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domingo, 7 de abril de 2024

A rara fotografia do presidente americano (VI)

O casal Hugo Manso Maciel na crônica social e no noticiário policial da capital potiguar

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Hugo M. Maciel

O casal Hugo Manso/Terezinha Torres Maciel toma assento no pássaro de prata da Cruzeiro do Sul (prefixo PP CCO) com destino ao Rio de Janeiro (segunda-feira, 22/3/1948).

Eles são os únicos passageiros com viagem para a então capital federal. Fazem companhia a um passageiro com destino a Salvador e mais oito para o Recife.

Incluindo Alberto Galvão de Moura, um dos fundadores do licenciado Santa Cruz Esporte e Cultura e futuro dirigente do Sport Clube Recife (já foi alvo de reportagem exclusiva no blog).

Hugo Manso somente reaparece na imprensa potiguar 14 anos depois. Quando é citado pela colunista social Kathia Suelly, do "Diário de Natal" (quarta-feira, 24/10/1962).

Ele é um dos diretores, ao lado de José Elísio Cavalcanti, do Aero Clube de Natal. Envolvido com evento da "Semana da Asa" em comemoração ao "Dia do Aviador".

Com palestras e cobertura das rádios Trairi, Emissora de Educação Rural, Nordeste e Poti (Associada).

Entre 1963 e 1964 Teresa Manso Maciel é alvo de nota social e o marido comparece ao noticiário policial, como vítima, por ter a residência arrombada por um ladrão confesso.

quinta-feira, 4 de abril de 2024

A rara fotografia do presidente americano (V)

Futuro dirigente do alvirrubro potiguar é membro de uma tradicional e grande família secular

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Felinto Elisio Manso Maciel

Durante a pesquisa para o perfil do ex-jogador juvenil do Náutico e futuro presidente do América/RN acabo verificando a enorme parentela do major Hugo Manso Maciel.

Como a série não trata da formação da árvore genealógica da grande família não entro em maiores detalhes sobre os laços familiares do ex-dirigente do alvirrubro potiguar.

Mas para o leitor ter uma ideia relaciono superficialmente a origem do clã, mesmo sem detectar a afinidade do oficial da Aeronáutica Hugo Manso com os demais membros.

Mais aproximadamente e para encurtar a história a genealogia começa com Bento Manso Ferreira Maciel e Romana Maria da Conceição.

O casal gera o antigo militar e depois comerciante Felinto Elísio Manso Maciel (1873 – 1958), pai do general Rolindino (1913 – 2003) e do tenente Alberto (1909 – 1985).

Entre os parentes, acredito que primos, tios e afins, ainda o prefeito de Nova Cruz, nomeado por duas vezes (1927/29 e 1938/41), Amaro Manso.

O general Rolindino Manso Maciel, quando tenente-coronel, em 1962, era o chefe do recrutamento militar no bairro da Ribeira. O tenente Alberto Manso Maciel foi titular da II Delegacia de Polícia.


FONTES

Diário de Natal

Family Search

Nova Cruz Assim

quarta-feira, 3 de abril de 2024

A rara fotografia do presidente americano (IV)

O jogador juvenil do Náutico, futuro dirigente do América/RN, some da imprensa na véspera da guerra

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Missal do sogro do major Hugo Manso Maciel

Sete meses antes de completar 17 anos (novembro de 1937) o jovem zagueiro potiguar Hugo Manso Maciel ingressa no juvenil do Clube Náutico Capibaribe.

E aos 19 incompletos, poucos dias antes da Alemanha nazista invadir a Polônia (9/9) e dá início a II Guerra Mundial, aparece pela última vez relacionado nos treinamentos do alvirrubro do Recife.

O nome dele some das páginas da imprensa. Indicando provavelmente que, no começo da década de 40, está engajado no serviço militar depois dos estudos secundários na capital pernambucana.

Com o final do conflito mundial (1945) na segunda metade dos anos 40, contrai matrimônio com Teresinha Torres Maciel.

Há 1948 há registro como passageiros da Cruzeiro do Sul (vindo de Belém com escalas em Fortaleza e Mossoró), do aeroporto de Parnamirim, com destino do casal ao Rio de Janeiro.

Teresinha, como dito por Leonardo Arruda Câmara, é uma das três filhas do agropecuarista Totô Jacinto (9/4/1887 – 1/7/1969), avó do ex-deputado estadual e ex-presidente do ABC.

