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terça-feira, 30 de maio de 2023

Jogador do ABC participa da fundação do Treze (XXVII)

Uniforme semelhante ao do Campo Grande (RJ) usado no Estadual e Nacional de 1972

A variedade dos uniformes do alvinegro potiguar sem sair do tom*

VANILSON JULIÃO

“Camisas brancas, mangas compridas, muitos bonés e mais um título: o de 29”

“O ABC, campeão de 1929, com o seu tradicional uniforme alvinegro, camisas de mangas compridas”

“...E a camisa branca, exclusiva, já identifica que se trata do ABC FC. Hoje, o clube, se não mudou as cores tradicionais do time, pelo menos já não conserva a jaqueta toda branca. Está usando com frequência uma jaqueta estilo olímpica, com listras negras caindo sobre os ombros. Depois da camisa que vestem os craques de 29, outras já surgiram. Listras horizontais, verticais, brancas com as letras A.B.C. bem estampadas sobre a “caixa” dos jogadores. Já possuiu uma camisa semelhante ao do Vasco da Gama...”

As aspas e o sublinhado destacam redundantes o título, legenda da foto e da segunda linha do primeiro longo parágrafo em diante frases da reportagem evocativa a campanha daquele ano assinada pelo repórter Everaldo Lopes Cardoso na página esportiva do semanário dominical “O Poti” e reproduzido o fac-símile postado no site “Histórias do Futebol” na esteira da série que aborda José Rodolfo de Lima e o envolvimento com o Galo da Borborema.

A insistente eloquência do texto o mesmo mostra a importante e perspicaz observação do já então experiente jornalista para um interessante assunto que o articulista, sem saber do ineditismo provocado por Everaldo Lopes, havia observado há uns dez anos e almejava abordar o tema: as variações dos desenhos dos uniformes do alvinegro.

As mudanças no layout do uniforme, no período abordado, entre a fundação do clube e os anos 60, época da reportagem, deixam de fora, portanto, as diferentes camisolas usadas a partir dos anos 70, em especial depois de 70/71.

Nos anos 40, inclusive, acredito que por pura coincidência, foram usados uniformes semelhantes aos usados pelo Rio Negro Atlético Clube, de Manaus, capital amazonense; e ao utilizado pelo Maguary, força cearense da época, e pelo uniforme conhecido como clube “cintanegrino” (a exemplo do manauara).

Da mesma forma o uniforme todo alvo semelhante ao Santos, São Cristóvão, do bairro carioca homônimo, são também semelhantes coincidências. Assim como a identificação com uma das camisas do Corinthians dos anos 60.

Durante a competição estadual e primeira participação no campeonato nacional (1972), o time preto e branco usa pela primeira vez uma camisa semelhante ao do Campo Grande, o assíduo representante suburbano do bairro do mesmo nome no Carioca nas décadas de 60/70.

Pelo eficiente resumo do falecido editor de esportes do “Diário de Natal/O Poti” e colunista do diário vespertino “Tribuna do Norte” não há motivo para explicar mais nada.

 

Uniforme (1925) parecido com o do Rio Negro/AM e Maguary/Ce

Uniforme semelhante ao anterior com o nome do clube

Uniforme semelhante ao anterior. Muda a cor do calção

Variedade na coloração ou pigmentação das listras

Com listras branca mais fina e preta mais larga (1965)

Outra variação no tom da cor e na largura da verticalização

A moda da largura máxima na listra preta no final dos anos 60

A imitação ao Vasco da Gama dos anos 5o é repetida

Mais uma variação da tradicional verticalidade dos anos 60/70

*As fotografias e outras estão disponibilizadas no site estrangeiro “Anotando Futebol”

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