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Na imagem os dois primeiros, Nivaldo e Elói, são os jogadores citados pelo pernambucano, repórter, jornalista e professor universitário Rogério Bastos Cadengue/Fotografia: Zé Duarte |
“Charanga do Mota: com o Potiguar, onde ele estiver” (PRIMEIRA PARTE)
Rogério Bastos Cadengue
Diário de Natal (segunda-feira,
7/6/1976)
Aos domingos muda o comportamento. Logo cedo um caminhão “cedido por
amigos” começa a rodar as ruas da cidade.
Em cima várias bandeiras se agitam, enquanto o mesmo e tranquilo marchante
dos dias comuns, acompanha a agitação das bandeiras. Nesta agitação todos os
bairros são atingidos:
Alto de São Manoel, Doze Anos (local da sede do Baraúnas, o mais
tradicional do Potiguar e onde existe a figura de Chico Manganha (?), outro
destemido chefe de torcida), Conceição e Bairro dos Paredões etc.
A medida que vão chegando começam a receber as contribuições necessárias ao
funcionamento e ao pagamento dos músicos da charanga.
A estas horas Mota se transforma. Passa a ser o mesmo Mota que em 1932
chegou a Mossoró e começou a torcer pelo Flamengo da Baixinha, que ainda hoje
ocupa o segundo lugar na preferência de Mota.
Neste momento ele é o irrequieto chefe de torcida que é capaz de apanhar
(como já chegou a acontecer, inclusive aqui em Natal no “Presidente Castelo
Branco”) ou de brigar ou até bater em alguém.
Neste momento esquece as amizades, os problemas, o trabalho, tudo. Somente
as camisas vermelhas do Potiguar passam a existir.
Neste momento começa a viver a expectativa de vibrar com as jogadas de Nivaldo ou de Elóy, e esperar que mais tarde saia de campo comemorando uma vitória de sua equipe...
(sequência: “O JOGO”)
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