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quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

A rara imagem americana da temporada de 1972 (II)

Washington no "Tricolor do Oeste", com Toinho, outro americano em 1972/73, na esquerda

Os 11 jogares alvirrubros: cinco jogadores de estados nordestinos diversos e seis potiguares

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A listagem de cinco pormenores escondidos na raríssima fotografia do América/RN colhida na rede, tema de abertura de mais uma série inédita, abre o leque para se entender quem são os atletas da imagem ilustrativa da primeira reportagem.

A constatação inicial e importante: os jogadores pertencem a períodos distintos ou temporadas específicas da história do clube vermelho e branco desde o retorno americano dos seis anos de licenciamento (1960/66).

Para detalhar alguns destes craques é preciso desmembrar a lista dos “estrangeiros” dos boleiros locais. No primeiro rol: o goleiro pernambucano Severino Ramos da Silva (“Pompéia”), o zagueiro alagoano Cláudio Humberto do Nascimento, o atacante pernambucano Ideltônio Galdino dos Santos e os conterrâneos, os volantes Osmar e “Duda”.

No segundo os Norte-rio-grandenses: o ponta-direita João de Deus Gondim Teodósio (“Bagadão”), o zagueiro-central Djalma Linhares de Araújo, o lateral “Marinho” Maciel Silva, o meia Washington Xavier Amâncio e os ponteiros-esquerda Luiz David de Souza e Francisco Caetano da Silva (“Chiquinho”).

O folclórico “Bagadão” veio do licenciado (1967) tricolor Santa Cruz Esporte e Cultura, pelo qual começou dois anos antes, na primeira leva de jovens valores e alguns veteranos no primeiro elenco pós licenciamento (1966). Acabou campeão estadual (1967 e 1969) com dois gols “inesperados”, e tem o aval de jogar dez anos seguidos no clube da Rua Rodrigues Alves.

O excelente zagueiro macaibense Djalma Linhares veio do Cruzeiro da cidade da região metropolitana para o juvenil americano em 1971, sendo campeão potiguar (1974), e alcança fama, posteriormente, no Sport Clube Recife, Corinthians da capital paulista e no futebol cearense.

O zagueiro ou lateral Marinho é pouco conhecido ou lembrado pela galera. Enquanto o juvenil extrema-esquerda “Davi” ficou na história com o autor do gol na prorrogação, o América perde no tempo normal para o ABC (2 x 1), que “iguala” e classifica o clube no “Torneio Seletivo” (1974) para a segunda participação no campeonato nacional (equivalente a Série A).

O meia Washington (começou no mossoroense Baraúnas) e o ponta-esquerda “Chiquinho” chegaram ao América em janeiro de 1972, o segundo como revelação do selecionado de Pau dos Ferros (Região Oeste), campeão do recém encerrado campeonato interiorano de futebol (“Matutão”), ao lado de outro reforço, o meia-atacante João Bosco de Almeida (“Bobô”).

O ataque com quatro potiguares: Bagadão, Davi, Ideltônio (pernambucano), Washington e Chiquinho


FONTES/IMAGENS

Diário de Natal

Tribuna do Norte

Súmulas Tchê

O Gol

Acervo José Ribamar Cavalcante

Acervo Dantas Júnior

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