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Everaldo L. Cardoso: o repórter |
A Imprensa critica a série de três jogos envolvendo ABC e Potiguar/Mossoró. O “Diário de Natal” não circula na sexta-feira seguinte a terceira partida (quinta-feira, 29/6/1967), mas no sábado (1/7) o repórter esportivo Everaldo Lopes Cardoso desce a lenha com o artigo seguinte:
“Pobrezinhos, inocentes...”
- É a vez da FND mandar mimeografar a Lei da
Transferência e enviar para os dirigentes da Liga de Mossoró e seus filiados.
Lá, eles desconhecem que o amador, se não tiver
liberatório à mão e não desejar ser profissional terá que cumprir um estágio de
um ano.
Salvo, com variações, o que não vai o caso.
Mas, desconhecendo (será mesmo?) a famigerada
Lei de Transferência, que deve ser a cartilha de qualquer diretor de clube, o
Potiguar “contratou” três jogadores do Ferroviário e os lançou contra o ABC.
Na hora da reunião do Conselho Arbitral,
teria afirmado que um jornal do Ceará anunciara a extinção pura e simples do
estágio para amador (sic). Por isso, inocentemente, lançara mão dos três
jogadores.
Com isso, os empates com o ABC eram dois
pontinhos perdidos para o Potiguar, que estava irregular.
E a FND, por ventura, não teria advertido o
campeão mossoroense? Teria feito vista grossa? É coautora do golpe da TACINHA
BRASIL, ou Tacinha Rio Grande do Norte, pois sabia da irregularidade e
permitira a sua repetição, inclusive da barbaridade das duas substituições numa
peleja até então encarada como oficial.
É de crer-se que os clubes, que apoiaram essa
preliminar da Taça Brasil, voltem atrás e desfaçam tudo.
Em matéria de comédia foi pior do que um João
redondo barato.
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