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segunda-feira, 16 de setembro de 2024

"A campanha contra os apelidos dos craques" (XXII)

Teotônio na ponta-direita do selecionado baiano com a camisa amarela da Confederação (CBD)

Teotônio no elenco baiano que representa selecionado nacional contra o Chile em torneio oficial

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A Confederação Brasileira de Desportos (CBD) indica a Seleção Baiana para representá-la em Santiago, capital chilena, em setembro (15 e 17), pela Taça Bernardo O’Higgins.

Os 19 convocados pertencem ao Bahia, Vitória, Botafogo, Ypiranga, Galícia (quinteto da capital do Estado) e Fluminense de Feira de Santana, município do interior baiano.

O tricolor havia excursionado ao exterior pela primeira vez. O rubro-negro é campeão baiano pela terceira vez na década. O Brasil havia vencido o torneio oficial dois anos antes e o Chile vence em casa.

O telegrama do repórter Francisco Aguiar, desde Salvador, via Agência Sport Press, anuncia a convocação do Conselho Técnico da Federação e treinamentos (29/8) e o embarque da delegação (11/9).

Atletas: Zé Alves, Henrique, Vicente Arenari, Wassil, Otoney (Bahia), Albertino, Lia, Pinguela, Nelinho, Boquinha, Teotônio, Matos, Ceninho, Colares (Vitória) Periperi e Raimundinho (Fluminense), Pequeno, Hamilton (Ypiranga), Walder (Galícia) e Nelinho (Botafogo).

Além do antigo jogador e técnico mineiro Pedro Rodrigues da Silva (Pedrinho), que também era do Vitória, e o preparador físico José Coelho.

Primeiro jogo: 1 x 0 Brasil (partida 200 do selecionado nacional), arbitragem do inglês Walter Manning, gol do Meléndez (14/1).

Brasil: Periperi, Pequeno, Walder (Henrique), Pinguela, Nelinho; Boquinha, Teotônio (Wassil), Matos, Ceninho, Otoney e Raimundinho.

Segundo jogo: 1 x 1. O Brasil ganha nos 90 minutos (Matos 15/1) e o Chile (José Fernandes, do Palestino) a prorrogação. Arbitragem local: Danor Morales.

Brasil: Periperi (Albertino), Pequeno, Henrique, Pinguela, Nelinho, Zé Alves, Teotônio, Matos, Hamilton, Otoney (capitão) e Raimudinho (Wassil).

O paulista Samuel Matos (depois formado em Direito) é o nono maior artilheiro do Vitória: 77 gols em 145 jogos (1957/61).

Treinador Pedro Rodrigues (a frente do elenco) contratado pelo Alecrim Futebol Clube nos anos 80

FONTES/IMAGENS

Acervo/Arquivo Djalma Leal

Arena Rubro-negra

Associação Bahiana de Imprensa

Blog Lenivaldo Aragão

Cássio Zirpolli

Federação Internacional de Estatísticas de Futebol

Jornal Correio

Memórias do EC Vitória

 

domingo, 15 de setembro de 2024

"A campanha contra os apelidos dos craques" (XXI)

Teotônio - apelidado de "Jackson do Pandeiro" no Vasco - é o segundo agachado

Do Vasco da Gama o baiano bom de bola passa pela Portuguesa da Baixada Santista

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Teotônio Pereira da Silva

Ao invés de uma foram três as reportagens de fundo na “Revista do Esporte” que possibilitam armar um perfil da carreira do meia baiano de Salvador Antônio Pereira da Silva.

Duas quando ainda estava no Vasco da Gama e a terceira durante a permanência na Associação Atlética Portuguesa (Santos) após empréstimo ao Corinthians de Presidente Prudente (interior paulista).

A primeira com duas páginas ilustrada com quatro fotografia na edição 16 (27/6/1959): “TEOTÔNIO AGUARDANDO A VEZ – NÃO TENHO MEDO DE SABARÁ.” Quando é revelado que o ex-pedreiro (aos 16), casado com dona Lídia, é pai de Antônio Jorge (seis meses).

Com 13 calça a primeira chuteira no aspirante do Fluminense do bairro do Rio Vermelho. “Teo”, aos 21, de retorno do interior baiano, está no alvo-anil Galícia (1956), quando o misto de massagista e treinador “granadeiro”, Secundino das Virgens, o indica ao Vitória.

