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quarta-feira, 28 de maio de 2025

O goleiro paraibano do Alecrim que virou cantor (IX)

Sete jogadores desta formação e o treinador "Geleia" participaram da brilhante campanha da terceira colocação no campeonato estadual de 1957

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ALECRIM FUTEBOL CLUBE

O quadro alviverde da rua Presidente Bandeira foi, sem dúvida, a grande sensação do campeonato de futebol de 1957; no qual chegou, ao final, num honroso terceiro lugar, a frente do Santa Cruz e Riachuelo, e a um ponto, apenas, de diferença do ABC Futebol Clube, o vice-campeão.

O time dirigido por Geleia, somente perdeu as esperanças de conquistar o título máximo de 57, em seu último compromisso, quando perdeu de 1 x 0 para o América, campeão da temporada. Isso significa que o Alecrim se vingou de 1956, quando ficou de posse da incômoda "lanterninha", e, hoje, torna-se a terceira potência do futebol norte-rio-grandense.

O clube esmeraldino, além de Basinho, Jair, Pedrinho e Mota, conseguiu outra grande aquisição para o campeonato, que foi o arqueiro paraibano Josil. Esses pebolistas vieram dar maior vida ao plantel alecrinense em 1957. Principalmente o guardião, que se revelou um dos melhores da temporada.

O Alecrim não foi feliz no torneio de classificação, chegando mesmo a ser ameaçado de desclassificação. No entanto, a vitória sobre o Riachuelo, em seu último jogo, garantiu a permanência entre os cinco finalistas.

Estreou na fase eliminatória do certame, empatando com o Grêmio em 2 x 2, quando já perdia por 2 x 0. No segundo compromisso empatava, outra vez, agora com o Atlético: 0 x 0. Perdendo seguidamente para o ABC (3 x 0) e América (4 x 3) e vencendo Santa Cruz (2 x 1) e Riachuelo (2 x 0).

No campeonato propriamente dito estreou frente ao ABC (1 x 1). A seguia vencia o Riachuelo (3 x 0) e perdia para o Santa Cruz (2 x 1) e América (3 x 1).

O segundo turno os esmeraldinos atravessaram sem saber o amargor sequer. Empatou, novamente, com o ABC (1 x 1), e ainda com o Riachuelo, pelo mesmo "escore". Venceu espetacularmente ao América (6 x 4), o maior feito dos "periquitos" nos últimos anos; vencendo também o Santa Cruz por 3 x 1.

Na etapa final do campeonato o Alecrim, logo de saída sofreu o maior revés, sendo derrotado pelo ABC pela alta contagem de 5 x 1. Sete dias depois encontrava o caminho da vitória, abatendo ao quadro da Base Naval por 3 x 2 e em seguida o Santa Cruz pela mesma contagem.

Exatamente na tarde do dia 8 de dezembro, o Alecrim, perdendo para o América, pela contagem mínima, perdia a maior chance de conquistar, pela primeira vez, o cetro máximo do futebol norte-rio-grandense, em 42 tentativas.

Dezoito "players" tomaram parte da brilhante jornada do Alecrim; sendo que o arqueiro foi o único a participar de todos os compromissos.

GOLEIRO: Josil 18 jogos

ZAGUEIROS: Bililiu 17, Edson 9, Jair 6, Índio 3 e Severino 1

MÉDIOS: Petit, Monteiro 14, Índio 10, Tageba 9, Basinho 2, Josa, Béu, Severino e Jair 1

ATACANTES: Mota, Chiquinho 17, Miltinho 16, Basinho 14, Canindé 11, Pedrinho 7, Beú 5, Araken 2 e Jair 1

 

JÚLIO MONTEIRO DA SILVA

"O Poti" (quinta-feira, 9/1/1958)

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