O "Baependy" havia sido construído, ironia, em um estaleiro alemão no final do século XIX
Navio de transporte de cargas e passageiros é figurinha comum no
porto natalense antes de ser posto a pique
JOSÉ VANILSON JULIÃO
O submarino "U-507" em segundo plano
No período de instalação do Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) na
abrangência da VII Região Militar (comando no Recife), em Natal, acontecem as
ações dos submarinos alemães no litoral nordestino, com o acontecimento do
naufrágio de um dos navios brasileiros, que viria a influenciar na escolha do
nome da nova equipe participante uma única vez do campeonato estadual.
Na segunda metade dos anos 30 e começo da década seguinte o leitor dos
jornais que circulavam na capital potiguar – “A República” (em circulação desde
1889), o vespertino católico “A Ordem” (fundado em julho de 1935) e “O Diário”
(surgido em setembro/1949 logo após o estouro do conflito) – se acostumou a ver
os nomes dos navios anúncios da movimentação no caís.
Entre os assíduos navios do movimento portuário se encontrava o paquete
“Baependi”, pertencente desde 1925 a companhia de navegação costeira Lloyde
Brasileiro, com escritório na Rua Doutor Barata, 220, no bairro da Ribeira, com
o agenciador Odilon de Amorim Garcia Filho.
AFUNDAMENTO
O navio “Baependi” (carga e passageiros) é torpedeado pelo submarino
alemão “U-507” ao largo da praia de Maragogi (Sergipe), e vem a pique a 37
quilômetros da costa, na noite de 15/8/1942, resultando na morte de 270 passageiros
(215) e tripulantes (55).
O “Baependi” (114 metros e 4.800 toneladas), ironia, construído no em
Hamburgo (1899), recebe nome de “Tijuca”, ficando a serviço de uma companhia
alemã. Foi confiscado em 1917 (I Guerra) e rebatizado de “Baependy”, homenagem
ao município mineiro de Baependi, emancipado em 1814.
Nenhum comentário:
Postar um comentário