76), Operário de Campo Grande/Mato Grosso do Sul (77/78), América/RN (1979/80) e ABC (81/83).

No CSE, do interior alagoano, Zé Luiz foi o reserva e depois assume a camisa número um, do pivô da série, o conterrâneo pernambucano Severino Ramos da Silva, o segundo mais conhecido jogador com o apelido “Pompéia”, tomado emprestado do muito mais famoso arqueiro mineiro José Valentim da Silva, do América carioca.

Zé Luiz e o “Pompéia”, que jogou no América da capital potiguar, estiveram juntos em Natal numa excursão do CSE, conforme o segundo disse em entrevista para o “Diário de Natal” no primeiro semestre de 1972, quando acabou campeão da segunda edição da Taça Cidade de Natal, abertura de caminho de mais três títulos americanos na competição promovida pela Federação Norte-rio-grandense de Futebol.

Nas próximas postagens o blog JORNAL DA GRANDE NATAL veicula detalhes de um perfil de Zé Luiz traçado nos anos 90 pelo jornal Associado com reportagem e texto do competente jornalista Rogério “Blau-Blau” Torquato, edição do então editor Edmo Sinedino de Oliveira e colaboração na retaguarda do memorialista José Ribamar Cavalcante, alvo de biografia feita pelo jornalista Kolberg Luna Freire.

Goleiro do Vasco foi reserva de um "Pompéia" (I)

América/RN (1979): Artur Ferreira (preparador físico), Zé Luiz, Joel Natalino Santana, Roberto (sobrinho de Elton do Botafogo e Internacional), Edmar, Sérgio Poti, Gilton, Macarrão (massagista), Ronaldinho Cruz, Marinho Apolônio, Oliveira Piauí, Danilo Baratinha e Mário. Elenco campeão estadual que abre caminho para o único tetracampeonato

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A primeira coincidência: são naturais do mesmo estado (Pernambuco), mas de municípios distintos, respectivamente Caruaru e Águas Belas;

segunda: praticamente começaram a fazer sucesso na mesma época no futebol alagoano (final da década de 60) e nos mesmos clubes;

terceira: jogaram no mesmo clube norte-rio-grandense, o América de Natal (a capital), porém com uma diferença de sete anos.

Mas há um diferencial: um permaneceu restrito a pelo menos quatro dos nove estados da Região Nordeste (Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba), o outro chegou ao Rio de Janeiro.

São detalhes gerais da grade curricular dos arqueiros Severino Ramos da Silva – o segundo mais conhecido "Pompéia" do futebol – que defende o alvirrubro natalense no primeiro semestre de 1972;

e José Luiz de Albuquerque Silva (Zé Luiz) – que atuou no CSE, CRB, CSA, Bahia, Vasco da Gama, Operário/MS, América/RN e ABC – e chega ao clube americano da capital potiguar em 1979.

 

FONTES/IMAGEM

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte

Blog No Ataque

NETVASCO

O Gol

Acervo José Ribamar Cavalcante

A incrível relação de Waldir Peres com o "Pompéia"

America/RJ (1984): Waldir Peres, Betão, Tecão, Pagani, Serginho, Denys, Renato Carioca, Cléo, Moreno, Gaúcho e Ademir

No começo dos anos 60 todo mundo queria imitar o goleiro voador. Até o coleguinha do arqueiro com passagens pela Ponte Preta, São Paulo, Portuguesa de Desportos, América/RJ e seleção nacional

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Waldir e o amigo wanderley "Tico" Cassolla

O goleiro paulista Waldir Peres de Arruda (Garça, 2/1/1951 - Mogi Mirim, 23/7/2017) jogou pelo America carioca no campeonato estadual contratado (26/6/1984) ao sair do São Paulo.

Estreia (1 x 2 Fluminense) cinco dias depois pela Taça Guanabara (1/7/1984) em substituição ao Gasperin. No fim da temporada deixa o alvirrubro da Rua Campos Sales.

Aos 14 anos (1965) a foto histórica (abaixo), a primeira da carreira, no "Corintinha" (Garça): Arcenio, Otacílio, Waldir, José Carlos, Joãozinho, Luiz Conessa (presidente), João, Romildo, Valdo, Celsinho e Cirso Luporini. O "timinho" com a camisa do "Botafogo"!