Depois de treinar no Palmeiras e não acertar por questão financeira entre os clubes o olheiro do Vasco da Gama, Edgar Freitas, o indica para o treinador Francisco Ferreira de Souza, o “Gradim”.

A segunda com três imagens na edição 36 (14/11/1959): “TEOTÔNIO, O SUPERSTICIOSO: QUERO QUEBRAR ‘ESCRITA’ DE SÓ PERMANECER UM ANO EM CADA CLUBE!” Após 10 meses no Vasco entrando pelas pontas diz preferir a oposição original.

Revelado que, adolescente, começa no Palmeiras do município de Valença, seguindo para o Flamengo de Jequié.

Bem depois assina, em 9 de outubro de 1958, o primeiro contrato com o Vasco: 240 mil de luvas e 15 mil cruzeiros.

A última de uma página com duas fotos (124 – 22/7/1961): “ETERNO RESERVA DO VASCO AGORA É COBRA EM SANTOS – Teotônio espera que a Portuguesa Santista seja o degrau para ele chegar até a um grande clube paulistano.”

- Fiz bom negócio saindo de São Januário. Filpo Nuñes (substituto de Gradim) estava até me colocando nos treinos do infanto-juvenil, disse o meia, negociado em troca do passe do longevo Lorico, que passou na Portuguesa de Desportos e Botafogo (Ribeirão Preto).

"A campanha contra os apelidos dos craques" (XX)

Teotônio Pereira da Silva, apelido "Jackson do Pandeiro", é o segundo agachado

Vitória: Albertino, Eloy, Zeca, Pinguela, Nelinho, Boquinha, Enaldo, Teotônio, Mattos, Lia e Salvador
.

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Teotônio: um reforço

O meia
Teotônio Pereira da Silva (Salvador, 2/2/1935) era cartaz local na segunda metade dos anos 50 – fez seis gol pelo Galicia no campeonato extra (1956) e tornou-se campeão estadual na temporada seguinte pelo Vitória – e participa pelo selecionado nacional (representado pela Bahia) na Taça Bernardo O'Higgins em dois jogos contra o Chile (setembro/1957).

Na primeira semana de outubro de 1958 já está contratado pelo Clube de Regatas Vasco da Gama (primeiro atuando pela categoria de aspirantes), como um dos quatro reforços indicados pelo treinador Francisco Ferreira de Souza, o "Gradim", conforme entrevistado do técnico para revista semanal "Manchete Esportiva".

Durante a campanha do título "super – super" (1958), contra o Flamengo e o Botafogo, ele é um dos 27 jogadores do elenco (ou 26. Diverge a mesma fonte). Participa de um jogo do total de 16.

Logo na estreia no time principal derrota para a Portuguesa da Ilha do Governador no segundo turno: 1 x 2). O paulista Écio Capovilla – Valinhos, 1936/2020 –, meia, é o único a entrar em todos.

Na quarta aparição a “Revista do Esporte” traça o perfil do novato baiano do bairro soteropolitano de Rio Vermelho (não sei de onde um site dedicado ao Vasco tirou a informação de que nasce um ano antes no município fluminense de Barra Mansa).

 

FONTES/IMAGENS

Jornal dos Sports

Manchete Esportiva

Revista do Esporte

Arena Rubro-negra

Federação internacional de Estatísticas de Futebol

Futebol Bahiano

Futebol 80

Kike da Bola

Memórias do EC Vitória

Meu Timão

NETVasco

Sou Mais Vasco

Súmulas Tchê

"A campanha contra os apelidos dos craques" (XIX)

Teotônio Pereira da Silva

Na lista bicampeões mundiais (1958/62), na Suécia e no Chile, e astros da época e dois jovens novatos dos estados da Bahia e Minas Gerais

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Na relação dos 21 craques com as alcunhas íntimas e “secretas” publicadas pela “Revista dos Esporte” (janeiro de 1960) estão bicampeões mundiais (1958/62): Pelé, Pepe, Mauro, Gilmar, Garrincha, Quarentinha, Zagalo, Belini, Castilho, Jair Marinho, Moacir, Dino Sani.

