Consulta

domingo, 24 de março de 2024

Simplória e improvisada hemeroteca e biblioteca esportiva (IV)


JOSÉ VANILSON JULIÃO

Depois começaram as doações espontâneas dos amigos, sabedores que gosto de pesquisar e escrever assuntos inéditos sobre futebol. Por ordem aleatória. Recebi como presentes:

“Eternamente Bangu” (José Rezende), doação do meu amigo, o grande narrador esportivo Edvaldo Pereira, o “Chapinha”;

“1958 – Como ganhamos a Copa na Suécia” (Fernando Rêgo Barros”, presente do jornalista Osair Vasconcelos;

que também me fornece “100 Anos de Bola Rolando”, o canto do cisne do repórter Everaldo Lopes Cardoso; e ainda “No Campo da Memória” (Berilo de Castro);

De Kolberg Luna Freire recebo o emblemático “Ribamar – O guardião da Memória do Futebol Potiguar”, feito em parceria com o professor João Maria Fraga (no qual colaboro, modestamente, com os jogos do biografado);

“Memórias Fotográficas e Jornalísticas do Nosso Esporte” uma organização e pesquisa do professor Jamilson Martins; e “A Bruxa e As Vidas de Marinho Chagas” (Luan Xavier);

Do ex-deputado estadual e advogado Ionas Carvalho de Araújo guardo com carinho: “Guia do Politicamente Incorreto do Futebol” (Jones Rossi e Leonardo Mendes Júnior”.

Simplória e improvisada hemeroteca e biblioteca esportiva (III)


JOSÉ VANILSON JULIÃO

Ainda no começo do século XXI adquiro dois livros para compor meu estoque de pesquisas em literatura esportiva potiguar e nacional.

Um do falecido comentarista esportivo mossoroense Lupércio Luiz de Azevedo: “Fusão, uma proposta explosiva” (2000).

Em que trata da impossível união do alvirrubro Potiguar e do tricolor Baraúnas, os rivais de Mossoró (Região Oeste do RN).

E o importante, digamos “guia”, “Futebol Brasileiro – 1894 a 2001”, do escritor especializado Marco Aurélio Klein.

Depois o meu “colecionismo” teve uma interrupção inesperada com um acidente doméstico. Em 2015. Com recuperação nos dois anos seguintes.


A partir de 2020, pós pandemia, o “ajuntamento” é retomado, praticamente, nos últimos cinco anos.

A seguir a parte mais interessante. Com importante colaboração espontânea de amigos.

Entre eles os jornalistas Osair Vasconcelos e Kolberg Luna Freire, revelação de escritor e autor da biografia do memorialista e ex-jogador José Ribamar Cavalcante.

Mais o ex-prefeito do município de Serra de São Bento e ex-deputado estadual, o advogado Ionas Carvalho de Araújo.

Além da colaboração do pesquisador Marcos Avelino Trindade com originais diversos.

E aquisições em sebos e em livrarias virtuais.

Simplória e improvisada hemeroteca e biblioteca esportiva (II)


José Vanilson Julião

A coleção improvisada tem um relaxamento nos anos 80. Por motivos diversos.

Mas recomeça, aos poucos, a ser incrementada nas décadas de 90, 2000 e anos seguintes.

Com substancial aporte nestes últimos quatro anos. Inclusive com a colaboração de amigos jornalistas.

O recomeço nos anos 90 se dá com o lançamento do primeiro livro do colunista da “Tribuna do Norte”, Rubens Manoel Lemos Filho.

Adquirido na famosa cigarreira e revistaria do Bezerrinha, na Avenida Rio Branco (Cidade Alta), aquele que considero a obra prima do citado jornalista.

A biografia do meia-atacante abecedista com passagens pelo Nacional de Montevidéu (Uruguai) e Vasco da Gama, “Danilo Menezes, O Último Maestro”.

Depois ganho presente de um amigo de boêmia, natural de Nova Cruz, funcionário público estadual, parente distante da professora Noilde Ramalho, a eterna diretora da Escola Doméstica.


Trata-se daquele que considero o ‘primeiro testamento” do futebol potiguar: “Os Esportes em Natal”, do falecido jornalista José Procópio Filgueira Neto.

Posteriormente adquiro nas bancas os primeiros almanaques com fichas técnicas (súmulas) e pequenas biografias dos jogadores. Do Corinthians e Flamengo.

Ainda neste rol o “Almanaque do São Paulo”, presenteado pelo amigo, o repórter fotográfico paraibano de Campina Grande, Graciano Luz.

Um dos aportes mais importantes, já na década de 2000, também buscado em Bezerrinha, foi o livro do jornalista esportivo Everaldo Lopes Cardoso.

Considero “Da Bola de Pito ao Apito Final”, praticamente semelhante ao livro de Procópio Neto, só que com mais detalhes, o “segundo testamento” do futebol norte-rio-grandense.

