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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

O jogador potiguar parceiro do famoso cantor (V)

O menino prodígio como cantor ganha status de estrela do cinema nacional

“PAJEÚ” RETORNA PARA O ABC FC E O MENINO AGNALDO RAYOL ESTREIA NO CINEMA NACIONAL

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Após pouco mais de dois anos no antigo Santa Cruz da capital potiguar – de maio/1946 a junho/1948 – o atacante Geraldo José Silva Júnior, o “Pagéu”, retorna ao ABC.

Depois do tricolor ficar na segunda colocação do campeonato estadual de 1947 ao enfrentar o alvinegro quatro e não três vezes como afirmado anteriormente nesta série.

Com uma vitória surpreendente do Tricolor os resultados: 1 x 2 (29/2/1948) com gol de honra de “Pageú”; 1 x 1 (quinta-feira, 4/3); 4 x 1 (24/3); 0 x 2 (28/3).

O ABC retoma a hegemonia local depois do título do América/RN em 1946 desde o bicampeonato de 1930/31. Intercalada com a única faixa tricolor em 1943.

Passa 1948/50 e “Pageú" continua no ABC até o começo da década seguinte. No fim da carreira atua em algumas equipes suburbanas de menor expressão pelo interior do RN.

Neste interim, no Rio de Janeiro, um garoto de 11 anos estreia numa produção do cinema nacional. É um dos astros da fita “Também somos irmãos” (1949).

Um drama do diretor pernambucano José Carlos Queirós Burle (Recife, 1910 – Atibaia/SP, 1983), da companhia cinematográfica “Atlântida”, mais famosa pelas “chanchadas”.

O menino Agnaldo Coniglio Rayol faz o papel do astro e galã Jorge Dória quando criança. Também são interpretes Grande Otelo, Jece Valadão, Átila Iório e Ruth de Souza.

O jogador potiguar parceiro do famoso cantor (IV)

Agnaldo Rayol com Ronald Golias e em cena do filme "Também somos Irmãos"

“PAGEÚ” SAI DO ABC PARA TEMPORADAS NO ANTIGO TRICOLOR SANTA CRUZ NATALENSE

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Depois de começar o primeiro semestre de 1946 no ABC, sendo campeão do Torneio Início (29/4), Geraldo José Silva Júnior, o “Pageú”, aparece no antigo Santa Cruz (definitivamente licenciado pela segunda vez em 1967), quando o tricolor vence (4 x 2 – domingo 26/5) – inclusive com um gol dele – o Tabajaras de João Pessoa, depois do clube paraibano perder para o Alecrim na data anterior (5 x 2).

O futuro parceiro do recém falecido cantor carioca Agnaldo Coniglio Rayol permanece na equipe para o campeonato estadual. E está no ataque santa-cruzense na derrota no amistoso (1 x 4) contra o Bahia (quinta-feira, 5/12/1946), na última exibição da excursão do clube de Salvador em Natal, depois de empatar com o América e vencer o ABC.

No primeiro semestre de 1947, após enfrentar em amistosos o antigo clube, se faz presente no amistoso interestadual contra o Fortaleza (0 x 5 – sexta-feira, 23/5). Mas no final do mês (domingo 25) retorna ao alvinegro no amistoso contra o Juventus, um time de estudantes natalenses que chegou a participar do campeonato estadual em três temporadas.

Em seguida, pelo tricolor, é campeão do torneio Início (domingo 1/6) contra o Potiguar do distrito de Parnamirim (emancipado da capital em 1958), fundado no ano anterior. E acaba vice-campeão potiguar em decisão com série de três partidas para o ex-clube (a competição é finalizada em maio de 1948).

terça-feira, 5 de novembro de 2024

O jogador potiguar parceiro do famoso cantor (III)

No recorte da revista Agnaldo Rayol revela ser torcedor do Vasco da Gama

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O atacante Geraldo José da Silva Júnior ("Pajeú") vai marcando seis gols no clássico ABC x América – três deles em um só jogo pelo campeonato estadual – e a três mil quilômetros de distância um garotinho grava um disquinho particular.

