A fotografia original do treinador americano no Campinense (V)

Miro "Chapeado" Herculano na ponta-direita do "Galo" e Aderson Eloy na extrema agachado

Futuro prefeito de Ceará-Mirim nos anos 60, agrônomo paraibano Aderson Elói de Almeida – ex-jogador do “Galo” e Sport Recife na década de 40, aparece na foto como treinador do segundo quadro do Treze Futebol Clube de Campina Grande.

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Miro "Chapeado" Herculano

A localização da imagem original do treinador uruguaio Emiliano Graciano Acosta Torres com o elenco ainda amador da “Raposa”, inicialmente postada em rede social com arte do internauta Rildo Tomaz Silva, somente ocorre devido o personagem central ser peça secundária no blog “Museu Virtual do Esporte de Campina Grande” com foco em outra personalidade, o antigo jogador do rival Treze, também envolvido com futebol de salão, Miro “Chapeado” Herculano.

São três fotos com Miro “Chapeado”. Uma em close individual, outra no jovem segundo quadro do “Galo da Borborema” (1952) e a terceira, a mais importante, com ele no elenco amadorista do rubro-negro, justamente a que aparece o técnico Graciano Acosta, com a grafia “A. Costa”, datada de 4 de setembro de 1955, pertencente ao acervo individual de “Adauto do Mercadinho”, tudo isso em legendas “dentro” da imagem.

Com a posse da inédita e quase exclusiva imagem, exibida pela terceira vez na rede, agora pelo JORNAL DA GRANDE NATAL, o segundo passo é decifrar e confirmar os dados disponíveis nas legendas. Primeiro verificar de quem se trata o “dono” da foto: “Adauto do Mercadinho”. Será o jogador ao lado do treinador uruguaio Emiliano Graciano Acosta Torres?

Segundo: localizar o jogo em que foi feita a fotografia pela forte pista da data. Missão infrutífera. Pois a imagem, pelo visto, foi tirada no decorrer do campeonato municipal em um campo de várzea, de terra batida, gramado ralo, sem muros e arquibancada. Sendo descartada a exibição em um dos dois principais estádios de Campina Grande na época.

O “Presidente Vargas”, o popular ‘PV”, inaugurado em 1941, com terreno doado pelo governo estadual, pertencente ao então incipiente rival alvinegro Treze Futebol Clube, o Galo da Borborema”. E o “Plínio Lemos”, o chamado “PL”, da municipalidade, aberto em 1955, mas somente cedido bem posteriormente ao Campinense Clube.