A reportagem também relaciona os astros Calazans, Henrique, Telê, Babá, Jadir, Milton Copolillo e Pompéia, o goleiro americano conhecido como “Constelattion” (famoso avião da época).

Como também são citados os “desconhecidos” e novatos: o meia baiano Teotônio Pereira da Silva (Vasco da Gama) e zagueiro mineiro Lúcio Soares. Escolhidos para a carreira ser esmiuçada em separado.

O primeiro a ser dissecado é o Teotônio. Ele está na lista do elenco campeão carioca (decisão em janeiro/1959).

Aparece nas súmulas do Torneio Rio – São Paulo na seção específica da “Revista do Esporte”: 0 x 0 Flamengo (26/4/1959) e 2 x 0 Botafogo (30/4).

Jackson do Pandeiro

A segunda aparição é em “Candinha no Esporte” (a fofoqueira da publicação carioca): - Vocês precisam ver o Teotônio (Vasco) soltando pipa. Ele se esquece até do futebol... (edição número 12 – 30 de maio de 1959).

Depois na reportagem ou enquete de uma página. “Pontos de vista – O técnico de futebol é imprescindível?” (número 16 – 27/6).

É um dos 12 jogadores entrevistados: Écio, Jair Marinho, Adalberto, Américo, Altair, Chinesinho, Delém, Neivaldo, Beto, Nilo e Flávio.

Foi surpreendente para um novato, apelidado pelos colegas de “Jackson do Pandeiro” (o compositor e músico paraibano José Gomes Filho – Alagoa Grande, 1919/Brasília, 1982):

- Eu e meus amigos temos categoria para jogar sem ele, mas precisamos muito do técnico.

 




FONTES/IMAGENS

Revista do Esporte

Arena Rubro-negra

Ebiografia

Futebol Baiano

Heróis da Bola

Kike da Bola

Memórias do Esporte Clube Vitória

"A campanha contra os apelidos dos craques" (XVIII)

Nomes e apelidos mais conhecidos dos jogadores “convivem” com alcunhas impostas pelos colegas

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Carlos Castilho "monstro"

A pesquisa menospreza as dezenas de notas sobre o tema nas colunas e seções da “Revista do Esporte” e se concentra em duas reportagens especiais.

A primeira na edição 44 (9 de janeiro de 1960): “Os apelidos (secretos) dos craques”. Na relação são 21 jogadores, a maioria bastante conhecida dos torcedores.

A característica da reportagem de três páginas concentra-se numa introdução explicativa e uma foto de cada craque com a explicação da alcunha.

O objetivo é matar a curiosidade do leitor, sem intenção de melindrar ou ofender os “portadores”. Considerando a ‘natureza humorística” que motiva ou origina o apelido.

Na lista os futebolistas da época estão disponibilizados pela ordem aleatória da reportagem, na qual aparece apenas o primeiro nome ou apelido mais conhecido.

Sem posição ou clube. As definições dos apelidos sofreram algumas adaptações e resumos pelo redator dos originais para uma melhor compreensão do internauta.

Dois atletas bem menos conhecidos atualmente merecem destaques em separado: o atacante baiano Teotônio (Vasco da Gama) e o zagueiro mineiro Lúcio (América).

 

O ator Boris Karloff como o "monster"

A LISTA

TEOTÔNIO Pereira da Silva: “Jackson do Pandeiro” (pela semelhança com o “Rei do Ritmo”)

Jorge Alves CALAZANS: “Caneca” (pelo cuidado intensivo com o utensílio na concentração)

MAURO de Oliveira Ramos: “Marta Rocha” (pela pinta de galã e educação)

Carlos CASTILHO: “Frankenstein” (pela semelhança com o personagem ficcional)

HENRIQUE Frade: “Tucano” (pelo nariz adunco)

LÚCIO Soares: “Papudo” (pelo pescoço grosso)

Valdir Cardoso Lebrego (“Quarentinha”): “Cabeção” (pelo tamanho do crânio)

MOACIR Bueno: “Canivete” (depois que feriu uma criança acidentalmente)

TELÊ Santana: “Fiapo” e “Fio de Esperança” (obviamente pela magreza)