Agnaldo Coniglio Rayol, nascido em 3 de maio de 1938, aos três anos, em 1941, registra a voz no acetato colorido em uma agência dos Correios e Telégrafos. Na época havia estúdios com microfones “jacaré” forrados de chita.

O tio Edgard e avó Anésia quiseram fazer uma surpresa para os pais do menino – os descendentes de italianos Agnello Vasconcelos Rayol (paraense) e Rosa Coniglio (carioca) –, e, sem querer, deram início à carreira do garoto.

Aos cinco anos estreia como talento mirim na Rádio Clube do Rio de Janeiro e na Nacional participa do programa “Papel Carbono (de Renato Murce).

Em Natal Pajeú marca três gols em América 2 – 4 ABC (domingo, 26/11/1944) pelo campeonato estadual.

E participa da goleada (6 x 3) na decisão da competição que entra pelo ano seguinte (domingo, 4/3/1945), com o alvinegro campeão invicto.

No resto do ano e até março de 1946, em partidas oficiais e torneios amistosos, coleciona mais três vitórias e apenas uma derrota.

FONTES/IMAGENS

A Ordem

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte

Revista do Rádio

Assessorn

Embrashow

Memória do Torcedor Vascaíno

Museu Mazzaropi

NETVASCO

Rádio na História

O jogador potiguar parceiro do famoso cantor (II)

Uma pena o redator não ter a identificação da turma abecedista nos anos 40

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Para começo de conversa há o mistério a ser desvendado (fica para depois) da existência de dois jogadores com o apelido “Pageú”, primeiro o zagueiro em ação na segunda metade dos anos 30.

Com o alvinegro em excursão para João Pessoa (agosto de 1938) e em setembro do mesmo ano durante amistoso na cidade de Mossoró (região oeste do Rio Grande do Norte). E no ano seguinte no América/RN.

A dubiedade permanece até pelo menos janeiro 1943, quando é registrado um jogo entre “pratas da casa” e “valores de fora”, envolvendo o elenco abecedista com os atletas potiguares:

Edgar Pinheiro Câmara, João Batista de Souza (Gageiro), Manoel Nascimento da Silva (Nezinho), Zé Lins Aranha, Antônio Acácio do Nascimento, Valdemar, Taperoá, Demóstenes César da Silva (aquele do Botafogo e do futebol colombiano na época do “El Dorado” ou “Liga Pirata”) e Francisco Canindé do Nascimento (Tico).

E forasteiros, como o sargento Moacir Ribeiro da Silva (técnico americano no final dos anos 50), o pernambucano João Bezerra de Lira (Joãozinho) – gráfico que faleceu no Rio de Janeiro e pai do atacante Gilson Lira (do ABC nos anos 70) – Raimundo Harri Costa Ramos e Souza (Badof), também atleta do alvirrubro e Clube Atlético Potiguar, muitos alvos de artigos especiais anteriormente.

O personagem central, o atacante Geraldo José da Silva Júnior – o futuro músico companheiro do cantor Agnaldo Rayol no “Trio Puracy” dos anos 50 – em 1943 está nos aspirantes e titular em amistosos ou entrando em campo por clubes amadores.

Pelo alvinegro é campeão do Torneio início (1944) e considerado “veterano” em treino contra “novatos”. E campeão estadual invicto de 1944 (a competição entrou pelo ano seguinte) e bi (1945).

Está no amistoso (1/4/1945) contra o freguês Maguari (3 x 0), derrotado três vezes antes: 2 x 1, 3 x 1 (1929) e 3 x 2 (1936).

E campeão mais uma vez do torneio início (abril de 1946). Neste mesmo ano se incorpora ao elenco do antigo tricolor Santa Cruz de Natal.

