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sábado, 12 de julho de 2025

O "Major" treinou e não ficou no América/RN (VIII)

Jonas aponta o escudo da equipe que defendeu ao passar na “peneira” do Orfanato São Domingos entre 1967-70/Foto: Adailson Calheiros

Atacante Gabriel, a mascote
Sebastião Marinho Muniz
Falcão, o "Muniznho", e "China",
o maestro e craque do time

Para
o site “Tribuna Hoje” (31/3/2023) o repórter Wellington Santos localiza no bairro do Clima Bom, periferia de Maceió, o antigo lateral-direito Jonas Queiroz, 73, um dos primeiros contratados pelo São Domingos para a participação inédita no campeonato estadual (1970).

Devidamente paramentado com uma camisa do Domingão relembra como chegou à equipe de Mangabeiras. Em 1968 o menino do bairro do Prado tinha 18 anos. Tenta seguir a carreira de jogador e treina em um time do Goiás. “Mas não deu certo. Voltei e em 1969 recebi um aviso de um colega”:

- Vai ter um campeonato lá em Mangabeiras, no Orfanato São Domingos, vamos, porque tem futebol. Participei de um torneio e seu Waldemar Santana foi meu primeiro treinador. Quem administrava o Lar Murilo Teixeira. Conta que foi eleito o melhor zagueiro e depois a lateral.

“ARMARAM CONTRA NOSSO TIME”

Pouco tempo depois Jonas praticamente encerra a carreira por se contundir seriamente no joelho, mas Miguel Lino Spinelli tratou imediatamente de encontrar um substituto. Diferentemente da grande maioria dos contratados, que eram “forasteiros”, a solução estava pertinho de casa.

O dirigente acerta com o lateral-direito José dos Santos, o “Catatau”, do CSA, trocasse o “Mutange” pelo campo de Mangabeiras. Hoje mora no bairro do Poço, aos 74, diz: “Eu era o único alagoano do time titular e um dos poucos no plantel. O China era nosso grande maestro, um craque”.

Questionado sobre a razão do São Domingos ser tão bom de bola e não ter conquistado um título importante revela em tom de denúncia: “Inventaram que Gabriel joga uma partida irregular e deram o título para o CSA em 1971”. De fato: o campeonato foi decidido no “tapetão”.

“Nosso time dava espetáculo. Lembro-me de que ganhamos do CSA por 4 a 0, com direito a olé e tudo. Era uma coisa inimaginável naquela época”, conta Catatau, que jogou no São Domingos até 1974, para depois encerrar a carreira.

O atacante José Vergetti, que se tornou técnico e dirigente, egresso do CSA atuou após a era de ouro. “Mesmo sem ser o timaço dos primeiros anos pude sentir que era especial atuar pelo time, pois torcedores do CSA, RB e dos outros clubes tinham uma grande simpatia pelo clube”.

"Catatau", antigo lateral-direito, o único alagoano do elenco do "Domingão" veio do CSA


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