Na época havia dificuldade em comprar uniforme. E para garotos mais difícil ainda. Então jogavam com a camisa emprestada pelo "Botafoguinho" do Egídio, no melhor estilo “fair-play”.

Em 2021 o articulista garcense Wanderley "Tico" Cassola, para o blog da cidade, disse que Waldir começa na equipe amadora indicado como melhor goleiro da escola.

No artigo explica que foram chamados mais dois rapazolas, Airton e um apelidado de "Pompéia", mas somente o Waldirzinho apareceu.

Vejam o que publicou o extinto jornal carioca "Última Hora" (sexta-feira, 20/11/1984) no bojo da reportagem do jornalista Oscar Eurico: - Valdir deu a volta por cima.

Valdir Perez (com V mesmo e Z): - A vontade de vencer era muito grande. Sou um goleiro que nunca descuido do trabalho. Sei que no América os goleiros sofrem muito desde os tempos do Pompéia...

O "timinho" com o nome do "Timão" - "Corintinha" - com uniforme emprestado do "Botafoguinho".
O orelhudo e cabeludo com a tradicional camisa preta de arqueiro é o "Waldirzinho".


FONTES/IMAGENS

Última Hora

Blog do Marcão

FutRio

Globo Esporte

Memórias do Futebol Carioca

O Gol

Terceiro Tempo

Álbum Cléo Hickmann

Acervo Wanderley "Tico" Cassolla

 

domingo, 2 de fevereiro de 2025

A falsa bolada de Di Stefano no olho de "Pompéia"

Di Stefano com a camisa do
Espanhol, o outro clube de
Barcelona/Soy Madridista

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O caso da bolada no olho do goleiro José Valentim da Silva, o "Pompéia", consequência de um chute de Di Stefano, provavelmente não passa de uma lenda continuamente propagada.

A suposta avaria na visão do goleiro é citada ao menos duas vezes, em um jornal carioca e numa revista catarinense, na esteira dos acontecimentos do problema da retina do meia Tostão, do Cruzeiro.

Esta "notícia" fantasiosa teria ocorrido em 1969, quando o guarda-metas ainda estaria no Deportivo Português de Caracas.

Mas o indício é de que ele já havia deixado o clube da capital venezuelana ainda no decorrer de 1968 no período posterior à Taça Libertadores da América.

A suposta "fake news" da época na imprensa - só pra lembrar um termo da moda importado e repetitivo - também propagada hoje na rede, é de que o famoso meia argentino está no Real Madrid.

Ora, meus amigos da Rede Globo, Alfredo Di Stefano já havia pendurado as chuteiras no começo de 1966.

Além disso, na mesma época “Pompéia” era jogador do Deportivo Galícia, o primeiro clube dele em Caracas.

O jogador platino defende o alvo e azul Espanhol, o segundo time de Barcelona, na Catalunha, em duas temporadas (1964/65).

Aparece décimo goleiro apelidado como "Pompéia"

O Operário Ferroviário de Ponta Grossa em 1990 com o goleiro "Pompéia" de camisa roxa

O redator fez a previsão, registrou o numeral e acredita que quantidade pode estacionar em 11 exemplos

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O décimo arqueiro encontrado com o apelido "Pompéia" vem do interior do Paraná. Especificamente do final dos anos 80. Portanto sendo o último na escala do tempo.

A prova mais contundente da existência do guarda-metas paranaense "Pompéia" é a ficha técnica do amistoso Ferroviário 0 x 1 Santos (11/5/1988) em Ponta Grossa (abaixo).

Este jogador é mencionado em dois artigos localizados aleatoriamente e sem qualquer intenção do repórter em achar mais um atleta para a dinastia da alcunha "Pompéia".

Em comum com dois goleiros de futebol amador do começo dos anos 60 – das regiões Norte e Nordeste – até agora, é a impossibilidade de identificação do nome próprio.

O primeiro artigo: “Na Era do Rádio – Um texto sobre o Operário de Ponta Grossa” (site “Gazeta do Povo”, 3 de maio de 2012).