FONTES

A União

A Ordem

Diário de Natal

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

O jogador potiguar parceiro do famoso cantor (I)

Agnaldo Rayol falece em decorrência de acidente doméstico

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Há um ano e meio, no máximo dois anos, período em que comecei para valer a escrever diariamente para o blog, havia detectado o assunto e pesquisado, superficialmente, o envolvimento de um ex-jogador de futebol potiguar com um famoso cantor.

A notícia de que o Agnaldo Rayol faleceu nesta segunda-feira, em um hospital da capital paulista, me fez precipitar a publicação dos dados preliminares que colhi neste tempo, pois o mesmo é o referido artista parceiro do antigo futebolista.

Sobre o cantor nascido em Niterói, mas radicado em São Paulo, obviamente, são vastas as fontes e informações da carreira de quase sete décadas.

Mas do antigo atleta amador, o norte-rio-grandense Geraldo José da Silva Júnior, conhecido como “Pajeú”, quase nada existe, além do nome e da naturalidade.

Assim como fez carreira mais longa no alvinegro ABC Futebol Clube e com passagem rápida pelo antigo tricolor Santa Cruz de Natal.

E de que era o percursionista do “Trio Puracy”, composto ainda por Percy Aires Amorim e Silva, e, claro, o cantor Agnaldo Rayol.

É esta inusitada história que passamos a contar a partir de agora. E detalhar no que for possível. Para matar a curiosidade do fiel leitor.

FONTES

A Ordem

Diário de Natal

O Poti

Revista do Rádio

Tribuna do Norte

Assinaturas do Rei do Futebol espalhadas pelo país (FINAL)

Pelé e Ribamar, uma imagem para se guardar no coração, sempre!

JOGADOR POTIGUAR PAPARICA FUTEBOLISTA PELA TARDE, NOITE E MANHÃ ANTES DO JOGO

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O ex-jogador e militar reformado da Aeronáutica, o macauense José Ribamar Cavalcante, tem orgulho de guardar um verdadeiro documento histórico com a assinatura de Edson Arantes do Nascimento, ou melhor, “Pelé”.

Em gravação a pedido do repórter ele disse que o autógrafo da majestade do esporte é ainda mais importante pelo fato de ter sido conseguido com ele ainda no auge da carreira, no ano seguinte a conquista do tricampeonato mundial no México (1970).

E mais uma particularidade: meses depois dele se despedir oficialmente do selecionado nacional e três anos antes de fazer a segunda despedida mais importante, o último jogo pelo Santos, e a quatro temporadas de assinar pelo Cosmos de Nova Iorque.

Ribamar Cavalcante – ele mesmo alvo de uma excelente biografia escrita pelo jornalista Kolberg Luna Freire sem ter o estrelato máximo de um atleta provinciano – contou que conseguiu entrar no Hotel Reis Magos graças a intervenção de um amigo funcionário.

Não somente no sábado, durante a sessão vespertina de autógrafos, mas também a noite, no exclusivo coquetel no hotel da Praia do Meio, então o mais chique da cidade, inaugurado pelo governador Aluízio Alves em 1965, desbancando o Grande Hotel da Ribeira, aberto em 1938/39, antes da II Guerra.

E se não bastasse a abordagem do sábado, como provam as fotos ao lado de repórteres e radialistas, Ribamar confessa até que no domingo pela manhã, antes do jogo da tarde, estava lá, embevecido, acompanhando o Rei para lá e para cá.

Assinaturas do Rei do Futebol espalhadas pelo país (XXII)


Reforço para a temporada marca gol de honra americano no amistoso contra o Santos

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O atacante cearense José Fidélis de Amorim (Fortaleza, 21/10/1949) é um dos reforços do América/RN para a temporada de 1971.

Chega em abril de 1971 como indicação do treinador Francisco Barbosa Gomes ("Caiçara").