GILMAR dos Santos Neves: “Girafa” (pelo pescoço comprido)

José Macia (“Pepe”): “Espanhol” (pela descendência paterna)

Manoel Francisco dos Santos (“Garrincha”): “Saci Pererê” (pela desenvoltura em campo)

O "Saci" do folclore

Mário Braga Gadelha (“Babá”): “Toquinho” (pela baixa estatura)

Hideraldo Luís BELINI: “Boi” (por dormir muito) e “Leão de Itaquira”

Jair Marinho de Oliveira: “Canecão” (pelo volume corporal)

Mario Jorge Lobo Zagalo: o tópico está incompleto. Mas o apelido vem da compleição física

Edson Arantes do Nascimento: “Sofia” (alguém o achou parecido com uma macaca)

Jadyr Egídio de Souza: “Brucutu” (pelo porte físico avantajado do personagem dos quadrinhos)

Milton Copolillo: “Bocage” (pelos palavrões no jogo)

José Valentino da Silva (“Pompéia”): “Pantera” (pelos saltos como goleiro)

Dino Sani: “Joelho” (pela careca)

 


FONTES/IMAGENS

Revista do Esporte

Heróis da Bola

Kike da Bola

O Gol

Sporting Canal

Súmulas Tchê

Terceiro Tempo

Wiki Sporting

sábado, 14 de setembro de 2024

"A campanha contra os apelidos dos craques" (XVII)

A bola da vez é a extinta e bem conhecida publicação carioca “Revista do Esporte”


JOSÉ VANILSON JULIÃO

Depois de vasculhar e peneirar o assunto nos especializados cariocas "Jornal dos Sports", “Sport Ilustrado”, "Manchete Esportiva" (1955/59) e dos similares paulistanos "Mundo Esportivo", "A Gazeta Esportiva" e "A Gazeta Esportiva Ilustrada", chega a vez da semanal "Revista do Esporte" (Rio de Janeiro).

Ocasionalmente ou em reportagens especiais o tema é objeto de seções específicas da publicação fundada por Anselmo Domingos e que circulou entre 1959 e 1970, primeiro no vácuo da “Manchete Esportiva” e depois com a concorrência da novata “Placar”, lançada no terceiro semestre antes da Copa do México.

As seções visitadas são “Fofoca por Esporte” (antecessora da segunda), “Candinha no Esporte” (com notas curtas), “Raio X de Corpo Inteiro” (entrevista com um craque no estilo de perguntas e respostas”), “Bate-Bola” (como a anterior no modelo “ping-pong”), “Ficha do craque” e “Apito Final” (olhe a coincidência com a coluna de Everaldo Lopes Cardoso na “Tribuna do Norte”).

"A campanha contra os apelidos dos craques" (XVI)

José Macia, o "Pepe" (o "canhão da Vila Belmiro"), na extrema canhota alvinegra

Origem do apelido do ponta-esquerda José Macia: segundo maior artilheiro do Santos

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Alfeu M. de Freitas

Eu morria e não sabia a origem do apelido do ponta-esquerda do Santos, José Macia (89 anos), o “Pepe”.

Pensava que era uma corruptela do nome próprio (José), mas veio do pai, ex-jogador com a mesma identificação no lugar do “batismo”.

A explicação aparece por meio de uma propaganda de lâmina de barbear na “Gazeta”.

A campanha não tinha qualquer possibilidade de sucesso, se até as “Gazeta” continuavam a usar e divulgar nas reportagens do jornal e nas especiais da revista.

Como precedentes dois casos interessantes são demonstrados nas inserções institucionais da revista.

Na edição de 15/9/1956: “No Paraná: Apelido cria um caso. Omar Coutinho deixa de ser Ferramenta.”

Em 31 de outubro: – Alfeu, chegou, treinou e... tinha um apelido: Cantinflas! Pela aparência com o comediante e ator mexicano Mario Moreno (1911 – 1993).

Ator Mario Moreno: "Cantinflas"

O novato em questão trata-se do gaúcho Alfeu Martha de Freitas (1936 – 2018), recém chegado a Portuguesa de Desportos, vindo do Internacional com passagem pelo Grêmio.

Alfeu era de uma família de jogadores, sendo o mais conhecido Alcindo, o atacante do Grêmio convocado para a Copa do Mundo da Inglaterra (1966).