Em um pequeno trecho aparece o goleiro: - No “Fantasma” o dono do gol era o mítico Pompéia, herdeiro do grande goleiro Dicar. Para mim, ele foi tão bom quanto o Jairo, do Coritiba. (Diz Benett)

O “Pompéia” também é citado na legenda da foto acima como ilustração de artigo “Uma década marcada por incertezas e turbulências”, de Fernando Rogala (1/5/2012)

 

SÚMULA

Operário 0 x 1 Santos

Competição: Troféu Diário dos Campos

Estádio: Germano Krüger

Árbitro: Milton Ramón

Gol: Soares 30/2

Operário: Pompéia (Daniel), Roldos, Dico, Vitor, Silvano (Dudo), Rogério, Admílson, João Carlos, Anderson, Vitinho e Mica (Júlio César)

Santos: Rodolfo Rodriguez (Nilton), Heraldo, Celso (Davi), Nildo, Lula, César Ferreira (César Sampaio), Júnior (Édson), Mendonça, Luvanor, Serginho Chulapa (Soares) e Tuíco. Treinador: Geninho

 

FONTES

Folha de São Paulo

Acervo Santista

Almanaque do Santos

Blog da Torcida

Gazeta do Povo

JMNews

O "documentário" sobre o goleiro voador americano

Pompéia sendo medicado

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Muito já se escreveu em artigos recentes e há citações em um ou dois livros por aí...

Mas na rede ainda se encontra uma abordagem do canal “Memória Esportiva”, de Marcos Arantes.

O vídeo (pouco mais de 15 minutos) postado em 30 de dezembro de 2021 conta com mais de seis mil visualizações.

Com as imagens clássicas. Entretanto peca pelas imprecisões repetidas, sinal de que bebeu água de fontes secundárias.

Nada de novo do que foi escrito, mas vale o registro.

O documentário faz parte da ‘SÉRIE GOLEIROS HISTÓRICOS” com o título, e não poderia ser de outro modo:

“Pompéia – O Goleiro Voador”.

O goleiro voador pousa na capa do livro

A clássica imagem do América/RJ como primeiro campeão do Estado da Guanabara


JOSÉ VANILSON JULIÃO

Ninguém percebeu ou mesmo o autor do livro menciona o curioso e oportuno detalhe, durante o primeiro lançamento, pelo menos é a observação que fiz na recente pesquisa em andamento para compor o perfil do goleiro mineiro José Valentim da Silva, o “Pompéia”.

Com estilo o arqueiro do América carioca é parte da capa da ilustrada com um lance acrobático no então estádio municipal batizado oficialmente de Mário Filho, no bairro do Maracanã, no Rio de Janeiro.

Pelo que observo o jornalista e escritor Paulo Guilherme de Moraes Ramos de Oliveira, o “Guri”, poderia ter escolhido uma imagem de um algum famoso personagem, porém acredito que teria dúvidas e dificuldades em escolher qualquer um dos astros.

A lista é simplesmente fenomenal: o russo Lev Yashin ou os brasileiros Marcos Carneiro de Mendonça, Roberto Gomes Pedrosa, Barbosa, “Veludo”, Gilmar dos Santos Neves, Carlos José Castilho, Ailton Correia Arruda (“Manga”), Félix Miele Venerando, Emerson Leão...


Todos e mais outros, com passagens. como titular ou reserva, do selecionado brasileiro em Copa do Mundo, desde a primeira, em 1930, no Uruguai, são alvos de artigos em 285 páginas no livro “Goleiros – Heróis e anti-heróis da camisa 1” (primeira edição em 2006 e segunda em 2009).

O livro conta histórias curiosas e emocionantes sobre goleiros consagrados nos grandes clubes brasileiros e pelo selecionado nacional.

A capa da segunda edição não mais aparece com a fotografia original, mas com uma imagem estilizada, feita pelo artista “Baptistão”, inspirada na foto primária.

