Consulta

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

A aristocracia potiguar e o futebol (I)

Relato inédito na imprensa potiguar sobre os desportistas e irmãos Gomes Pedrosa

José Vanilson Julião

Ramiro Gomes Pedrosa (falecimento) – Regina Joppert Pedroza, Roberto Gomes Pedroza, Pedro da Cunha Filho, senhora e filha, Nelson Pedroza e senhora, comunicam o falecimento de seu querido esposo, pai, sogro e avô, RAMIRO GOMES PEDROZA, e convidam para seu sepultamento, a realizar-se, hoje, dia 22, às 17 horas, saindo o féretro da Capela Real Grandeza para o Cemitério de São João Batista.

Pelo anúncio fúnebre na edição da quinta-feira (janeiro de 1953, na página 14, de um total de 16), no diário carioca "A Noite" (edição 14.308), logo nota-se de que se trata de algum membro da tradicional família Gomes Pedrosa, bastante ativa no comércio, indústria e política do Rio Grande do Norte entre a segunda metade do século XIX e pelo menos por igual período do século XX, e ainda com descendentes morando na capital potiguar.

E não se trata só disso. É um dos irmãos mais novos de Fernando e Fabrício, tidos como introdutores do futebol em Natal no segundo semestre de 1903, provavelmente entre novembro e dezembro, quando retornam das férias escolares na Inglaterra. Com uma bola na bagagem. Fato este repetido a exaustão por jornalistas e pesquisadores respeitados, como Luís da Câmara Cascudo, Luiz Gonçalves Meira Bezerra e Everaldo Lopes Cardoso.

Entretanto as informações parciais, repassada por fontes secundárias e terciárias, provavelmente carece de prova concreta e escrita sobre quem realmente trouxe o esférico, dúvida suscitada ao redator por Renato Cunha Lima Filho, neto de dona Branca Toledo Piza (paulista), esposa de Fernando, o industrial que alavancou a cultura algodoeira no interior do Estado entre os anos 20/30. Assunto este que será desvendado em posterior entrevista com a referida fonte.

O primeiro e único registro encontrado sobre Ramiro Gomes Pedrosa na imprensa norte-rio-grandense, pelo menos pelo redator, vem na quarta e última página do jornal "A República" (edição 53 - 10/3/1902) com a nota "Passageiros – Desembarcados do vapor "Alagoas" vindos dos portos do sul: Pio Lopes Pinhel, Ramiro Pedrosa (com S), João Narciso, ex-corneteiro João Carlos de Lima, sua mulher e dois filhos. em trânsito - 112."

Conformidade a breve notícia publicada no alto da página, a direita de quem ler, pode-se afirmar que, ao contrário dos irmãos mais velhos, que foram enviados para estudar na Europa, Ramiro fica baseado na metrópole e capital federal. Fabrício Gomes Pedrosa Filho, nascido em 1888, falece na Suíça (em 18 ou 19 de março de 1907). Fernando (Macaíba, 30/3/1886 – Rio de Janeiro, 9/3/1936)

Ramiro, nascido em 1889, ainda tem como irmãos Damiana Maria (Macaíba, abril de 1885), Esther Pedrosa Faria Souto (Macaíba, 1887 – Taubaté/SP, abril de 1975), Maria das Dores Pedrosa Piza (Macaíba, 23/2/1895 – Rio de Janeiro, 14/7/1975), Mário (Macaíba, 1890) e Raul (Natal, 1892 – Rio de Janeiro, 1962).

FONTES

A Noite

A República

Geni

História e Genealogia

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário