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domingo, 29 de setembro de 2024

Os emblemáticos apelidos "Cara de Jaca" e "Macunaíma"

Alecrim: Geléia (técnico), Manuelzinho, Miltinho, Orlando, Miro, Berilo de Castro, Hilo, Ferreira (preparador fisco), Caranguejo, Zezé, Galdino, Paulo Tubarão, Oziel Lago e Ferreira (Furiba)

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Noé Soares

Como "voyeur" ocasional do excelente artigo do jornalista e escritor Kolberg Luna Freire – cedido gentilmente para compor as postagens finais da série sobre os apelidos dos futebolistas – tenho dois personagens a destacar para algumas considerações.

O primeiro é o ponta-esquerda carioca Noé Soares do Rego (1/11/1951), vindo da Portuguesa da Ilha do Governador contratado pelo ABC em 1975. Logo na chegada, pela semelhança física com o ator mineiro Grande Otelo, recebe do radialista Francisco Souza Silva, o apelido do personagem "Macunaima" (personagem original do escritor paulista Mário de Andrade), interpretado pelo artista de cinema.

O ator Grande Otelo

O "Macunaima" do futebol tem esta alcunha de presente do repórter, que também era conhecido como "Chico Telefone" nos bastidores da imprensa, eleito vereador e falecido em acidente de carro perto de Mossoró (1986), para diferenciar de outro Noé, o Silva, vindo do Ferroviário cearense na mesma época para o alvinegro.

O segundo é o falecido lateral-esquerdo potiguar Valdomiro Pereira de Melo (10/5/1934), o "Miro", bicampeão (1963/64) e campeão invicto pelo Alecrim (1968). Numa pesquisa em jornais antigos, da década de 60, aparece na imprensa tão somente com o apelido advindo da contração do nome de batismo.

O acréscimo para "Miro Cara de Jaca" começou a aparecer para valer depois que pendurou as chuteiras no começo de 1960 ou mais precisamente nos anos 70, quando passou a trabalhar como roupeiro na concentração do ABC no bairro de Morro Branco.

Sendo um personagem recorrente, duas ou três vezes, do "Cartão Amarelo" e das "Numeradas" do jornalista Everaldo Lopes Cardoso no "Diário de Natal" e no jornal semanário dominical Associado "O Poti".

Ele começou no ABC (onde permanece até 1961), passa ao Atlético e em novembro de 1963 se encontra no Alecrim para retornar em 1968, após vestir a camisa do antigo tricolor Santa Cruz de Natal, Riachuelo (vice-campeão em 1967) e Centro Sportivo Alagoano (CSA).

O “Cara de Jaca” surge por ele ter o rosto, principalmente as bochechas, salpicado de reentrâncias na pele. Talvez em decorrência de varíola. Ou de “espinhas” e “cravos”. Ou também de causa genética.

Clube Atlético Potiguar (1962): Carlinhos, Canindé, Oziel Lago de Souza, Gilvan, Chicó, Biro, Jariam, Miro, José da Rocha Bezerra (Papagaio), Osvaldo Carneiro (Piaba), Paulo Tubarão e Aloísio


FONTES/IMAGENS

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte

Blog No Ataque

Blog O Alerta

Cacá Medeiros Filho

Natal de Ontem

Gol de Placa

IMDb

O Gol

RT Blau

Súmulas Tchê

Times Campeões

 

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