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quinta-feira, 6 de novembro de 2025

O desfile dos jogadores de outrora é surpreendente

João Machado e Humberto Nesi

João Cláudio Machado tira dúvida sobre campos antigos

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Dia desses o repórter-fotográfico João Maria Alves me envia um recorte de jornal com uma entrevista de João Cláudio Vasconcelos Machado, o antigo presidente da Federação de Futebol.

É uma das três publicadas no Diário de Natal e semanário O Poti lá por 1976, ano do passamento do sobrinho e enteado do português Manoel Duarte Machado, o marido da famosa viúva Amélia do bairro da Cidade Alta.

O repórter já tinha lido a série escrita pelo jornalista Dermi Azevedo a partir do depoimento para Museu da Imagem e do Som da Fundação José Augusto, sendo sabatinado por personalidades diversas da imprensa potiguar.

Até coloquei na minha relação de pautas o João Machado e devo me aprofundar sobre esta singular figura dos bastidores do futebol local. Mas o que foco no momento é a coluna que assinava nos anos 60 no matutino Tribuna do Norte.

A pressa em abordar parcialmente e ligeiramente a Tribuna de João Machado – era este o nome da coluna – se deve ao fato de ter lido recentemente que ele estreia o espaço na última semana de março de 1964.

Mas o principal de escrever sobre a coluna e o titular não é a data da primeira. E sim a constatação de que, sempre que a oportunidade aparecesse, ele cita antigos e pioneiros atletas amadores dos principais clubes de Natal

No caso, principalmente, do América, ABC, Alecrim, Santa Cruz. Chico Canela de Ferro, José Cabral de Macedo (Tarugo) e João Acioly da Silva, o Cabo João, com passagens primeiro pelo alvinegro e depois alvirrubro. E muitos outros.

Ou até mesmo um mais novo: Aldo Viana. Goleiro do Santa Cruz nos anos 40. Ou do Juventus, participante do campeonato oficial da cidade entre 1947/49. Trata-se do filho do antigo goleiro americano Abel, depois conhecido panificador.

Mas o bom mesmo é que João Machado, decorridos tantos anos, se tornou o responsável por tirar uma dúvida levantada pelo pesquisador Arthur Pierre dos Santos Medeiros, respondida por este redator parcialmente.

JM não deixa dúvida no artigo "General João" (quinta-feira - 7 de maio de 1964): - ... solto nas inesquecíveis peladas de bola-de-meia da igreja nova (Praça Pio X), do prado (praça do Palácio dos Esportes) e do "campo do triângulo" (onde tem hoje o ABC)...

Com isso também esclarece, sem querer, que o campo do futuro Estádio Juvenal Lamartine é o quarto antigo local para a prática do futebol.

Já que o “prado”, em frente a antiga vila residencial dos presidentes da província era local de corrida de cavalos do Sport Club Natalense, uma sociedade anônima, durante o ano de 1906.

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