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sábado, 6 de setembro de 2025

A reportagem especial do querido professor de jornalismo (I)

Na imagem os dois primeiros, Nivaldo e Elói, são os jogadores citados pelo pernambucano, repórter, jornalista e professor universitário Rogério Bastos Cadengue/Fotografia: Zé Duarte

“Charanga do Mota: com o Potiguar, onde ele estiver” (PRIMEIRA PARTE)

Rogério Bastos Cadengue

Diário de Natal (segunda-feira, 7/6/1976)

Aos domingos muda o comportamento. Logo cedo um caminhão “cedido por amigos” começa a rodar as ruas da cidade.

Em cima várias bandeiras se agitam, enquanto o mesmo e tranquilo marchante dos dias comuns, acompanha a agitação das bandeiras. Nesta agitação todos os bairros são atingidos:

Alto de São Manoel, Doze Anos (local da sede do Baraúnas, o mais tradicional do Potiguar e onde existe a figura de Chico Manganha (?), outro destemido chefe de torcida), Conceição e Bairro dos Paredões etc.

A medida que vão chegando começam a receber as contribuições necessárias ao funcionamento e ao pagamento dos músicos da charanga.

A estas horas Mota se transforma. Passa a ser o mesmo Mota que em 1932 chegou a Mossoró e começou a torcer pelo Flamengo da Baixinha, que ainda hoje ocupa o segundo lugar na preferência de Mota.

Neste momento ele é o irrequieto chefe de torcida que é capaz de apanhar (como já chegou a acontecer, inclusive aqui em Natal no “Presidente Castelo Branco”) ou de brigar ou até bater em alguém.

Neste momento esquece as amizades, os problemas, o trabalho, tudo. Somente as camisas vermelhas do Potiguar passam a existir.

Neste momento começa a viver a expectativa de vibrar com as jogadas de Nivaldo ou de Elóy, e esperar que mais tarde saia de campo comemorando uma vitória de sua equipe...

(sequência: “O JOGO”)

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