O técnico cai, sendo substituído por Osiel Lago de Souza, depois substituído interinamente por Francisco Freire da Silva “Tonício”, e, finalmente, João Paulo de Oliveira, o “Pinguela”.

Mas ele permanece até o fim do ano e totaliza 36 participações (jogos oficiais e amistosos).

E faz sete gols, jogos oficiais e amistosos, inclusive o da abertura da contagem contra o Peixe.

Amorim veio do Fortaleza, passa ao Tuna Luso, Paysandu (capital paraense), Moto Clube de São Luís (Maranhão) e encerra a carreira no rubro-negro Sport Belém.

Assinaturas do Rei do Futebol espalhadas pelo país (XXI)

Ribamar espera o Rei terminar a assinatura no verso da foto no coquetel do  hotel

MAIS CURIOSIDADES E PORMENORES DO PELÉ NA CAPITAL DO RIO GRANDE DO NORTE

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O garoto famoso, Everaldo Lopes Cardoso,
Ribamar (preto) e Edvaldo Pereira (óculos)

Ao começar a série sobre a primeira estadia do Pelé em Natal (dezembro de 1971) deixei por último, como encerramento, o depoimento do ex-jogador e memorialista potiguar José Ribamar, o guardião do provável único autógrafo que restou da sessão vespertina de assinaturas no pergolado do Hotel Reis Magos (do qual não resta nem as paredes).

Mas antes de pedir uma fala gravada em rede social procurei ver se havia alguma coisa na biografia de Ribamar Cavalcante, escrita pelo jornalista Kolberg Luna Freire e lançada o ano passado.

Acredito que por lapso do próprio biografado ou por descuido do escritor do livro organizado pela Editora Primeiro Lugar - a partir de iniciativa do conterrâneo macauense e professor João Maria Fraga - não há uma linha sequer sobre o assunto.

Situação perdoável pela riqueza do personagem, pois não se é obrigado a lembrar de tudo, tanto pelo lado do alvo como pelo biógrafo numa empreitada complexa dessa natureza.

Outro pormenor que não poderia deixar de citar, durante a permanência na sabatina (11/12), um dia antes do jogo, do Pelé na piscina, a também presença do então iniciante repórter, narrador e jornalista aposentado Edvaldo Pereira, o "Chapinha", que aparece numa foto ao lado de Ribamar, do jornalista Everaldo Lopes Cardoso e do desconhecido garotinho loiro, entre outros curiosos.

Assinaturas do Rei do Futebol espalhadas pelo país (XX)

O garoto propaganda da instituição bancária é paparicado no hotel em Natal

Curiosidades sobre a primeira presença de Pelé na capital do Rio Grande do Norte

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O maior furo de reportagem desta série sobre a primeira estadia do Santos com Pelé em Natal (segunda semana de dezembro de 1971) seria identificar o garoto loiro que aparece como papagaio de pirata na sessão vespertina de autógrafos no pergolado da piscina do Hotel Reis Magos (Praia do Meio).

O menino, de camisa listrada e short ou calça segura por um cinturão, está em duas fotografias cedidas pelo ex-jogador de futebol e memorialista José Ribamar Cavalcante.

Inclusive na imagem em que aparecem o editor de esportes do "Diário de Natal", o falecido jornalista Everaldo Lopes Cardoso, e o próprio Ribamar, que guarda uma assinatura do Rei do Futebol no verso de uma foto.

A segunda foto o garotinho esperto e furão está ao lado do Pelé e do então recém eleito presidente da Associação dos Cronistas Esportivos, o também falecido locutor esportivo Roberto Machado (Severino Bartolomeu familiarmente), da Rádio Cabugi, que tinha como vice na ACERN o radialista Décio Fonseca (Rádio Nordeste).

 

TROCAS DE ROUPAS

O que ninguém percebeu, em todas as reportagens rememorativas, nas fotografias dos eventos sociais no hotel, na sessão de autógrafos ele aparece com camisa colorida de manga curta, e a noite, no coquetel, com outra também estampada, mas de manga comprida.

