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segunda-feira, 24 de julho de 2023

Arqueiro do deca-campeonato abecedista se torna dono de revista (X)

Rubem R. Moreira (de óculos, atrás de Pelé) na inauguração do estádio de Maceió, capital alagoana

Nos blogs dos veteranos jornalistas pernambucanos Claudemir Gomes e Lenivaldo Aragão são reproduzidos diversos textos do coleguinha Gilberto Prado, o "Betoca", filho do arqueiro tricolor, do Sport e ABC, Diónegenes Ferreira Prado.

O primeiro, com o título "O jeito Rubão de ser" (26 de dezembro de 2019), portanto antes do passamento de "Betoca", faz uma preliminar sobre o artigo transcrito a seguir. O personagem Rubem Rodrigues Moreira (1909 - 1985) presidente da Federação Pernambucana de Futebol.

O PODEROSO "RUBÃO"

Gilberto Prado

Livro de Gilberto sobre salonismo

É preciso contar esta história, mesmo com alguns palavrões. Afinal o protagonista é o desportista Rubem "Rubão" Moreira, ex-presidente da Federação Pernambucana cujo linguajar chulo se tornou conhecido nacionalmente, embora estimado. E muito.

Seu jeito de ser, aliado ao espírito empreendedor, tornava-o carismático e poderoso. Conseguia coisas impossíveis. Quando jovem, já bem sucedido empresário, gastou fortuna mas fez o América, seu time de coração, campeão pernambucano.

Conseguiu, como presidente da FPF, fazer a Seleção Pernambucana representar o Brasil  em um Campeonato Pan Americano.

Certa ocasião, no Aeroporto dos Guararapes, para acompanhar o embarque da delegação de futebol de salão do Náutico, cujas passagens financiara, encontrou-se com seu sobrinho Mirinda (José Alexandre), um dos atletas da famosa equipe. Estranhou quando toda a delegação embarcou, menos Mirinda:

"E você? Vai viajar não", indagou.

Meio sem jeito, Mirinda que na época estava concluindo o curso de engenharia, explicou:

"É que estou fazendo estágio em uma construtora e não posso ir".

Veio a reação.

"Estágio um cacete! Você vai viajar e é agora. Deixa o resto que eu resolvo na construtora".

Antes que o sobrinho explicasse que a aeronave já estava para decolar, e ele não tinha sequer a passagem, foi arrastado até o balcão da Varig. Gritando, Rubão ordenou para o despachante da companhia aérea.

"Manda parar essa porra desse avião que o menino aqui vai viajar".

E o avião ficou estacionado, com os motores ligados, até Mirinda receber o bilhete e embarcar.

 


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