A fotografia rara do presidente americano (III)


Súmulas e expediente provam que Hugo Manso Maciel jogou três temporadas pelo Náutico do Recife

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Entre maio de 1937 e agosto de 1939 o jovem zagueiro Manso é citado pelo menos 40 vezes em convocação para treinamentos dos juvenis do Clube Náutico Capibaribe.

Nas duas primeiras temporadas é relacionado somente para o quadro da base do alvirrubro da Avenida Conselheiro Rosa e Silva.

Mas a partir de janeiro de 1939 começa a ser mencionado para treinamentos entre os reservas e o elenco principal do "Timbu".

Para comprovar a participação do futuro militar e presidente do America de Natal como jogador no Recife o blog mata a cobra e mostra o pau.

Com uma das fichas técnicas das partidas pelo campeonato juvenil (ver abaixo).

Mas é no "Diário da Manhã" (quinta-feira, 6/5/1927) que aparece a prova definitiva.

Quando é publicado o expediente oficial do Gabinete da presidência da Federação Pernambucana de Futebol.

Relacionando as inscrições de oito juvenis no Náutico, entre eles o potiguar Hugo Manso Maciel.

Para não ser confundido com o companheiro, o goleiro Hugo Antonino Ramos, o "Hugo", era mencionado na imprensa como "Manso".

Entre os companheiros do norte-rio-grandense Manso, nos treinamentos, o argentino José Bermudes Romero, campeão pernambucano pelo Tramways.

O amador Manso também participa do campeonato interno de basquetebol do alvirrubro.

 

FICHA DO JOGO

Náutico 0 x 5 Santa Cruz

Data: domingo, 8/8/1937

Competição: Campeonato juvenil

Árbitro: Alonso Rodrigues de Souza

Gols: Biliu (3), Josmar e Ayron

Náutico: Joaquim (Hugo), Célio, Ubirajarara, Manso, Lima, Betinho, Lapa, Eugenio, Stenio, Evaristo e Clovis

Santa Cruz: Romildo, Clóvis, Humberto, Tota, Abdias, Mário, Josmar, Ayron, Biliu, Valfrido e Edson

 

FONTES

Diário da Manhã

Diário de Pernambuco

Jornal Pequeno

Súmulas Tchê

terça-feira, 2 de abril de 2024

A rara fotografia do presidente americano (II)

Centro Rural Totô Jacinto recebe o nome do antigo proprietário e fazendeiro

Sogro do dirigente e major Hugo Manso como fazendeiro na região agreste potiguar

Leonardo Arruda Câmara*

Leonardo Arruda Câmara

No começo dos anos 20 Antônio Cleophas da Silva (Totô Jacinto) compra uma vasta área de terra no município de Nova Cruz, denominada Umbuzeiro de Cima, onde passa a residir até sua morte em 1969.

Com as emancipações dos distritos de Lagoa D’anta, São José de Campestre e Passa e Fica as terras passam a integrar os novos municípios. Paralelamente Totô Jacinto adquire duas propriedades às margens do Rio Jacu, fazendo as doações as filhas.

No final dos anos 40 Joanita, casada com Lauro Arruda Câmara, recebeu a Fazenda Jacu, depois Serrote da Macambira e Iracema; a outra filha, casada com Aristides Porpino, a Fazenda Volta do Rio.

As terras eram propícias para a cultura do algodão e para criação de gado. Com a morte de Antônio Cleophas foram agregadas à Fazenda Serrote da Macambira as áreas de Umbuzeiro de Cima, Barriguda, Favela, Cabocla e Riacho da Cruz, totalizando 2.200 hectares.

Como homenagem passou a ser chamado de Centro Rural Totô Jacinto. A sede da Fazenda Umbuzeiro de Cima, pertencente à Totô Jacinto, ficou para a terceira filha, Terezinha, casada com o major Hugo Manso.

Com os falecimentos de Joanita Torres Arruda Câmara e Lauro Arruda Câmara as terras passam a compor o Centro Rural Totô Jacinto, divididas entre os filhos:

Marluce, Cassiano (jornalista), Leonardo (deputado estadual e presidente do ABC), Domício (médico), Cid (prefeito) e Lauro.

Pela divisão herdei a parte que servia de sede. Serrote da Macambira é localizada parte em Lagoa D’anta, parte em São José de Campestre (a seis quilômetros).