O "penetra" Ribamar Cavalcante, que respirava e ainda respira futebol 24 horas, também muda o vestuário. Na borda da piscina está de camisa escura (preta ou azul?) e a noite segue a moda colorida do famoso futebolista, na recepção encomendada pelos diretores do Banco Industrial de Campina Grande, do qual Pelé era relações públicas na Baixada Santista.

Assinaturas do Rei do Futebol espalhadas pelo país (XIX)

Os esquadrões perfilados. Imagem cedida por um filho do pernambucano "Tuta"

“Pachequismo” potiguar reclama da arbitragem pela falta que resulta no gol de Pelé

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Muito já se escreveu sobre o único amistoso da história no tradicional e acanhado Estádio Juvenal Lamartine: América/RN 1 x 2 Santos (domingo, 12/12/1971).

A cobertura da imprensa foi uniforme em dizer que o time americano jogou muito melhor do que a equipe da famosa camisa totalmente branca.

E também uníssima em questionar arbitragem do trio local: Jáder Correia da Costa/RN (central) e bandeirinhas. Vejam só o que sai na capa do “Diário de Natal” (segunda-feira 13):

- Paradoxalmente a arbitragem não agradou. O excesso de zelo continua sendo a tônica dos nossos árbitros em jogos interestaduais e prejudicam os clubes locais. Ontem o fato voltou a ser notado, não somente do árbitro, como do auxiliar Luís Meireles, com impedimentos fantasmas.

Na edição do dia seguinte o jornal Associado ainda teve o desplante de voltar ao assunto em entrevista casual com Jader Correia: - Estão reclamando por eu ter dado a falta que redundou no gol de Pelé? Queriam que não desse faltando um minuto? E se fosse o contrário? (Gols: Amorim 38, Edu 54 e Pelé 90)

Ainda no rescaldo da cobertura uma entrevista com Cícero Ferreira da Silva (com fotos do falecido Paulo Saulo), o ponta-esquerda do Botafogo paraibano recém contratado pelo Peixe.

Quando ele é lembrado pelo teste no ABC dois anos antes, ao lado do meia Zito e do atacante César (os dois últimos acabaram contratados), falecido recentemente e alvo de reportagem exclusiva deste blog.

OS PROTAGONISTAS

América: Jairo, Batata, Cláudio, Ivo, Duda, Osmar, Zé Gobat, Bagadão, Tuta (Zé Roberto), Petinha e Amorim. Treinador: João Paulo de Oliveira (“Pinguela”)

Santos: Cejas, Orlando Lelé, Paulo, Oberdan, Rildo, Leo, Dicá (Nenê), Jader, Edu, Pelé e Ferreira. Treinador: Mauro Ramos de Oliveira

domingo, 3 de novembro de 2024

Assinaturas do Rei do Futebol espalhadas pelo país (XVIII)

Vitória: Guta, Pinguela, Nadinho, Elói, Valvir, Jaiminho, Zingone, Alencar, Aducci, Vermelho e Joãozinho/Revista Esporte Ilustrado


De quem se trata o comandante americano na beira do gramado contra o Santos

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O treinador santista, Mauro Ramos de Oliveira, dispensa maiores comentários. Foi campeão no São Paulo, Santos e bicampeão mundial pelo selecionado (1958 e 1962).

Mas de quem se trata o técnico americano João Paulo de Oliveira (Ponte Nova/MG, 24/6/1928 – Salvador/BA, 13/5/2006)?

De apelido "Pinguela", desde menino, não sabia a origem da alcunha, permaneceu no América/RN no segundo semestre de 1971.

No alvirrubro da capital potiguar chegou em outubro e somou 15 jogos entre oficiais e amistosos. Perdeu o campeonato estadual para o ABC após o amistoso com o Peixe.