Os livros dos falecidos “professores” Everaldo e Procópio são bíblias são o norte da bússola para consultas dos pesquisadores esportivos.

Simplória e improvisada hemeroteca e biblioteca esportiva (I)


José Vanilson Julião

Ela não é enorme. Começa tímida. Sem pretensão nenhuma. Pelo acaso. É minha pequena "coleção" de revistas e livros com assuntos sobre futebol.

Começo a juntar as publicações ao herdar, sem planejamento, a "Revista do Esporte" (1959/70), fundada por Anselmo Domingos.

O impresso carioca portanto vem dos tempos de menino. Em Cerro-Corá (Região do Seridó), a 190 quilômetros de Natal.


Eram compradas semanalmente pelo meu pai, o comerciante e vereador José Julião Neto, provavelmente, não sei, em bancas de Currais Novos ou da capital potiguar.

Fora ele, na cidadezinha interiorana, somente conheço outro comprador da "RE", o amigo dele, o comerciante, dono de bar, Arian Félix, hoje aos 90 e poucos anos.

Além das "Revista do Esporte", ainda devo ter, no amontoado do quartinho dos fundos, uma quase desconhecida "Futebol e Outros Esportes", também dos anos 60.

Também da herança paterna deve estar lá, ainda, no cubículo referido, os primeiros livros adquiridos por Zé Julião, torcedor botafoguense desde 1948, tempos do cachorro "Biriba".

"Subterrâneos do Futebol", de João Saldanha, onde ele conta as peripécias dos jogadores botafoguenses quando foi técnico do "Glorioso" na campanha do título carioca (1957).

"A Hora e a vez de João Saldanha" (1969), agora treinador do selecionado nacional, de Pedro Zamora, fundador da "Editora Gol', uma das primeiras especializadas em literatura esportiva.

Em 1970 passei a colecionar, ai sim, por vontade pessoal e do meu irmão, José Valdir Julião. A revista semanal "Placar" (Editora Abril), lançada em março de 1970.

E tenho algumas da "Manchete Esportiva" da década de 70, da Bloch Editores, após a segunda fase de meados de meados dos anos 50.

A "Placar", na fase mais gloriosa, até os anos 80 (antes de passar a mensal e retornar semanal), era adquirida em Natal, toda terça-feira.

A religião era aguardar meu pai retornar na noite daquele dia, da capital, para onde viajava com passageiros na Kombi verde.

Quando trazia, também, os rolos de filmes para o Cine Canário, em latas de zinco apropriadas, retiradas numa distribuidora no primeiro andar da antiga estação ferroviária da Ribeira.

quinta-feira, 21 de março de 2024

A chegada de Nilo Murtinho Braga em Natal


Exclusivo: futuro craque do América/RN e do Botafogo no Rio Grande do Norte

José Vanilson Julião

- Pelo paquete "Itapuhy" chegou à esta capital o jovem Nilo Murtinho Braga, filho do nosso amigo, comandante Emanoel Braga.

Eis a importante notinha na seção "Tópicos & Notícias", publicada na primeira página do jornal "A Imprensa" (terça-feira, 15 de maio de 1917).

A pequena nota de quatro linhas elucida um dos mistérios da permanência do futuro craque do Botafogo de Futebol e Regatas na capital potiguar.

Na edição do sábado, 12, o jornal do coronel e comerciante Francisco Justino de Oliveira Cascudo anunciava a chegada do vapor a serviço do Lloyd Brasileiro.

Ainda na quinta-feira, 10, o impresso do pai do escritor Luís da Câmara Cascudo anuncia a chegada do navio ás seis com partida duas horas depois para o Norte.

O vapor, procedente do Rio de Janeiro, faz escala no Recife (dia 9), com destino final Óbidos, no Pará.

O que se sabia, até agora, é que Nilo Murtinho Braga já se encontrava em Natal no ano seguinte.

Como atesta uma nota do correspondente da imprensa pernambucana sobre um amistoso do América contra os rapazes do destroier "Piauí" (terça-feira, 11 de junho).

Aponta até alguns jogadores: Monteiro, Catumbi, Arari Silva de Brito, Oscar Siqueira, Barroso, Nilo, Lauro Lustosa, Luciano e Mimi.

E participando do primeiro campeonato da Liga, que acaba não terminando em decorrência da epidemia da gripe espanhola ou "Influenza".


FONTES

A Imprensa

Diário de Pernambuco

quarta-feira, 20 de março de 2024

Menor público no RN se iguala ao paraibano

Lance do jogo no "Barretão"/Foto: Pedro Santiago

Público pagante de apenas dois espectadores no campeonato estadual ganha a manchete nacional

José Vanilson Julião

O número de espectadores (Renda: Cr$ 30) em Força e Luz 1 x 2 Santa Cruz (sábado, 17), no Estádio Manoel Dantas Barreto (Ceará-Mirim) é o mesmo de uma partida pelo campeonato paraibano em 2022.

