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sexta-feira, 25 de junho de 2021

O treinador uruguaio do América (XVIII)

O treinador uruguaio Graciano Acosta Torres (último em pé à direita) no Goiás em 1951

A saga pelos clubes grandes da capital e interior de Goiás

José Vanilson Julião

Após 13 anos no futebol nordestino, como um autentico bandeirante, Graciano Acosta Torres desbrava o Centro-Oeste. A primeira façanha: o título que não valeu pelo Goiás (1951).

O cronista Hélio Rocha (Jornal Opção, 13/9/2020) revela que a véspera da decisão pela primeira vez o treinador Acosta sugere a concentração na Fazenda Capivara, imediações, hoje, do Campus II (Universidade Federal)

Empata e vence o Goiânia (13/1/52), que protesta pela melhor de três partidas e não de três pontos. O alvinegro perde na justiça desportiva, mas ganha recurso em instancia superior. Com a insistência do dirigente alvinegro, Joaquim da Veiga Jardim, em 1957, seis anos após, 2 x 3 Goiânia, de virada.

O Goiânia recorre a CBD dia 28/1/52. Dia seguinte Acosta treina o elenco goiano pela primeira vez visando o campeonato de Seleções. Em 12 de fevereiro envia carta ao presidente da Federação pedindo perdão para os jogadores Foca e Palhaço.

Dia 21 cogita deixar o cargo para cuidar de um comércio no bairro Campinas (capital). O presidente interino da Federação, José França, a continuar.

Pelo selecionado: 2 x 0 Mato Grosso (23/3/52) e MT 2 – 1 (30/3). Na prorrogação o selecionado do estado pantaneiro abandona o campo.

Chega ao fim o casamento com o alviverde (15/4) e o dirigente Luiz Gonzaga Contart o acusa de não devolver 21 mil cruzeiros emprestados. Depois envia carta aos jogadores manifestando interesse em voltar ao clube (18/7).

Em 24/9 o treinador Pão Duro deixa o Goiás. Cogitados Teodorico e Acosta. O gringo está no clube amador Najar, em Araxá/MG (31/1/53). Está próximo de selar o retorno (10/2). Estréia na vitória sobre a União (25/4).

O depois vice-presidente da Associação Goiana de Imprensa, de Ituverava/SP, Luiz Gonzaga Contart, foi fundador da Associação Brasiliense de Cronistas, sendo escolhido primeiro presidente na assembléia geral (25/8/1960).

Também funda um dos primeiros clubes brasiliense: o Planalto (1961). Foi diretor das rádios Alvorada e Independencia e diretor do Diário Carioca (Distrito Federal). Publicou livros. Faleceu em Goiania aos 76 (4/9/2001).

Depois de dois treinadores o presidente rubro-negro, Antonio Acioly, contrata Acosta, mas este abandona o barco. Contudo o Atlético termina campeão invicto (1957). Com o treinador Ziza (veio do mineiro Poços de Caldas). E o professor Nascimento (veio do Goiás). A entrega de faixa em amistoso contra o Botafogo (Buriti Alegre) no Estádio Antonio Acyolli (domingo, 26/1/1958).

Em 16/1/1958 se encontra no Ipiranga (Anapólis). Depois é contratado pelo América (Morrinhos).

Em 13/7/1958 o periódico publica enquete com 11 cronistas esportivos sobre a indicação do treinador para o selecionado goiano.

Entre os votantes profissionais das rádios, Anhanguera, Brasil Central, Clube (a pioneira Associada fundada em 1947) e Difusora, além dos diários O Popular e JORNAL DE NOTÍCIAS:

Baltasar de Castro, Luís Rótoli, Luiz Augusto, Luiz de Oliveira Machado, Cunha Júnior, G. P. Vasconcelos, Ovídio Inácio Ferreira, José Natal, Francisco Negrão de Faria, Hélio de Oliveira e Lisita Júnior.

Resultado: Carlos Ribeiro do Nascimento (seis votos), Graciano Acosta Torres (três) e Fidêncio Lobo (dois).

Apontados para auxiliar técnico: Chico Negrão (quatro), Nascimento (três), Fidêncio (dois) e Acosta (um).

5/12/1958 está no Goiás. Em agosto no Campineira da capital. O ex-treinador do Vila Nova deixa o clube em 8/10 e o diretor Antonio Rocha assume no lugar do "temperamental" Acosta.

 

FONTES

Jornal de Notícias

Jornal Opção

TV Candangão

 

 

3 comentários:

  1. O período de Graciano Acosta está ausente no America FC de outubro de 1954 a janeiro de 1955.

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    1. Ainda vou chegar lá. Primeiro vai ter os sucessores entre 50/54. Depois o retorno para a terceira e última passagem.

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    2. Ainda vou chegar lá. Primeiro vai ter os sucessores entre 50/54. Depois o retorno para a terceira e última passagem.

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