Como jogador começou no mineiro Metalusina (1946) e passou ao Bangu, Fluminense, Vitória de Salvador (campeão em 1955), Bahia, Náutico e Itabuna. Defendeu a seleção mineira (1947) e foi o primeiro campeão no Maracanã pelo Bangu (Torneio Início de 1950).

A carreira de treinador: Bahia, Vitória (décimo com mais jogos: 110), Centro Sportivo Alagoano (campeão em 1963 e 1968), Clube de Regatas Brasil (campeão em 1964 e 1970) e Capelense de Capela (campeão em 1089).

Bangu: Mirim, Pinguela, Djalma, Mendonça (pai do meia botafoguense), Osvaldo Topete, Rafanelli, Menezes, Zizinho, Joel, Moacir Bueno e Nívio


FONTES/IMAGENS

Diário de Natal

Tribuna do Norte

Arena Rubro-negra

Bahea na História

Bangu AC

Blog do Sorrentino

Memórias do EC Vitória

Museu da Pelada

O Gol

Sempre Bangu

Terceiro Tempo

Torcida Bahia

Assinaturas do Rei do Futebol espalhadas pelo país (XVII)

Alberi com a Bola de Prata da PLACAR: homenagem no ano seguinte ao amistoso

Figurinhas carimbadas ficam na história pela preliminar do amistoso América e Santos

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Hélio Lopes e o neto no finado "Machadão

A semana que antecedeu o único amistoso da história – América/RN 1 x 2 Santos (domingo, 12/12/1971 – serve para ajustes numa suposta crise entre os clubes potiguares.

Primeiro para acomodações das partidas antecipadas ou adiadas nas últimas duas rodadas do turno final do campeonato estadual.

Segundo para acertar a preliminar – ABC x Alecrim – da rodada dupla domingueira. Pois inicialmente, conforme a boataria – o Peixe enfrentaria um selecionado ou combinado.

Pela imprensa o alvinegro e o esmeraldino receberiam Cr$ 2.500, enquanto o Força e Luz mil cruzeiros pela cessão da data.

Enquanto isso a diretoria abecedista anuncia a possível contratação de mais um reforço para o primeiro amistoso da tarde: o ponta-direita paraibano Lima (acaba não vindo).

“ABC incompleto virou presa fácil e perdeu”. Foi o título de um dos jornais que fez a cobertura do “esfria sol” no “Juvenal Lamartine”.

Com placar do primeiro tempo: Morais 17, Valfredo 37 e Alberi 44. Arbitragem: Guaraci Augusto Picado e os bandeirinhas Nelson Luzia da Silva e Wellington Ramos.

ABC: Aurílio, Biu, Edson, Josemar (Manoel), Valdecy Santana, Nunes (Soares) (Baltasar), Gonzaga (Josenildo), Petruci, Alberi, Armando e Soares. Treinador: Manoel Veiga.

Alecrim: Bastos, Nino, Válter Cardoso, Tico, Cido, Pedrinho, Vasconcelos, Ivo, Elson (Capiba), Valfredo e Morais. Treinador: Hélio Lopes do Nascimento.

sábado, 2 de novembro de 2024

Assinaturas do Rei do Futebol espalhadas pelo país (XVI)

Bauru Atlético Clube (infantil): Osmar, Grillo, Paçoca, Zoel, Aniel, Esquerdinha, Maninho, Pelé, Miro, Pérsio e Leleco

Redator escapa de repetir gafe homérica pela informação errada publicada pelo jornal natalense

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Ao longo desta série alguns detalhes da carreira do Pelé há bastante tempo conhecidos foram recuperados, porém o repórter escapou de cometer uma gafe fenomenal tendo como pivô os apelidos do Rei do Futebol quando criança e adolescente.