Só podia resultar em fracasso a campanha de uma rádio paulistana. Mesmo que as vésperas da Copa do Mundo ainda se escreva sobre o tema.

Um tal de Silvério de Lello, o “Zé Gaiola”, aborda o assunto (8 de junho de 1958): “Várzea e varzeanos – APELIDOS”.

E durante os treinamentos do selecionado nacional campeã na Suécia o ponta-direita Manoel Francisco dos Santos, o "Garrincha", sem ligar para o seu, vai colocando apelidos nos companheiros.

 




FONTES/IMAGENS

A Gazeta Esportiva

A Gazeta Esportiva Ilustrada

Gremiopedia

Terceiro Tempo

 

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

"A campanha contra os apelidos dos craques" (XV)

O narrador esportivo Pedro Luiz

Locutor esportivo detona "nova" campanha sem qualquer consequência contra as alcunhas

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O tema passa alguns anos adormecido e retorna do sono com uma campanha do locutor esportivo Pedro Luís Paoliello (São Tomaz de Aquino/MG, 1919 – São Paulo, 1998), alvo de nota na coluna “FIM DE SEMANA” em “A Gazeta Esportiva” (25/5/1957).

– ...O titular de esportes da Rádio Panamericana começou, contando com a colaboração de todos nós... Os que começam deveriam exigir fossem chamados pelos nomes... E seria interessante acabar esse suceder de diminutivos...

Enquanto isso uma nova publicidade institucional de “A Gazeta Ilustrada” (edição de 1 de julho de 1957) trás mais uma reportagem abordando os apelidos: - No reinado diferente (futebolístico) dos apelidos.

"Turcão", sindicalista da carta

E na sequência (4/6) publica (página dois) carta do presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo, Alberto Chuairi (1926 – 2013), apoiando a “nova” campanha. O dirigente sindical é o já citado “Turcão”, zagueiro do Palmeiras.

Na edição seguinte, seção “Calendário”, com o título “APELIDOS”, exalta e exemplifica os apelidos que “escondiam” os apelidos “elogiosos” dos craques.

Como os atacantes paulistas “El Tigre” (Friedereinch) e “Le Danger” (Araken Patusta).

E o “Divino Mestre” para o zagueiro carioca Domingos da Guia. Ou na edição de 9/11 e no mesmo espaço com o contraditório carinho para “Mestre Ziza”, o “Zizinho”, o tão combatido diminutivo!

A cantilena continua na edição do dia 21 do mesmo mês.

"A campanha contra os apelidos dos craques" (XIV)

Nilton de Sordi é o primeiro em pé numa formação famosa do Tricolor Paulista

O tema agora dissecado no jornal e revista “Gazeta Esportiva” da fundação Casper Líbero

JOSÉ VANILSON JULIÃO

C. Líbero fundou "A Gazeta"

A continuação da pesquisa agora se concentra no filho e no neto da mídia da capital paulista originados de "A Gazeta".

Ambos da Fundação Casper Líbero (Bragança Paulista, 1889 – Rio de Janeiro, 1943), com nome do mentor e jornalista patrono.

Como não tive acesso as edições de “A Gazeta Esportiva” desde 1947, ano da fundação do jornal inicialmente semanário, a pesquisa se detém de 1955 em diante.

A primeira noção sobre o assunto da série já conhecida pelo leitor aparece não como reportagem, mas em anúncio institucional da revista “A Gazeta Esportiva Ilustrada”.

O número 9.060 (segunda-feira, 16/5/1955) do agora diário veicula a publicidade (acima e a direita da página quatro) da “Ilustrada” (68 páginas).

Enumerando 22 reportagens especiais e três secções de divertimento: “O conto esportivo”, “Página humorística” e “Problemas de palavras cruzadas”.

O destaque é a reportagem de capa em “tecnicolor” (como no cinema): “De Sordi – o grande zagueiro paulista”. “E mais: Apelidos que se tornaram célebres”.

E : “Seleção, espantalho de muitos craques”. “Rápida visão da Portuguesa de Desportos”; “Tanks (sic) do futebol de ontem e de hoje”; “Um estrangeiro por quinzena”; etc.