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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Encontrada outra fotografia rara com antigo treinador americano (XIV)

Vinicius Bôgea escreveu biografia do avô José Ribamar Bogêa, fundador de jornais esportivos


Jaime Guimarães treina o Moto da capital maranhense quando o uniforme do clube ainda era verde e branco

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A mais remota atividade de Jaime Guimarães como treinador é encontrada em reportagem da revista carioca “Esporte Ilustrada (263 – 22/4/1943) e assinada pelo correspondente A. Parga: “PROGRIDE O FOOT-BALL MARANHAENSE”

A reportagem é ilustrada com uma fotografia e a legenda “O quadro do Moto Clube após a sua reorganização, sob as vistas de Jaime Guimarães”, confirmando as informações anteriores sobre a estadia em São Luís.

O texto tem como foco principal o desenvolvimento do futebol na capital maranhense com as contratações de técnicos “hábeis” para o selecionado estadual, primeiro pelo antigo presidente da Federação, Herminio Belo.

No caso o treinador uruguaio Luís Comitante (contratado pelo ABC de Natal em 1957 vindo do futebol cearense). Para Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais do ano anterior. Quando o selecionado local foi derrotado no “Presidente Vargas” (Fortaleza).


Diz a reportagem que após a competição nacional o técnico estrangeiro é contratado pelo “Fabril Atlético Clube” – a agremiação “milionária” – e logo depois aparece no então alviverde Moto Clube o ex-treinador do São Cristóvão do Rio de Janeiro (1929), Galícia, Ipiranga, Ceará e Maguari.

Guimarães pede ao presidente o preenchimento de alguns claros, dois ponteiros e um zagueiro, no “onze” do depois rubro-negro (no ano seguinte). Para a ponta-esquerda é contratado Manoelzinho e para a esquerda é convidado “Pepê” (Ferroviário cearense). Para a zaga “Carapuça” (Maguari).

Após três meses de preparo o Moto entra em campo e vence o Sampaio Corrêa (3 x 2) com excelente atuação do dianteiro cearense. No campeonato ainda são adversário o Maranhão Atlético Clube, o sempre chamado MAC, e o Tupan, de São Luís.

O correspondente A. Parga ainda encontra espaço para registrar o incentivo da crônica esportiva e radialistas, entre eles o diretor do matutino “O Globo”, o jovem e polêmico José Ribamar Bogêa (nascido em 18/9/1921), também fundador de “O Esporte”, precursor do “Jornal Pequeno” (1951).

No dia em que completaria 103 anos o neto, Vinicius Bogêa, lança a biografia do avô: “O Guardião da Liberdade” (2024).

 

FONTES

Diário de Pernambuco

Sport Ilustrado

Futebol Maranhense Antigo

História do Futebol

O Informante

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