Até manjou um título para a postagem sobre uma possível alcunha pouco conhecida do menino dos tempos do “Baquinho”, o time infantil do Bauru Atlético Clube, que, na verdade, pertencia a um dos garotos da equipe.

É por demais sabido que Edson Arantes do Nascimento tem o “Pelé” como alternativa do “Bilé”, um goleiro companheiro do pai “Dondinho” no interior mineiro.

Ou que foi até chamado de “Gasolina” quando chegou aos 15 anos no Santos Futebol Clube.

Como também foi chamado de “Júlio” pelos jogadores do Peixe pela semelhança com o antigo goleiro Julião (não é parente do redator).

O engano foi largado de última hora pela pesquisa. Com o fim de confirmar se ele era mesmo o “Paçoca” do BAC.

Tudo isso em virtude do “Diário de Natal” (sexta-feira, 10/12/1971), no dia da chegada do famoso futebolista em Natal, ter cometido o erro numa das reportagens.

A engano, então, fica com o jornal Associado, que, de positivo, tem a reportagem ilustrada com fotografias raras na ocasião e atualmente facilmente encontradas na rede.

Uma das imagens é justamente uma já publicada no começo desta série: o menino Edson na escola.

Enfim, o verdadeiro “Paçoca” se chamava Sérgio Gonzales, que morreu dono de um bar na cidade do interior paulista.

FONTES/IMAGEM

Diário de Natal

Folha de São Paulo

Placar

Guia dos Curiosos

Santos Futebol Clube

Terceiro Tempo

Assinaturas do Rei do Futebol espalhadas pelo país (XV)

Pelé e Ferreira antes de Santos x Botafogo/PB (quarta-feira, 15/12/1971),
em João Pessoa, como pagamento do passe do ponta-esquerda paraibano que chegou a fazer teste no ABC (1969)/Acervo: Raimundo Nóbrega

A renda decepcionante do jogo causa prejuízo a promoção da agência  de publicidade “Dumbo”

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Quatro décadas e meia depois do amistoso América/RN 1 x 2 Santos (domingo, 12/121971), quando me encontrava na cidade do Açu em recuperação de acidente doméstico (2015/16), o publicitário Joacy de Macedo Medeiros – durante uma visita a uma amiga (Maria Lúcia Soares) e prima do redator – confidenciou o que a imprensa noticia na época: a decepção com o público e a arrecadação.

O redator já publicou superficialmente (em agosto do ano passado, inclusive com a ficha técnica ou súmula, o resultado do jogo), quando fez uma série inédita de reportagens com fotografias raras sobre um dos protagonistas dentro de campo, o atacante pernambucano José Walter Fernandes de Oliveira, o “Tuta”, como reforço do América/RN no segundo semestre de 1971 e oriundo do Sport Clube Recife.

Mas agora, inicialmente, é relacionada e detalhada delegação santista. Composta por 27 pessoas, sendo 17 jogadores e mais dez entre dirigentes e pessoal de apoio, entre os quais, Katutoshi Ono (presidente), Salvador Cichelo (diretor), José Neves Teixeira (administrador), Armindo D’Aló Salermo (médico), Mauro Ramos de Oliveira (treinador), Olívio Soares (mordomo) e Macedo (massagista).

Atletas: Agustin Mario Cejas, Joel Mendes (goleiros), Orlando Pereira, Paulo Roberto Davoli, Oberdan Vilain, Luiz Paes Leme (Turcão), Rildo Costa Menezes (zagueiros e laterais), Roberto de Oliveira (Léo), Ronaldo Barsotti (Pitico), Oscar Sales Bueno (Dicá), Berlarmino Júnior (Nenê) – volantes -. Jader Gonçalves, Jonas Eduardo Américo (Edu), Edson Arantes do Nascimento (Pelé), Cícero FERREIRA, Manoel Maria Evangelista e Adilson DAVI (um cunhado do rei), meias e atacantes.

 

FONTES/IMAGENS

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte

Globo Esporte/PB

Informações