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quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

O "Baependi" no futebol potiguar durante a Guerra (III)

O "Baependy" havia sido construído, ironia, em um estaleiro alemão no final do século XIX

Navio de transporte de cargas e passageiros é figurinha comum no porto natalense antes de ser posto a pique

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O submarino "U-507" em segundo plano

No período de instalação do Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) na abrangência da VII Região Militar (comando no Recife), em Natal, acontecem as ações dos submarinos alemães no litoral nordestino, com o acontecimento do naufrágio de um dos navios brasileiros, que viria a influenciar na escolha do nome da nova equipe participante uma única vez do campeonato estadual.

Na segunda metade dos anos 30 e começo da década seguinte o leitor dos jornais que circulavam na capital potiguar – “A República” (em circulação desde 1889), o vespertino católico “A Ordem” (fundado em julho de 1935) e “O Diário” (surgido em setembro/1949 logo após o estouro do conflito) – se acostumou a ver os nomes dos navios anúncios da movimentação no caís.

Entre os assíduos navios do movimento portuário se encontrava o paquete “Baependi”, pertencente desde 1925 a companhia de navegação costeira Lloyde Brasileiro, com escritório na Rua Doutor Barata, 220, no bairro da Ribeira, com o agenciador Odilon de Amorim Garcia Filho.

AFUNDAMENTO

O navio “Baependi” (carga e passageiros) é torpedeado pelo submarino alemão “U-507” ao largo da praia de Maragogi (Sergipe), e vem a pique a 37 quilômetros da costa, na noite de 15/8/1942, resultando na morte de 270 passageiros (215) e tripulantes (55).

O “Baependi” (114 metros e 4.800 toneladas), ironia, construído no em Hamburgo (1899), recebe nome de “Tijuca”, ficando a serviço de uma companhia alemã. Foi confiscado em 1917 (I Guerra) e rebatizado de “Baependy”, homenagem ao município mineiro de Baependi, emancipado em 1814.

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