 



FONTES

BAND.COM

Blog Ilivaldo Duarte

Literatura&Futebol

Portal dos Jornalistas

Trivela

sábado, 1 de fevereiro de 2025

"Pompéia" no grupo do Náutico na Taça Libertadores

DEPORTIVO PORTUGUÊS com a linha atacante toda brasileira: "Pompeia", Juan De La Vega "Valencia", Ulises Meneses "Bolinha" (brasileiro), Pedro Díaz, Juan Fernández y Fernando Matías, João Rivaldo Ramos, Luís De Muros "Rato", Ricardo Manzur Lima, Luís Carlos Leitão e Eddie Dias De Sousa/Acervo: Edfran Jesús Chirinos

GOLEIRO APARECE PELA PRIMEIRA VEZ NA IMPRENSA BRASILEIRA EM FOTOGRAFIA COLORIDA BEM NÍTIDA DO SEGUNDO CLUBE DO EXTERIOR NA CARREIRA

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Como campeão nacional venezuelano do ano anterior o Deportivo Português entra na maior competição continental em 1968.

Do Grupo 5 fazem parte o Deportivo Galícia (vice-campeão), o ex-clube do goleiro mineiro José Valentim da Silva, o “Pompéia”, Palmeiras e Náutico, campeão e segundo colocado da Taça Brasil (1967).

O alvirrubro do Recife perde e empata contra o alviverde paulista (1 x 3 e 0 x 0), empata (1 x 1) e ganha o Deportivo Português (3 x 2), perde (1 x 2) e ganha do Galícia (1 x 0).

Classificados: Palmeiras e Deportivo Português (11 e cinco pontos). Náutico, terceiro, e Galícia em quarto lugar, ambos com quatro pontos.

O clube pernambucano perde os pontos da vitória sobre o clube de “Pompéia” pela irregularidade de uma segunda substituição não permitida (outra fonte indica a terceira).

Jogo na quinta rodada (quarta-feira, 14/2), no Estádio Eládio de Barros Carvalho, no bairro dos “Aflitos”. O Português ainda faz mais seis partidas.

 

FONTES

Diário de Pernambuco

Bola na Área

Futibola (Futebol em Números)

Fútbol en América

Globo Esporte

Desmontado equívoco do goleiro "Pompéia" no Galícia/BA

A "escuridão" da imagem não ajuda, mas o goleiro é provavelmente o "Pompéia" no Galicia

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Alguém começou e muitos engoliram a corda das passagens do goleiro mineiro José Valentim da Silva, o “Pompéia”, depois que saiu do América carioca, pelo São Cristóvão do Rio de Janeiro, Futebol Clube do Porto (Portugal) e o alvo e anil “granadeiro” Galícia de Salvador.

Nenhuma ficha técnica (súmula de jogo) ou algum resultado de partida são encontradas na pesquisa que possam assegurar a participação de “Pompéia” nestes clubes mencionados, além do Bonsucesso, América, Botafogo (Ribeirão Preto/SP) e os venezuelanos Deportivo Galícia e Deportivo Português.

A prova cabal vem das informações sobre a primeira e única edição da “Supercopa da Venezuela” (1965) decidida também em uma partida isolada com as presenças de brasileiros.

Envolvendo o Deportivo Galícia (campeão do torneio profissional da primeira divisão no ano anterior) e o Valencia Futebol Clube (campeão da Copa Venezuela do corrente ano).

O Valencia vence por 2 x 1. Gols do centroavante cearense Francisco Nunes Rodrigues (Quixadá, 1933 – Fortaleza, 2021), o “Pacoti” (Ferroviário, Sport Recife, Vasco da Gama, Sporting Lisboa e Olaria).

Ele que abre e encerra a contagem (20 e 65 minutos) e Rafael Santana (32 do primeiro tempo) no Estádio da Universidade de Caracas (UVC)..

Valencia: Vargas, Luís, Bide, Walkir, Muñiz, Waltinho, Careca, Roberto Peniche, Pepico, Pualón e Hugo. (Pacotti também jogou)

Galicia: Pompeia, David Motta, Frederic "Freddie" Ellie, Leopardi, Suárez, Edil, Zárate, González, Martínez, Alfredinho e Walter Roque. (Rafael "Rafa" Santana também jogou)

"Pacoti" (com "cara" do ator Burt Lancaster) é o segundo agachado no clube grená (atual Carabobo)


FONTES/IMAGEM

Eliézer Pérez

El Granate

Tardes de Pacaembu

O Gol

Terceiro Tempo

Venezuela Fútbol

Vinotinto