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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Os apelidos dos jogadores na Música Popular Brasileira

São Paulo (1945): Polim, Virgílio, Rui, José Carlos Bauer, Noronha, Gijo, Barrios, Sastre, Leônidas da Silva, Remo Januzzi e Teixeirinha

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Alvarenga e Ranchinho

Como não sou especialista em MPB não vou me esticar muito no assunto. Por isso trato superficialmente de apenas de dois exemplos.

Um encontrado muito antes, mas esperando o momento propício, situação ou contexto adequado. Outro é muito mais conhecido atualmente e foi só puxar pela memória.

O primeiro refere-se aos autores ou compositores da canção "Apelidos dos jogadores", interpretada por uma dupla caipira ou sertaneja.

Os letristas são o paulista Diego Muleiro (Agudos, 1918 – São Paulo, 1967), o “Palmeira”, e Raul Montes Torres (Botucatu, 1906 – São Paulo, 1970).

Intérpretes Murilo Alvarenga (Itaúna, 1912 – 1978) e Diésis dos Anjos Gaia (Jacareí, 1912 – 1991), o “Ranchinho”.

O segundo é a composição do cantor e compositor carioca Jorge “Ben” Duílio Lima Meneses (22/3/1939), 85.

Raul M. Torres: parceiro de "Palmeira"

Na qual homenageia o atacante flamenguista João Batista de Sales (Conselho Pena/MG, 19/1/1945), o “Fio”, inicialmente, incorporado o “Maravilha” com o sucesso da canção.

Irmão de outro futebolista, José Germano de Sales (Conselheiro Pena, 1942 – 1997), conhecido pelo casamento com uma condessa italiana.

Para o conhecimento do leitor são transcritas as duas letras sequencialmente: a primeira e a segunda. Na primeira são citados alguns jogadores conhecidos nos anos 40:

Remo Januzzi, o “Diamante” (Leônidas da Silva), ambos do São Paulo, os palmeirenses Valdemar Carabina e o carioca João Batista Siqueira de Lima (“Carreiro”) e o argentino Carlos Volante.

 

Letrista "Palmeira"

“Apelidos dos jogadores”

Neste futebór moderno
Uma coisa não combina
É o nome dos jogador
Que muito me desatina
Pois correndo atrás da bola
Eu vi Bala e Carabina

Já tem jogador Sapólio
Que largô de lavá prato
Vestiu farda e foi pro campo
Disputar o campeonato
Eu vi Cavaco e Marmita
E um Cabo verde mulato

Vi um Peixe de carção
Um Machado na bequeira
Um Pardal jogar na extrema
Passarinho de chuteira
Eu vi Rato e Sabiá
Jogando de caneleira

Na classe de jogador
Tem legume com fartura
Tem Caju, Lima e Pepino
Espinafre que é verdura
Tem um que se chama Vela
Esse joga nas escura

"Fio Maravilha" no CEUB/DF

Tem center-arfo volante
Volante sem direção
Um Carreiro sem boiada
Veja só que confusão
Um Doutor pegando a bola
Sem fazer operação

Um Jesus que não é santo
Joga muito quando qué
Tem um tár de Diamante
Que é preto que nem café
Tem o Lola que eu não sei
Se ele é home ou muié

Tem um Remo sem canoa
Jogador muito feliz
Um Pipi fazendo força
E o povo pedindo bis
Um Charuto sem fumaça
Tijolo feito juiz

 

“Fio Maravilha”

E novamente ele chegou com inspiração
Com muito amor, com emoção, com explosão em gol
Sacudindo a torcida aos 33 minutos do segundo tempo
Depois de fazer uma jogada celestial em gol

João Sales, o "Fio"

Tabelou, driblou dois zagueiros
Deu um toque, driblou o goleiro
Só não entrou com bola e tudo
Porque teve humildade em gol

Foi um gol de classe, onde ele mostrou sua malícia e sua raça

Foi um gol de anjo, um verdadeiro gol de placa
Que a galera, agradecida, se encantava
Foi um gol de anjo, um verdadeiro gol de placa
Que a galera, agradecida, se encantava

Filho Maravilha, nós gostamos de você
Ih-ih-ih-ih-ih-ih-ih
Filho Maravilha, faz mais um pra gente ver
Ih-ih-ih-ih-ih-ih-ih

Jorge Ben, o compositor, letrista, músico e cantor carioca autor da canção "Fio Maravilha"


FONTES/IMAGENS

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Terceiro Tempo

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