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Avenida Tavares de Lira, no bairro da Ribeira, nos anos 20/Acervo: J. Gothardo D. Emerenciano |
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Cortez e a banca "Zepellin" colorarizada |
JOSÉ VANILSON JULIÃO
Confeitaria, fábrica de doces e mais a
sapataria “Majestic”, antes da fábrica de malas paralela a “Agência Pernambucana”,
foram as principais atividades do empreendor paraibano Luiz Romão de Almeida
em duas décadas na capital potiguar.
Apesar da informação aparecer ao
menos em duas fontes segundárias – depoimentos ou artigos em papel de jornal –
de que a agência de jornais e revistas teria sido fundada em 1920, é de bom
alvitre exemplificar um registro mais formal em letra de forma.
Está lá, nas páginas dedicadas a
capital e aos municípios do Rio Grande do Norte, do famoso Almanaque Laemmert
de 1929, editado no Rio de Janeiro desde o II Reinado ou Império no século XIX.
Na mesma página (1014) em que constam
informações sobre os presidentes dos clubes de futebol: ABC (Eneas Reis),
América (José Gomes da Costa), Alecrim (Lauro Medeiros. Com endereço na Rua Amaro
Barreto) e Paysandu Sport Club (Sílvio de Souza).
E clubes de remo: Centro Náutico
Potengi (Otávio Lamartine), Sport Club Natal (o comerciante alemão Ernest
Walter Luck) e do Conselho Superior de Sport Náutico (doutor Joaquim Inácio de
Carvalho Filho).
Além da Liga de Desportos Terrestres
(professor Luiz Soares de Araújo) e até do Tiro de Guerra, fundado em 1909 e com
sede na Rua Uruguaiana, como presidente o jornalista e poeta Deolindo Lima.
A seção “Comércio, Indústria e Profissões”
– advogados e provisionados na lista – Adauto Câmara, Alberto Roselli (pioneiro
da arbitragem no futebol), Belarmino Lemos, Floriano Cavalcanti, Cícero Aranha
(fundador do ABC), Francisco Ivo Cavalcanti, Nestor dos Santos Lima, Lins Bahia
(nome de rua), Lélio Câmara, Oscar Wanderley, José Ferreira de Souza e outros.
Com escritórios na Avenida Rio Branco
(Centro), Rua André de Albuquerque, Praça Pio X, Rua 13 de Maio (atual Princesa
Isabel), Av. Sachet (Ribeira), Deodoro (Cidade Alta), Tavares de Lyra,
Voluntários da Pátria e dois deles na redação do primeiro “Diário de Natal”.
Aponta as agências de despacho J.
Lisboa e Companhia, Agência Miranda Limitada (Rua do Comércio), agência de
vapores (ver “Navegação”) e a “Agência Pernambucana”, de Luiz Romão, Avenida
Tavares de Lyra, 46 (48 já a partir de 1935).
O anúncio ou tópico da “Agência Pernambucana”
aparece pela última vez na publicação carioca em 1940, já desde 1938 com ampliação do endereço
ou dependências para a Travessa Venezuela 47.
E como concorrente a agência distribuidora de jornais e revistas com endereço na Avenida Rio Branco,
515, e pertencente ao depois vereador e prefeito de Natal Mário Eugênio Lira.
A concorrência da banca de revistas “Zepelim”,
de Luiz Cortez, também na mesma rua da Cidade Alta, somente aparece no pós
guerra.
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