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O cruzador da Real Navy "Dautless" numa representação em cores. Marujos jogam em Natal |
Os rapazes do time “fúnebre” contra o primeiro Força e Luz na preliminar do América x “Dautless”
JOSÉ VANILSON JULIÃO
O comandante do “Dauntless”,
J. G. P. Vivian, é recebido pelo vice-cônsul inglês Eric Gordon, e apresentando
ao comandante da Força Pública, tenente-coronel Sandoval Cavalcanti de
Albuquerque, representante do interventor federal Hercolino Cascardo, presente
no jogo com o América ao lado do delegado da CBD, o engenheiro civil Gentil
Ferreira de Souza.
Havia rivalidade entre as tripulações dos
navios, pois para os homens do Dauntless a vitória
mais importante (2 a 1) contra a equipe do cruzador inglês H. M. S. Dheli (primeiro adversário internacional do
América no mesmo mês do ano anterior) numa parada em Nova York, Estados Unidos.
Em Natal houve a preliminar (domingo, 30/8/1931), que começaria às duas 14h com Aparício Martins na arbitragem, entre o Força e Luz SC, o primeiro com esta denominação, e o time com estranho nome: “Morte FC” (“Tok de História”, de Rostand Medeiros).
O que também não é citado no artigo de página inteira do
capitão-aviador Hipólito José da Costa – “História do Aero Clube do Rio Grande
do Norte – o oitavo da série especial para o semanário “O Poti” (domingo,
30/3/1986).
O “Morte” venceu o Força e Luz (3 x 2), gols de Montenegro (2) e Arnaldo
Toseli (aquele que depois formou no elenco do rubro-negro Sport Club de Natal e
participa como dissidente do grêmio do remo para fundar o segundo Santa Cruz da
capital potiguar).
Foi ofertado ao time vencedor a taça “Jack Romanguera”,
entregue pelo próprio homenageado, o diretor da Companhia Força e Luz (de capital
inglês e concessionária do serviço), teoricamente “dono” do time perdedor (“Tok
de História”, de Rostand Medeiros).
Na quarta-feira, 2 de setembro, o Dauntless enfrenta o Sport Club de Natal. A peleja, marcada para às 15h30, começa as 16h10, com tempos de 35 minutos, visto o JL não ter iluminação.
Para “A Republica” o jogo bom e terminou em 2 a 2. Mas definiu como “uma coisa imaginária” o segundo gol inglês, pois a bola sequer passou da linha do gol. O juiz era membro da tripulação.
O mesmo marujo não um pênalti para o Sport e apontou duas para o time
estrangeiro, uma delas convertida em gol. Os americanos Milton, Reinaldo Praça, Pinheiro e Neném atuaram com
a camisa rubro negra.
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