Foram disponibilizados apenas cem bilhetes. O mandante, Força e Luz, teve despesa de R$ 10.081,90, conforme o borderô.

O recorde nacional de menor assistência anterior aconteceu em Sport 1 a 0 Centro Sportivo Paraibano (CSP), no “Ernani Sátiro (Campina Grande), na sexta rodada do Grupo A no campeonato do vizinho estado (9/3/2022).

Na ocasião foram colocados à venda 50 ingressos (metade do jogo no RN) a R$ 20. Dez entraram de graça no “Amigão”.

A renda, R$ 40, com apenas 10,00 a mais que no RN. O Sport amargou déficit de R$ – 5.676,60 (também metade do caso potiguar).

O público oficial paraibano supera as cinco testemunhas no Amazonense. Em Clíper 0 x 6 Nacional Fast Clube (Estádio Carlos Zamith) em Manaus, pela 11ª rodada (2022). Renda R$ 50 e dívida de R$ – 4.257,26.

Pelo Candangão, em Santa Maria 2 x 3 Ceilândia (Estádio Serra do Lago), em Luziânia/GO, perto de Brasília (Distrito Federal), oito torcedores pagaram ingresso.

Cada um desembolsou R$ 10. A renda do Santa Maria, da cidade homônima, foi de R$ 80. Prejuízo: R$ – 4.993,04).

 

FONTES

Federação Norte-rio-grandense de Futebol

Fernando Amaral Futebol Clube

Globo Esporte

O Antagonista

Sr. Goool

Só Esporte

 

terça-feira, 19 de março de 2024

"Imagens dos presidentes não tem autoria específica"

"O Malho" com uma foto histórica

José Vanilson Julião

Somente as observações de um pesquisador gabaritado no assunto, o paulista Frederico Nicolau (Fundação Rampa), para esclarecer, definitivamente, que as fotografias do encontro entre os presidentes Franklin Delano Roosevelt e Getúlio Dorneles Vargas, em Natal, não tem autoria conhecida.

Em série de janeiro o repórter errou ao afirmar que o autor das históricas imagens seria do falecido militar e fotógrafo norte-americano John “Jack” Raymond Harrrison, do Estado de Delaware (Costa Leste), autor de um conhecido livro ilustrativo e biográfico sobre a estadia dele na capital potiguar durante a II Guerra Mundial.

“As fotos oficiais nunca constam o crédito autoral e pode ser feita por qualquer um marinheiro disponível”, assegura o especialista no conhecido conflito, Fred Nicolau, radicado no Rio Grande do Norte desde meados dos anos 2000.

Jack Harrisson, falecido com mais de 90 anos, guardou por mais de sete décadas o arquivo particular e não tinha como ter as famosas imagens com os chefes de estado no Jeep, na Rampa, e no destroier, em seus variados ângulos e divulgadas dias após a reunião na borda do estuário.

Ele também concorda que a nova situação em nada diminui a importância de Jack Harrison e seus registros fotográficos do cotidiano natalense e na base aérea de Parnamirim, então pertencente ao território (distrito) de Natal emancipado em 1958.

Pela atual pesquisa iconográfica ficou constatado que uma das primeiras publicações a inserir a foto dos estadistas em um destroier no Rio Potengi, acompanhados de assessores, entre eles o almirante Jonas Howard Ingram e o embaixador Jefferson Caffery, foi a revista carioca “O Malho”.

A mídia impressa do Rio de Janeiro (Distrito Federal) insere a fotografia no número 39 (Abril/1943) numa edição especial comemorativa ao aniversário do presidente Getúlio Vargas (132 páginas). Na página 66 com a seguinte legenda.

- Expressiva documentação fotográfica do histórico encontro dos presidentes Getúlio Vargas e Franklin Roosevelt em Natal, para a "Conferência do Rio Potengi", em que os dois "leaders" americanos discutiram pontos essenciais da intensificação da guerra.

A nova consulta em fontes disponíveis na rede confirma a não identificação ou crédito do fotógrafo, sendo disponibilizada pelo Museu Nacional da Marinha Americana (Lote 11569-4) com as seguintes informações:

“O presidente Franklin D. Roosevelt brinca com o presidente Getúlio Vargas do Brasil quando os dois chefes de Estado iniciam uma visita de inspeção do Exército, Marinha e Forças Aéreas das duas repúblicas americanas em um jipe, janeiro de 1943.

O Comandante da Força do Atlântico Sul, Frota Atlântica dos Estados Unidos da América, Jonas H. Ingram, ganhador da Medalha de Honra, está no banco de trás, à direita (Fotografia do Gabinete de Informação de Guerra. (2016/02/19).

 

FONTES

Correio da Manhã

Jornal do Brasil

O Malho

Tribuna do Norte

Biblioteca Nacional

Fatos e Fotos de Natal Antiga

Museu Nacional da Marinha dos EUA