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sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Ezequiel pode bater próprio recorde como presidente da Assembleia

Parlamentar já havia ultrapassado os sete anos do anterior: ex-governador Robinson

José Vanilson Julião

Ninguém sabe de quem partiu realmente a ideia, mas presume-se que o pai da proposta seria o maior beneficiado: o presidente da Assembleia do Rio Grande do Norte.

Mas a paternidade tem obra coletiva conforme a imprensa domesticada: da mesa diretiva. Dos secretários ao vice-presidente. Ou seja: uma astúcia multipartidária.

O deputado estadual Ezequiel Ferreira de Souza Filho, no quarto biênio como presidente da mesa diretora, pode alcançar a quinta legislatura no comando do Palácio José Augusto.

Com oito anos de presidência já havia destronado o primeiro recordista, o presidente anterior, o ex-governador Robinson Mesquita de Faria, no comando do Poder Legislativo.

O ex-governador, inclusive, havia ultrapassado em um ano o político que inaugurou os artíficios na surdina para se manter na "giroflex": o prefeito de Natal, Álvaro Dias, fez escola e esquentou o traseiro seis anos.

Se conseguir se eleger mais uma vez Ferreira de Souza estica o recorde para dez anos, o que seria um caso inétido na política nacional. Desconheço esta façanha nas outras unidades federativas.

Desde a primeira redemocratização do País, ao término da II Guerra e a queda do ditador-presidente, o gaúcho Getúlio Dorneles Vargas, não se viu coisa igual entre todos os ex-presidentes do Legislativo.

A maioria dos 27 presidentes anteriores esteve como presidente apenas uma legislatura. Raros os casos com duas.

A contar nos dedos. Inclusive a única mulher presidente, Márcia Maia, presidiu por pouco tempo. Dois meses. Durante licença para a diplomação de Robinson.

Na relação a seguir o detalhe de que o atual presidente tem dois parentes: um tio e o pai.

O casuísmo foi aprovado por unanimidade na quinta-feira (1/12) como Proposta de Emenda à Constituição 04/2022, que permite a reeleição, independente da legislatura, para os membros da Mesa Diretora.

O projeto (PEC) entrou na pauta em 9 de novembro, quando passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e teve admissibilidade aprovada também por unanimidade.

A mudança ocorre dentro do parágrafo 4º do artigo 42 da Constituição Estadual.

Sugiro o leitor acessar reportagem completa do site esquerdista "Saiba Mais".

NOMES E MANDATOS

Tomaz Salustino Gomes de Melo (1947/51)

Sylvio Piza Pedrosa (1951)

Ezequiel Epaminondas Ferreira Filho (1953)

Sebastião Maltez Fernandes (1953/56)

José Augusto Varela (1956/60)

Vicente da Mota Neto (1960/61)

José Vasconcelos da Rocha (1961)

Walfredo Dantas Gurgel (1961/63)

Theodorico Bezerra (1963/66)

Clóvis Coutinho da Motta (1966/71)

Moacyr Torres Duarte (1971/73)

Ezequiel Ferreira de Souza (1973/75)

Dary Dantas (1975/77)

Alcimar Torquato (1977/79)

Luiz Antonio Vidal (1979/81)

Carlos Augusto Rosado (1981/83)

Márcio Marinho (1983/85)

Willy Saldanha (1985/87)

Nelson Hermógenes Freire (1987/89)

Vivaldo Costa (1989/91)

José Adecio Costa (1991/93)

Raimundo Fernandes (1993/95)

Leonardo Arruda Câmara (1995/97)

Álvaro Costa Dias (1997/2003)

Robinson Mesquita de Faria (2003/2010)

Márcia Maia (2010/11)

Ricardo Coutinho da Motta (2011/15)

Ezequiel Ferreira de Souza filho (2015/2022)


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