Fachada do Centro Rural Totô Jacinto, que congrega as áreas das antigas propriedades no agreste


*Condensado de artigo para o blog "Terras Nordestinas" (28/5/2012)

A rara fotografia do presidente americano (I)

Dirigente do América/RN participou da Segunda Guerra Mundial na campanha da Europa

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Sargento Hugo

O terceiro-sargento mecânico de armamento, Hugo Manso (Nova Cruz/RN, 22/11/1920 - Natal/RN, 16/4/1989), serviu no Panamá, em Suffolk e na campanha italiana durante a II Guerra.

Ao regressar ao Brasil (3/5/1945) matriculou-se na Escola de Oficiais Especialistas da Aeronáutica e como segundo-tenente esteve em Curitiba e Belo Horizonte.

Na Base Aérea de Natal permanece por 11 anos, sendo reformado como Major (1965), no exercício do cargo de Chefe de Especialização em Armamentos.

Em 1969, com a morte do sogro Totô Jacinto e a reforma, tornou-se agropecuarista em Passa e Fica.

Casou-se com Terezinha Torres Manso e tiveram os filhos Melania, Magnólia Serpa de Menezes e Hugo Junior.

Como presentes: sete netos (Edgar, Guilherme Hugo, Fernanda, Brenda, Mário Victor, Taisa e Caio) e seis bisnetos (Eduarda, Murilo, Fernando, Catarina, Matheus e Maria Eduarda).

Dá nome a escola municipal em Passa e Fica. Flamenguista, foi presidente do América de Natal (1971/72)

Pertenceu ao Lions Clube. Antes de ingressar na FAB estudou em Recife e jogou futebol pelo Clube Náutico Capibaribe.

 

FONTE

Sentando a Pua

segunda-feira, 1 de abril de 2024

Goleiro potiguar imita o gol contra de Valdir Appel (VII)

Valdir Julião foi repórter esportivo e lembra

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Ao se transferir para o Alecrim, em 1980, a penitência de Petrarca Aquino Filho continua. No alviverde se encontra o titular absoluto Índio.

E a revelação de goleiro Sérgio Maria, o reserva imediato, que, inclusive, posteriormente segue para o América de Natal para concorrer com Eugênio.

Petrarca ainda aparece como goleiro do União (Goianinha) no campeonato interiorano, o conhecido “Matutão” (1986).

Como foi dito nesta série especial o competente editor de esportes Madson Fernandes, na coluna “Retranca” (“Tribuna do Norte”), repercute o gol contra de Petrarca (súmula abaixo).

Kolberg Luna Freire também recorda o lance 

O “Diário de Natal” apenas mencionou o caso inusitado estatisticamente, um mês depois, quando relaciona os artilheiros do campeonato estadual.

E os gols contra na reta final da competição: Jacó (Atlético), Ivan Silva, Wassil Mendes Correa (América) e Robernaldo Noronha (ABC).

Acredito que não existe registro em vídeo ou fotografia. Mas o lance está registrado (sem maiores detalhes) nos jornais relacionados

E provavelmente em “A República”, lembrou o repórter da “TN”, José Valdir Julião, a época da editoria de esportes do tradicional impresso desativado, quando o editor era Carlos Alberto Morais.

Quem também disse se lembrar do espalhafatoso lance do goleiro atleticano foi o torcedor abecedista e jornalista Kolberg Luna Freire, autor da biografia do ex-jogador memorialista José Ribamar Cavalcante.

 

FICHA DO JOGO

América 5 – 0 Atlético

Data: domingo, 23/10/1983

Competição: Estadual

Estádio: Castelo Branco

Árbitro: Nildemes Antunes de França/RN

Renda: Cr$ 886.700,00

Gols: Valério, Gilson Lopes, Amilton Rocha, Mário e Petrarca (contra)

América: Rafael, Saraiva, Lúcio Sabiá, Otávio Souto, Soares, Baltazar, Valério, Gilson Lopes (Ailton), Amilton Rocha, Alcino (Mário) e Severinho. Treinador: Laerte Doria

Atlético: Petrarca, João Maria (Pedro), Luisão, Anchieta, Jacó, Francisquinho (Edmilson), Wilson, Hélcio, Eriberto, Santa Cruz e Ramos. Treinador: Hélcio Xavier