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| Djalma Maranhão |
JOSÉ VANILSON JULIÃO
Sabedor das
minhas pesquisas sobre o futebol potiguar, principalmente a época dos pioneiros,
amadorismo e a era romântica pré inauguração do Estádio Castelo Branco
(4/6/1972), o jornalista Osair Vasconcelos me envia duas páginas de um livro
com informações dos jornais esportivos dos anos 30.
Foi em 29 de
outubro de 2023 que ele manda pelo correio eletrônico os "recortes' do
livro de autoria do areia-branquense com alma mossorense, o jornalista Walter
Wanderley, um dos envolvidos com O Esporte. O impresso do município da
Região Oeste circula entre 1938 e 1939.
Justamente o
mesmo período em que também circula (a partir de junho de 1938) em Natal O
Atleta, fundado por Djalma de Alquerque Maranhão com a participação de
Iaponan Guerra (filho do bacharel Baroncio Guerra) e Severino Viana.
- A façanha
deste jornal, diz o memorialista, foi a campanha que fez em defesa do futebol
mossoroense, diminuído pelo O ATLETA. Eram páginas e mais páginas de desaforos
e impropérios jogados um contra o outro, até que se deu a ida a Natal do Centro
Esportivo Mossoroense, em cuja delegação figurei como representante da AMEA
(Associação de Esportes Atléticos)...
O depoente refere-se
ao jogo América 1 x 3 CEM (6 de janeiro de 1939), no Estádio Juvenal Lamartine,
com os gols dos visitantes de Mundoca (dois) e Raimundo Canuto de Souza, que
também vestiram a camisa rubra do anfitrião. No amistoso seguinte, também na
capital, o Santa Cruz vence o Centro (1 x 0), gol do ponta-esquerda Petrovich
(o irmão do Enélio do Instituto Histórico e Geográfico do RN).
Continua: -
Outra vez em Natal, ainda respirando aquele clima de animosidade que se criara,
estava a conversar com o doutor (Vicente) Farache Neto, na calçada de sua casa
comercial, quando vem pela Rua Doutor Barata, em nossa direção, o jornalista
Djalma Maranhão.
Preparei-me para o pior. Ao passar diante de nós, Farache puxou-o pelo braço e diz: - Walter e Djalma vamos acabar agora com essa besteira." E fazendo blague: "O melhor futebol jogado no mundo é o do ABC."
Assim terminamos
a nossa revolução particular e nos tornamos bons amigos, e até agora quando fui
visitá-lo, asilado, na embaixada do Urugguai, no Rio de Janeiro.
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